🌘Epílogo🌒

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•|Angelina|•

O brilho do sol quase cegava meus olhos enquanto eu ouvia o discurso horrível da diretora para não sairmos da trilha do acampamento, pois seria difícil achar nós depois. Estávamos no acampamento de verão.

— Boa trilha para vocês. Se divirtam. — Exclamou ela e logo todos os grupos, praticamente, voaram pegando suas coisas e sumindo no meio dos matos.

Meu grupo era composto por Willy, Justin, Renato, Meredit e Sellye. Todos eram populares, exceto eu e Wil.

— Está pronta, meu amor? — Wil se aproximou e selou meus lábios rápido enquanto andávamos um pouco atrás dos demais.

— Não... — Choraminguei, esfregando meus olhos. Meredit e Sellye estavam dando encima dos garotos e eu revirei os olhos. Apesar de eu estar namorando Willy, Justin e Renato fizeram parte do sonho mais macabro que eu já tive. Bem, eu gostava de ambos.

A trilha era bem extensa e minha barriga estava roncando alto quando finalmente resolvemos parar para descansar. Minhas costas agradeceram, enquanto eu me deitava no saco me cobrindo até a cabeça.

Ao longe eu ouvia as risadas de todos. Abri meus olhos vendo que eles estavam no rio, um jogando água no outro. O céu estava nublado e eu já sentia as gotículas de água quando entrei na cabana e folheei um livro.

Na madrugada, os braços de Willy em minha cintura já estava me encomodando, então sai para fora indo fumar.

— Também está sem sono? — Justin também se escorou na árvore atrás de nós.

— Estou. Quer? — Levei o cigarro até que seus olhos o vessem e ele assentiu, tragando do cigarro que antes estava nos meus lábios. — Aquilo realmente não foi um sonho? — Franzi meu cenho quando as palavras saíram de meus lábios.

— Não. — Deu mais uma tragada e soltou a fumaça logo após me entregando. — Você realmente transou com Renato. — Gargalhou enquanto eu escondia meu rosto nas mãos, escondendo um sorriso sacana.

— Não precisa lembrar. — Empurrei seu ombro em brincadeira.

— Senti sua falta, Lina. — Parou de sorrir, agora me encarando com intensidade.

— Eu também. — Sorri tímida e tomei seus lábios nos meus, logo colocando minhas pernas cada lado de seu corpo músculoso.

Suas mãos estavam na minha bunda, fazendo pressão, e eu pude sentir sua ereção na minha coxa. Sorri entre o beijo, passando a língua em seus lábios, mordendo seu lábio inferior o puxando para mim.

Meus dedos foram rápidos em seus jeans puxando para metade de sua coxa. Deixei a mão direita encima de seu pau acariciando lentamente pelo tecido da cueca.

— Eu esperei tanto por isso. — Arfou apertando meus seios com força.

Tirei seu membro para fora e fiz  movimentos leves de vai e vem, vendo Justin jogar sua cabeça para trás, gemendo baixo.

O cheiro de terra molhada deixava as coisas mais excitantes. O barulho da água correndo fazia minha cabeça voar em pensamentos inapropriados.

— Eu... eu estava grávida. — Digo, tirando meu shorts e sentando, posicionando seu mastro na minha entrada.

— Sim. — Soprou segurando minha cintura.

— Cadê meu filho? O que fizeram como ele? — Gemi, começando a me movimentar. Elevei um pouco minha cabeça, alcançando os lábios carnudos do rapaz e mordi seu lábio.

— Você estava grávida de um demônio. O filho de um demônio não pode habitar a terra, Lina. — Escondi minha cabeça no vão do seu pescoço, dando algumas mordidas fracas.

Pendi minha cabeça para trás, urrando alto quando senti o líquido quente de Justin me invadir e se misturar com o meu, descendo por minhas pernas.

Respirei fundo e olhei nos olhos intensos de Justin beijando a ponta do seu nariz.

— Eu amo você. — Sorri tímida e beijei ele com ternura.

— Eu te amo. — Esfreguei meu nariz no seu pescoço sentindo seu cheiro de macho e me levantei colocando minha roupa, arrumando meus cabelos desegrenados. — Eu preciso ir. — Me virei caminhando até a cabana, tendo a visão de Renato com Sellye. Ambos suados e nus.

[...]

Willy me encarava com desprezo enquanto eu arrumava minhas malas e ia para o lado de Justin. Alguém o havia contado sobre ontem e eu estava péssima por isso.

— Que coisa feia, hein senhorita Angelina. — Renato cacoou e lhe mandei o dedo do meio. — Sabia que você é bem bonitinha brava? — Revirei os olhos e entrei no ônibus sentando nos últimos bancos colocando meus fones de ouvido.

Encostei minha cabeça na janela e, por um instante, pude ver Madelainy acenando para mim com um largo sorriso.

Aquilo não tinha sido um sonho.

Engoli em seco sentindo as lágrimas cair de meus olhos.

Minha alma estava suja.

Minha alma estava impregnada pelos piores insetos do mundo.

Eu havia me entregado a um demônio.

Eu gerei um demônio.

O som ensurdecedor do ônibus se chocando contra algo e caindo de um precipício, se misturando com o grito das garotas, fez meus ouvidos doerem.

No fim da noite eu vi meu próprio corpo no necrotério. Vi minha família chorando, vi meu irmão — Carter — gritar por mim. Vi até aqueles que não estavam no mesmo ônibus que eu chorar.

— Eu morri. — Sussurrei e vi Justin e Renato se aproximar com sorrisos demoníacos em seus lábios.

Bem vinda ao mundo dos mortos. — O sussuro sôfrego do Moreno fez todos os pêlos do meu corpo se arrepiarem.

Minha alma havia sido condenada.

Agora eu apenas vagava pelas ruas escuras de Beverly Hills.

Eu estava morta.

E essa era a única verdade.

















Fim...

O psicopata está à solta [R.G] Onde histórias criam vida. Descubra agora