CAPÍTULO 12

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[[ por Estevão]]

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[[ por Estevão]]

Estava perplexo com a atitude de Maria; parecia decidida e com muitos ciúmes. Correspondi ao beijo igualmente como ela, com ferocidade. Fez muito bem Maria ter aparecido naquele momento, Fabíola veio ao meu escritório sem deixar em nenhum momento de dar em cima de mim. Anos atrás tivemos um relacionamento, nada sério pois eu apenas me divertia com as mulheres até conhecer Maria. Mas o fato é que Fabiola nunca se conformou e seguiu com suas tentativas, segundo ela, de me reconquistar.

No momento em que Maria abriu a porta, Fabiola estava tentando me beijar mas eu a segurei pelos braços e a afastei um pouco. Maria terminou de distanciá-la e logo foi me beijando como se quisesse marcar território.

Apesar de está frustrado com ela, gostei muito de sua atitude. Maria me surpreendia sempre.

Não quis dormir no nosso quarto na noite anterior porque estava muito doído para que continuássemos a discutir.
Mas até eu mesmo me assustava com minhas atitudes, fui muito compreensivo, muito fácil desde o início.

Havia perdoado minha esposa porque achava que estava sendo muito duro comigo mesmo, deixando a oportunidade de recuperar minha família e amor de minha vida passar. Perdoei os anos de solidão, sua falta de confiança porém saber que fui morto para meus filhos em vida era algo que me doía muito.

Fiquei muito chateado mas analisando todo o ocorrido durante à noite, dei-me conta que eu estava caindo no jogo de Alba. Era o que aquela velha queria: que eu e Maria terminássemos nosso casamento.
Lembro-me  da Maria ter dito que a tia contaria algo de maneira distorcida. Claro, ela fez minha esposa parecer a malvada da história.

Sei perfeitamente que Maria podia ter se negado a tal ideia sem fundamento, mas não podíamos voltar no tempo e mudar os acontecimentos. Só restava nos comportar como adultos e resolver nossos problemas. E de uma coisa tinha certeza: Não queria perder Maria, apesar de tudo.

– Gostou da minha visita, querido? – ela disse um pouco sarcástica limpando com seus dedos minha boca, tirando algum resto de batom.

– Claro que sim – respondi e segui seu jogo de ironias. – Mas pensei que não viesse hoje. Não estava indisposta, amor?

– Já estou melhor, minha vida – ela então virou-se para Fabiola mas sem distanciar-se de mim – Espero não ter atrapalhado nada.

– Imagina – Fabiola forçou um sorriso. – Já estava de saída.

– Que ótimo – assentiu Maria. – Nos vemos por aí, querida. – sem esperar resposta, ela virou-se e ajeitando-me o colarinho, acrescentou – E então terei você só para mim a partir de agora?

Depois dessa, Fabiola não teve outro remédio que pegar sua bolsa e murmurar uma despedida antes de sair da sala.

Nem bem a porta se fechou e ela se afastou como se tivesse medo de pegar um doença contagiosa.

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