🌘Five🌒

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Beverly Hills — 23 de Setembro de 1994 às 11h03 PM.

Point of view Angelina.

Sua respiração quente batia contra minha pele me arrepiando, dos pés à cabeça. Com os olhos fechados, eu pedia para Deus me proteger desse demônio que está prestes a me matar. Engulo seco quando sua mão vagarosamente passa pela minha nuca, a deixando exposta, tirando meus cabelos dali.

— Está com medo? — sussurrou BEM próximo do meu ouvido. Meu coração pulou uma batida, senti minha garganta secar. Assenti bem devagar, temendo o que viria depois. — Não fique, não vou te matar... — soltei o ar dos meus pulmões, que eu nem sabia que estava segurando. — eu vou te torturar até você pedir para morrer. — gargalhou rouco ainda perto do meu ouvido.

Ainda temendo, abri os olhos e vi na exata hora que ele guardou o Machado na caixa e me olhou. Seus olhos eram sombrios, porém, eu amava olhar para eles. Eram uma cor diferente, um castanho diferente dos que eu via. Ele sorriu psicopata e se ajoelhou na minha frente.

— Que bom que gosta dos meus olhos. — Arregalei os olhos minimamente. Ele leu meus pensamentos?

— Oque você é? — Indaguei, engolindo seco logo em seguida. — você é algum tipo de demônio? Um espírito preso na terra? Você matou muitas pessoas, por isso, ainda continua aqui? Mesmo depois de morto? — respirei fundo tomando fôlego. Ele soltou um riso baixo e negou abaixando a cabeça.

— Isso não é da sua conta, Anjinho diabólico. — fez uma trilha, com seus dedos, na minha perna. — vem, você vai tomar banho. — neguei com a cabeça. Por mais que eu quisesse tomar banho não ia tomar banho aqui, imagina se ele me estrupa? — eu não vou tomar banho com você. — Revirou os olhos. Droga, tinha me esquecido que lê pensamentos...?

Me levantei calmamente sentindo seu olhar em cima de mim e, caminhei ao lado dele até o banheiro. Quando a porta se fechou respirei aliviada, me olhando no espelho. Wow, eu estava horrível. Dei uma gargalhada amargurada da minha própria desgraça. Me despi e tomei um banho bem demorado, foi então que eu percebi que no banheiro havia uma típica janela.

— Meu Deus! — exclamei sorrindo boba. Finalmente sairia daqui. Me enxuguei e coloquei uma camisa dele, limpa que estava em cima da pia. Coloquei uma boxer dele, também. Pentiei meus cabelos com meus próprios dedos e voltei para o boxer vendo a janela. Estava entreaberta.

Com a ajuda do vaso sanitário consegui passar por ali, com uma certa dificuldade, mas consegui. Quando meus pés tocaram a terra gemi de prazer, sentia falta disso. Na minha frente só havia mato, mato e mais mato. Sem pensar duas vezes, corri mata adentro sentindo as folhas secas tocar meus pés, deliciosamente.

Rodopiava enquanto gargalhava. Me sentia livre. Olhei para trás encontrando o "casarão" bem distante de mim. Mas meu sorriso logo se desfez quando passos ecoavam em minha direção.

— Não fuja, Anjinho, eu sempre vou te achar. — sua voz soou longe, porém, eu sabia que ele se aproximava cada vez mais.

Me sentei atrás de uns arbustos chorando. Nada dava certo. Eu ouvia seus passos, enquanto ele pisava nas folhas secas. Minha própria respiração me traia.

Corra, ele está próximo de você. — olhei para o lado encontrando uma garotinha toda de branco. Suas vestes estavam um pouco rasgadas, seus cabelos eram bem longos pretos cheios de no. Ela estava descalço.

— Quem é você? Você tem que sair daqui, Renato vai te pegar. — avisei a menina que negou com a cabeça tombando a mesma para o lado enquanto um sorriso torto nascia em seus lábios.

Ele já me pegou, e vai pegar você também, se não correr. — os passos estavam cada vez mais próximos e meu coração batia descompassado.— Corre. Ele está muito próximo! — Alterou sua voz. Os passos já não se ouviam mais. Ficamos em silêncio apenas nos observando. — Ele te achou. CORRA! — gritou no mesmo instante em que braços fortes me puxavam.

— SUA VADIA! — gritou Renato dando socos no meu estômago. A garotinha ainda estava ali, dessa vez, chorando.

Eu avisei. — Sublinhou com os lábios e,quando pisquei, ela sumiu.

— Acha mesmo que pode me enganar? — apertou forte meu pescoço. Seus olhos estavam bem pretos e as veias do seu pescoço saltava.— acha que é quem para me enganar?—meus pulmões pediam ar. Meu corpo foi arrastado por aquele chão, enquanto me debatia.

Sentia minha costas saindo o couro. Era doloroso demais. A única coisa que eu fazia era chorar. Minhas costas doeram mais ainda quando ele me jogou contra a parede.

Ele pegou uma faca e começou a perfurar partes do meu corpo. O mais doloroso ainda era ver seu sorriso divertido. Ele gostava de ver as pessoas sofrer. Com o murro forte que ele me deu apaguei.

[...]

Beverly Hills — 24 de Setembro de 1994 às 11h34 AM.

Os raios solares batiam diretamente em meus olhos, me fazendo resmungar uns duzentos palavrões. Repentinamente senti a presença de alguém do meu lado, me virei encontrando aquela garotinha de ontem.

— Olá. — saldou sorrindo. Por incrível que pareça, seu sorriso era maravilhoso.

— Quem é você? — Arqueei uma sombracelha.

— Eu não sou como Ele, ok? Eu sou Madelainy.

— Oque faz aqui?

— Eu moro aqui, faz mais de séculos. — Arregalei os olhos encarando a menina na minha frente. — juntamente com mais quatro pessoas.

— E quem são essas pessoas? — me ajeitei na, não especificamente mas quase, cama encarando ela atentamente.

— Meu irmão Josh, de 14 anos, minha mãe Lua, de 45 anos, meu outro irmão Justin, de 18 anos e meu pai, Rafael de 47 anos. — sorriu balançando seu vestido. Hoje, ela estava de tranças nos dois lados e um vestido rosa bem claro que ia até acima de seus joelhos.

— Eu não estou entendendo. — passei a mão na rosto. — eu só quero ir embora.

— Eu também, e você irá nos ajudar. — soprou sorridente e logo após sumiu. Um arrepio percorreu todo meu corpo quando Renato entrou no "quarto" sorrindo psicótico.

— Como está? — se sentou na minha frente.

— Por que se importa? — cruzei os braços olhando para os lados procurando a tal garota.

— Eu não me importo. — soltou uma risada do fundo de sua garganta. Revirei os olhos e quando os voltei Renato estava muito próximo à mim. Engoli seco encarando, de perto, aquele ser maravilhoso.

Seus lábios desceram para meu pescoço onde ele deixou um chupão, o que me fez fazer algo que me arrependi logo após:

— Oque foi isso? — perguntou, se afastando olhando em meus olhos, sorrindo cínico. — você gemeu, meu amor?

Espero que estejam gostando❤
Oque acharam da "aproximação" deles?

♤♡XOXO PANDA♡♤
Sorry por qualquer erro.

O psicopata está à solta [R.G] Onde histórias criam vida. Descubra agora