Capítulo 8º

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Capítulo 8º

Que vida difícil!

— Ai está você, querido! — diz Muriel, aproximando-se de Lucas, que passa pelos convidados feito uma bala, sem cumprimentar quem quer que seja.

— Depois, Muriel. — Continua a andar, sendo seguido pela esposa.

— Aonde vai? — sussurra ela ao segurar o braço dele.

— Vou me deitar — responde, sem muita paciência.

— Mas a festa mal começou! O que direi aos nossos amigos?

— Eles são seus amigos, Muriel, não meus! — Olha ao redor, com certo repudio. — Essas pessoas não têm nada a ver comigo. Tenho absoluta certeza de que nem sentirão minha falta — diz entre os dentes. — Já cumpri bem o meu papel. Tirei fotos com a maioria. Agora me dê licença. — Retira o braço do aperto das mãos dela. — E, quer saber... invente o que quiser. Você parece ser boa nisso. — Sai, deixando-a parada no meio do terraço.

— Ei, cara, espera! — Dessa vez é Xandão quem o chama.

— Onde você estava? — pergunta Lucas, enquanto aguarda seu assistente pessoal.

Tava na cozinha comendo comida de verdade. — Ambos caminham lado a lado. — Não costumo participar dessas festas, não.

— Não vai me dizer que a Muriel te proíbe?

— Bem que ela gostaria, mas tu nunca que ia permitir.

— Por que, então?

— É que essa galera não é muito a minha "praia", não.

— Nem a minha.

— Sei que não. — Sorri. — Aonde está indo?

— Para o meu quarto. Não quero ver mais ninguém essa noite.

me dispensando?

— Não me leve a mal, mas estou precisando ficar um pouco só.

— Ainda mais depois de conversar com a mocreia, ?

— Pois é! Não suporto a Muriel.

— Não me refiro a essa, não. Falo da outra.

— A Natali?

— Pois é. Vi que bateram o maior papão no terraço.

— Você parece também não gostar dela.

— É que tu tens o hábito de escolher mal as mulheres que te cercam, tá ligado!

— Também acho.

— E o que tanto conversavam?

— Ela me disse umas coisas que...

— Que o quê? — pergunta, esperançoso. — Lembrou de algo?

— Queria eu. — Solta o ar. — Ela só me disse umas coisas que me deixaram meio mal.

— É, a mocreia tem esse poder mesmo.

— Por que não a deixou se aproximar de mim enquanto eu estava hospitalizado?

— Tu havia brigado com ela pouco tempo antes de ir parar no hospital. Como eu não sabia o que tinha acontecido contigo, não queria que ela te visse enquanto não estivesse cem por cento. Mas ela não parava de ligar, depois teve o show que perdemos... bom, a mocreia ainda é a tua empresária, daí tive que informar do teu internamento e depois da tua alta. Fazer o quê?

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