Cap. 11 - Bastardo romântico.

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JUSTIN

- Não, você não fez isso.- Savannah me encara com a boca aberta e uma expressão perplexa no rosto, a qual só me faz gargalhar mais ainda.

- Sim, eu fiz baby.

- Justin, não acredito. Você era mesmo um pestinha quando criança hein, coitada da tia Alyssa.- Ela diz rindo e esse som, eu juro, é o mais relaxante que eu já ouvi. A risada dela faz coisas comigo, com meu corpo, e faz com que eu tenha vontade de faze-la rir o tempo todo.

- Não se esqueça que o seu irmão estava junto comigo nessa.

- Mas quem que foi “o cabeça” e planejou tudo?- Ela pergunta levantando uma sobrancelha e me olhando desconfiada.

- Tudo bem, admito que foi eu. Eu arrastei o pobre Seth comigo nessa, mas se serve de consolo quando a gente foi pego, eu levei toda a culpa por ele.

- Isso foi antes de eu nascer, não foi?

- Foi, eu tinha uns 6 ou 7 anos.

É tão estranho quando eu paro para pensar que a mulher ao meu lado, a mulher com quem eu venho mantendo relações sexuais muito frequentemente, é a mesma pessoa que eu vi crescer. Deus, eu segurei ela ainda bebê, isso é estranho demais. Praticamente uma década de diferença.

- Savannah, você não liga para a minha idade?- De repente pergunto, pegando-a de surpresa.

- Como assim, o que você quer dizer?

- Eu sou bem mais velho que você, você não liga para isso?

- Você liga?

- Eu? Não sei, na verdade não. É que com você é diferente. Acho que com outras mulheres da sua idade não seria tão estranho, é que quando eu penso que vi você crescer...

- Eu não me importo nem um pouco com a nossa diferença de idade, Justin. Admito que foi um pouco estranho no começo, você me viu crescer e eu te vi como o melhor amigo do meu irmão mais velho a minha vida toda, muitas vezes te via como um segundo irmão. O mais estranho para mim é isso, eu acho, o fato de um dia eu ter o considerado como um irmão e não os 9 anos que nos separam.

- Entendi. Sabe, eu estou gostando muito do tempo em que estamos passando juntos. Digo, não só o sexo, que é incrível por sinal, mas eu aprecio os momentos como esse também.- Digo encarando o Jardim Botânico de Dallas onde estamos fazendo um piquenique.

- Eu também, sinto pela primeira vez que somos próximos de fato. Amigos. Eu gosto de pensar em você como um amigo, acho que em algum momento a nossa relação foi cortada totalmente, e nenhum de nós dois percebemos. Mas eu gosto que estejamos retomando isso, só espero que quando esse lance de amigos com benefícios acabar, que ainda possamos manter a parte do amigos.- Ela diz me encarando com um sorriso amigável no rosto.

Não sei o porquê, mas com a menção da palavra “acabar” um mal estar tomou conta do meu estômago. Não quero que isso acabe, ainda não, minha necessidade por ela ainda é grande demais.

- Claro que sim. Não vamos mais nos afastar como fizemos antes, ok? Mesmo quando a parte do beneficio acabar, vamos continuar saindo e conversando como agora.- Digo e deposito um beijo suave em sua mão.

- Eu adoraria isso, Justin.

Nesse momento uma bola de futebol americano aterrissa perto dos pés de Savannah, fazendo-a dar um pulinho de susto. Olho na direção que a bola veio e vejo um cara vindo correndo até nós.

Ele usa uma bermuda e uma regata branca, deixando a mostra seus braços fortes.

- Hey, foi mal, acho que eu não medi muito bem minha força.- O loiro estilo surfista diz com um sorriso no rosto quando para em frente de Savannah, ela olha para cima com a mão na testa e os olhos semi fechados e o nariz franzido por causa da luz do sol.

Paixão Inesperada (Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora