CAPÍTULO 10

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[[ Por ESTEVÃO ]]

Eu e Maria regressamos ao hospital, fomos direto falar com o médico de Estrella. Eu estava muito ansioso e acho que Maria também pois apertava minha mão enquanto me fitava mordendo os lábios. Logo o doutor apareceu com os resultados, abriu e começou a ler.

— E Então? — perguntei com um misto de ansiedade na voz. — O que diz aí?

— Incrível, senhor San Roman — o homem abriu um largo sorriso. — É muito raro nesses casos mas o senhor é compatível!

— Meu amor — Maria me abraçou com lágrimas nos olhos, emocionada —, você vai salvar nossa filha.

Perplexo estava eu enquanto minha esposa me abraçava, dando-me beijinhos no rosto e me apertando forte. Finalmente retribuí ao abraço, sorrindo. Quase nem acreditava embora ainda faltasse muito o que ser feito.

O transplante foi marcado para a próxima semana e então, tudo se resolveria.
Fiquei tão envolvido com o resultado do exame que acabei esquecendo de pressionar Maria para que se consultasse. A teimosa nem me fez caso quando perguntei por isso já no dia do transplante. Ela tinha ido me dar um beijo de boa sorte, já estava no leito preparado para ser levado para outra sala onde Estrella já estava instalada.

— Fizestes os exames, amor? — perguntei quando ela despregou os lábios do meu depois de um breve beijo.

— Imagine que eu esqueci, meu amor — ironizou sorrindo. — Agora concentre-se. Tudo vai dar certo.

Não deu tempo de replicar pois dois enfermeiros entraram e me levaram dali. E como Maria disse, deu tudo certo. Claro que ainda restava aguardar como Estrella reagiria ao tratamento mas tínhamos dado um grande passo: Minha princesinha estava fora de perigo.

Passei ainda à noite em observação; no outro dia fui ver minha filha. Tinha a aparência pálida mas tinha um brilho diferente no olhar. Agora ela sabia que tinha chances de se recuperar e talvez fosse isso que deixassem seus lindos olhos brilhantes. Dei- lhe um beijinho na testa, acariciei seus fios dourados e agradeci mentalmente à Deus por ela não ter perdido o cabelo. Não foi preciso!

Estrella, definitivamente, havia sido um caso raro.

É. Tenho que admitir que milagres existem; só faltava agora esperar a recuperação e mais tarde saber que Estrella San Roman estava livre do câncer.
Passamos uma manhã agradável, melhorou mais ainda quando Maria se reuniu conosco. Quando a porta abriu e ela surgiu linda diante de mim, não pude deixar de não caminhar com passos firmes em sua direção, tomá-la nos braços e dar-lhe tremendo beijo. Sentia falta disso, de sua boca, de sua pele, de seu cheiro, de sua entrega... Foi um beijo que causou uma tensão diretamente em minha calça, deixando-me com vontade de empurrá-la na parede, arrancar aquele sobretudo vermelho, livrá-la da roupa de baixo e perder-me em suas curvas, saciando-me e a ela também.

Durante essa semana em que esperava o transplante, não tivemos muitos momentos a sós e eu estava ficando louco. Houve uma tarde em que a peguei no estacionamento do hospital, foi rápido e caliente mas deu para acalmar meu fogo. Logo ela estava em minhas pernas, eu no banco do condutor duro com o aço, deliciando-me com os seios pequenos. Como para facilitar meu trabalho, esse dia Maria vestira um conjunto de blaser e saia o que me permitiu levantá-la até a cintura, afastar a seda que cobria seu sexo quente e penetrá-la até o fundo. Maria até que quis gritar mas com a boca engoli seu grito.

Estava de terno com a gravata quase me sufocando, somente tinha aberto o zíper da calça para liberar o pênis ereto. E Maria rebolava em cima de mim me afogando ainda mais no êxtase.

De repente ouvi a Estrella forçando a garganta, então saí de meus pensamentos e parei de beijar minha esposa bem lentamente. Ficamos com as testas coladas e sorrimos. Ela percebeu que estava com um problema nas calças. Ter lembrado de nosso único encontro sexual nesses últimos dias somado à vontade de tê-la nos braços, não foi de muita ajuda e o resultado era um pau duro e a respiração acelerada. Mas respirei fundo, abracei Maria e tirando forças de onde não tinha, consegui me controlar.

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