CAPÍTULO 11

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[[ Por Maria ]]

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[[ Por Maria ]]

— Isso é mentira da Alba — consegui sussurrar aterrorizada enquanto Estevão me sacudia sem piedade. Como eu tanto temia, ele soube da pior forma possível e  de maneira distorcida pois Alba me fez parecer a vilã da história como se eu tivesse tido aquela absurda ideia. Sim, errei ao aceitar a sugestão de minha tia mas ela, tão perversa e cruel, disse que fui eu que planejei tudo.

— Mentira? — Alba disse sarcástica. — Vai negar que durante todos esses anos os meninos pensavam que Estevão estava morto porque assim você disse?

— Cale-se! Não foi assim... Eu...

— Maria, quero a verdade — Estevão disse com voz pausada mas firme que me tremi de medo. Seus olhos estavam vermelhos de raiva; suas mãos já estavam deixando marcas em meus braços.

— Estevão, está me machucando — nesse momento estava chorando não só pela dor física mas pela dor na alma. Ele nunca me perdoaria; devia ter sido sincera desde o início mas o medo de perdê-lo me fez calar. Fui covarde, fraca e até egoísta ao  pensar que aquela mentira quando descoberta não o magoaria.Pensei somente em mim quando disse aos meninos que o pai tinha morrido. Estevão estava certo eu o matei para os filhos! Agora era arcar com as consequências. — Solte-me! — ele me empurrou, soltando-me; esfreguei as mãos nas pequenas marcas e virando-me para Alba com toda a raiva acumulada. — Vá embora de minha casa, suma da minha vista e não apareça tão cedo.

— Não pode me mandar embora — ela sentou-se tranquila como se nada tivesse acontecendo.

— Posso — aproximei-me dela e a puxei bruscamente pelo braço, levantando-a e puxando-a para a porta — Já falou todas suas mentiras, já acabou com meu casamento como sempre quis, então fora — abri a porta e a empurrei.

— Agora que sua tia já foi — Estevão disse atrás de mim —, você me deve uma explicação. Como teve coragem de fazer tamanha crueldade? Será que me odeia tanto?

Partia-me a alma vê-lo dessa maneira, triste, arrasado e duvidando do meu amor.

— Será que antes de me acusar de tanta coisa, você poderia me ouvir pelo menos?

— É o que estou esperando, Maria.

— Muito bem — respirei com força; indiquei o sofá para que se sentasse. Ele acomodou-se; eu fiquei de pé. Esperava que ninguém nos interrompesse, Heitor dormiria na casa da namorada e Estrella já estava dormindo. Assim que era minha única chance de me explicar e tentar reverter a situação. — Vou te contar como realmente aconteceu, não é como Alba disse.

— Então não estive morto para meus filhos? — perguntou irônico. — Você não me matou? Oh, que alívio!

— Estevão, por favor, deixa-me falar...

— À vontade, querida...
Não gostava da maneira como falava. Estava doído e queria me machucar também. E a ironia e o sarcasmo eram suas armas.

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