Do primeiro encontro

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Isa não se lembrava exatamente quando o viu pela primeira vez. Não importava muito, já estava tão absorta nesse cotidiano que nunca teria percebido que já se passaram 4 meses. Talvez, se lembrasse das provas que fizera na época que o conheceu, tivesse uma noção do tempo.

De qualquer maneira, ele estava lá e isso era bom. Bom e ruim ao mesmo tempo. Não sabia o que pensar, não sabia o que sentir, mas pensava, mas sentia. E, de todos os meninos que já gostou, ele não era muito diferente, ou talvez fosse, sim. Atraente para seus olhos, tinha corpo, o cabelo bem cortado mais parecia acariciar sua cabeça, os fios loiros jazendo da pele branquíssima do coro cabeludo. Os olhos eram claros, oprimia todos que estavam no ônibus. Era realmente curioso ele estar ali, não pertencia àquele lugar.

Eu preciso encher este capítulo, então já que a burrinha da Isa não lembra como foi o primeiro encontro, eu conto para vocês: Isabela entrava, nem feliz, nem triste, embora quem a conhecesse jurasse que ela estava cabisbaixa; cumprimentando o motorista com um singelo "coé motô", Isa tirou do pescoço sua gratuidade, esticando o braço para o sensor logo em seguida; no entanto, hesitou, pendendo o maxilar para baixo, abrindo a boca; sua face entorpecia por longos dois segundos, até o motorista arrancar e a jovem ir de encontro à catraca e deixar sua gratuidade cair no chão, do lado dos passageiros; ele arregalou os olhos, mas se manteve imóvel à situação, enquanto um senhor pegava a gratuidade de Isabela e lhe devolvia. Foi só isso mesmo, obrigado pela atenção.

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