[concluida] S/n era uma menina normal e muito feliz, sempre foi filha única e não gostava muito disso. Ela gostaria de ter uma irmã para acompanhá-la. Porém, nunca pôde.
A família de S/n era muito feliz até seu pai infelizmente vir a falecer. A fam...
Eu me direcionei até o portão do colégio, e calmamente encostei meus dedos na maçaneta da porta. Rapidamente a porta se abriu, então eu sai da fundação. Sentei no banco de minha bicicleta e cantarolando uma música, pedalei até a porta de minha casa, que não era muito longe.
Abri a porta de minha casa, e olhei minha omma no telefone, ansiosa e com uma expressão de felicidade no rosto. Decidi não interferir em sua ligação, faz tempo que não a vejo sorrir deste jeito, desde a morte de meu appa. Não liguei para isso e decidi pegar na geladeira uma cumbuca com um pouco de macarrão com queijo. Depositei o macarrão em um prato, e coloquei o prato no micro-ondas. Após esquentar, coloquei o alimento na mesa de jantar e saboreei o mesmo.
Minha mãe terminou a ligação e fez o mesmo que eu. Ela se virou entusiasmada e queria falar algo para mim.
— Filha, tenho uma notícia para você. - disse ela ansiosa.
— Pode falar omma - levei a comida a minha boca.
— Meu amorzinho, sua mãe finalmente encontrou sua alma gêmea depois da morte de seu pai. Já faz um tempo que nós conversamos, e estamos noivos. Amanhã eles virão morar aqui. Espero que entenda. - ela disse sorridente.
— Que? - gritei entre soluços, e engasguei o macarrão. Após parar de ter uma crise de tosses, perguntei - Eles? Ainda tem mais gente? - falei fazendo questão de mudar a entonação no "eles".
— Ah sim. - disse minha mãe preocupada com a situação - Ele vem com mais duas crianças da sua idade, belíssimos, filhos de meu amor. Espero que se dê bem com eles...
Ouvindo suas palavras decidi subir. Estava chorando, meu sofrimento era grande. Não queria isso, não queria um padrasto, nem dois infelizes na minha vida. Tudo o que eu queria era simplesmente viver minha vidinha de merda. A-p-e-n-a-s isso. Decidi desabafar em uma carta para meu pai. Peguei uma folha qualquer jogada pela minha escrivaninha cor de creme, e sentei em minha cadeira cor de rosa. Então, caneta e papel em mãos e comecei a escrever.
"Dear Dad,
Eu sei que um dia isso iria acontecer, mas.. noiva ? Como assim ? Para serem noivos eles têm que ter muita confiança, e isso não acontece do nada, ela não me contou, nem me avisou que estava com alguém, e agora está noiva? Appa eu sinto muito a sua falta, eu não quero que a omma te substitua, isso nunca vai acontecer, pelo menos para mim não, esse novo pai não vai se comparar a você, eu te amo muito e sinto muito a sua falta e eu rezo por você todas as noites.
Com muito amor S/n."
Acabei minha carta e a deixei em cima de minha mesa, junto a outros papéis e canetas. Deitei e acabei pegando no sono.
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