Capítulo Vinte e Sete

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Peguei meu celular, coloquei em uma play list evangélica, sim, pessoas amo ouvir musicas evangélicas.
No momento era tudo que eu queria, começou a tocar a música Aquieta minha alma comecei a ouvir....
"Aquieta minha alma, faz meu coração ouvir tua voz, me chama pra perto, só assim eu não me sinto só, aquieta minha alma faz meu coração ouvir tua voz, me chama pra perto, só assim eu não me sinto só, por que na verdade eu descobri que tudo que eu preciso estar em ti, mas meu coração é teimoso de mais para admiti, sei que depender é como viver, perigosamente, mas eu preciso acreditar e confiar no que você me diz, aquieta minha alma, faz meu coração ouvir tua voz, me chama pra perto, só assim eu não me sinto só, eu sei que mesmo sem entender você esta no controle então, me esconda no teu coração, me amarre a ti, para eu não desistir, eu não quero mais fugir da tua vontade pra mim, eu sei, que vai ser difícil, mas você estará sempre comigo, e mesmo que minha alma grite e tente me fazer voltar atrás, eu vou confiar, eu vou descansar e lançar, no teu amor, no teu amor, Senhor, o tempo não pode apagar, as muitas águas nunca levaram o amor que você sente por mim eu sei que tudo vai se cumprir, o tempo não pode apagar, as muitas águas nunca levaram o amor que você sente por mim eu sei que tudo vai se cumprir, vai ser difícil ser difícil eu sei, largar tudo por você, mas eu sei que quando eu pensar em desistir, você estará ao meu lado me segurando, me assegurando de que tudo vai ficar bem, tudo vai ficar bem, vai ser difícil eu sei, largar tudo por você, mas eu sei que quando eu pensar em desistir, você estará ao meu lado me segurando me assegurando, de que tudo vai ficar bem, e se eu cair a tua mão me levantará, e se eu chorar, toda lágrima você enxugara, e se eu cair, a tua mão me levantará e se eu chorar, toda lágrima você enxugara, então vem, e aquieta minha alma, faz meu coração ouvir tua voz, me chama pra perto, só assim eu não me sinto só, aquieta minha alma, faz meu coração ouvir tua voz me chama pra perto, só assim eu nao me sinto só, porque na verdade eu descobri que tudo que eu preciso estar em ti, mas meu coração é teimoso demais para admitir, sei que depender é como viver, perigosamente, mas eu preciso acreditar e confiar no que você me diz."
Na hora que a música acabou de tocar, já estava chorando, e muito, acredite em mim, era isso que eu precisava, confiar, acreditar.
Tenho que pensar bem antes de fazer qualquer loucura.
Tenho um marido doente, dois filhos de sangue pequenos pra criar, uma irma/filha pra criar, um adolescente rebelde para ajudar e um adolescente mais rebelde ainda para por juízo na cabeça dele, tenho uma vingança para conquistar, e dois morros para tomar "conta". Minha vida a uns dez meses atrás, era perfeitamente perfeita, morava com o namorado, longe dos pais, perto dos amigos, melhor amiga do dono do morro da rocinha, tinha uma vida "perfeita", até meus pais serem assassinados na minha frente, eu descobrir que "ganhei" cinco filhos num piscar de olhos, e isso tudo com menos de 18(15 pra 16 para ser exata). Sabe as vezes me considero "madura" para isso tudo.
Mas as vezes me olho no espelho, e tenho medo, não medo de algo, mas medo do que sou capaz. Eu até dois anos atrás era bancada pela pais, tinha uma vida socialmente falando boa, uma relação familiar ótima, eu era uma "criança" no corpo adolescente, tinha tudo que queria e na hora que queria, mas agora? Bom, eu tenho que "trabalhar" para conseguir manter minha casa, estudo online porque não sobra tempo, se penso em volta pra NY? Muitas vezes, lá eu tenho certeza que meus filhos, meu Deus, ironia isso, "meus filhos", mas enfim, teria certeza que lá eles estariam seguros. Mas eu paro e penso, foi aqui, nessa favela que eu encontrei o amor, a felicidade, a liberdade, a paz interior, me encontrei. Não posso pensar só neles, lá eu estarei triste, longe do verdadeiro eu. Se eu voltasse no tempo, na antiga eu, e falasse que eu amava uma favela, meu eu do passado com certeza, iria rir descaradamente da minha cara.
Mas hoje, EU, consigo ver, pessoas com "preconceito", não são felizes, elas vinjem ser feliz, vinjem estar no padrão social imposto aos cuidadões, então, sim, eu era infeliz de certo modo. Agora me encontrei, pode até ser um pensamento egocêntrico, mas é isso que eu precise no momento, pensar um pouco mais em mim, sempre pus as pessoas em primeiro lugar, isso irá mudar AGORA.
Nem percebi onde estava, no momento em que coloco meus fones de ouvido e começo a caminhar, perco noção de lugar e tempo, só percebi onde estava na hora que Henrique me comprimentou, não sei porque, mas meus pensamentos me levaram para a academia, mesmo neste instante eu estando mais calma..
Henrique:Luana, terra chamando Luana.
Eu:A... Oi? Falou comigo?
Henrique:Ta tudo bem com você? Esta distraída.
Eu:Tou sim, mas tava com meu fone e meu pensamento, eu não estou mais presente nessa atmosfera, estou na minha própria atmosfera, onde tudo é perfeito. Então, ta fazendo o que ai?
Henrique:Treinando, quer treinar comigo?
Eu:A, bom, pode ser.
E ai estou eu, treinando com a pessoa que tem uma "quedinha" por mim, não, eu não me importo, mas e ele? Como ele se sente? Sempre me faço essa pergunta, sempre chego na mesma conclusão "Eu não sei ". Não sei como consigo, vivo em um ciclo doloroso, eu entro na vida de alguém, ela se torna importante para mim, e eu me torno importante para ela, mas depois de un tempo o "encanto" acaba, ela se afasta e eu tomo naquele lindo lugar. É, essa é a minha vida. Dolorosa? Um pouco. Chata? Nem um pouco. Engraçada? Provavelmente.
Em meio aos meus pensamentos, percebi que machuquei muito o Henrique.
Eu:Henrique desculpa, não foi minha intenção.
Henrique:Tu é louca. Tchau.
E mais uma vez, eu afastei alguém de minha pessoa. Lindo isso.

Meus amores, obrigado por esperar esse tempo, sei que é difícil. Mas esses dias estou tendo que resolver coisas escolares, e esta uma bosta, por exemplo talvez irei mudar de escola, sim, começo do ano por causa da minha irmã. Então isso irá me atrapalhar um pouco com meu livro. Emocionante falar isso, meu livro. Caramba 14 anos e eu já tenho um livro, carai borracha. Mas enfim, assim que eu puder irei publicar o próximo capítulo.
Beijos da Pam

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