DESPERTAR

Capítulo 12º

Ansiosos(as) pelo capítulo?

Muhahahahahahahahahaha...

Capítulo 12º

Voltando pra casa

Seria melhor descobrir que Nina deixou de amá-lo, que saber que ele, apenas ele, foi o culpado pelo afastamento dela. Que merda eu tinha na cabeça para não ver meu Orkut e nem e-mail? Bom..., mesmo que Lucas tenha tomado a decisão de aceitar a proposta de Estevão, saindo em turnê por dois meses, deixou o número de seu empresário com a mãe, para o caso de acontecer algo, assim como instruções para que ela acalmasse sua namorada.

Ler as palavras de aflição da mulher que ama, sabendo que não a respondeu sequer uma vez, é algo que lhe provoca uma dor tão grande, que seu coração aperta, como se seu peito fosse explodir. E o choro lhe vem à garganta, involuntariamente.

— Nina, o que eu... — Coloca a cabeça entre as mãos. — Como fui magoá-la assim? Nem sequer fui ao enterro da minha sogra, que era como uma mãe para mim.

— Posso? — Xandão estende a mão e pega o celular para ler os e-mails.

— Meu Deus, por que não li esses e-mails? — Enterra os dedos nos cabelos, jogando a cabeça para trás.

— Nossa, cara! Você destruiu a garota — murmura Xandão, enquanto lê as mensagens, uma a uma.

— Eu havia pedido que a minha mãe tranquilizasse a Nina, Xandão — fala, nervoso. — Se ela tivesse feito o que pedi, Nina não teria sofrido dessa forma. — Lacrimeja. — Por que a minha mãe não acalmou a Nina, Xandão?

— Cara, nem sei o que dizer...

— Minha mãe tinha como me localizar, Xandão. — Chora. Não consegue mais conter-se. — Eu deixei o número do meu empresário com ela, para o caso de acontecer alguma emergência. Mamãe nem sequer me avisou sobre a morte da dona Neide!

— Quanto a tua mãe ter feito isso, não me surpreendo nadinha.

— Tudo indica que houve algo que me fez acreditar que Nina e Mário tinham algo um com o outro. — Bate na própria cabeça. — Por que eu pensaria algo assim? — Chora, chora, chora... — Por que, por que não consigo me lembrar de nada? A minha última lembrança é de que acabo de sair em turnê em maio de 2007, entende?

— Pelos e-mails que tô lendo aqui desse tal de Mário..., parece que tu entendeu tudo errado, mesmo.

— O Mário é meu amigo, Xandão. Meu melhor amigo. Ou era. — Bate novamente na própria cabeça.

— Se eu fosse esse tal de Mário, teria ido atrás de tu e quebrado a tua cara.

— Eu faria a mesma coisa.

— E agora, o que vai fazer?

— Vou para casa, assim que sair daqui.

— Sim, claro, mas... — Coça a cabeça. — Que atitude vai tomar.

— Vou para casa!

— Isso eu já sei, Luca! — murmura chateado.

— Você vem comigo?

— Claro, né! Afinal de contas, foi pra isso que vim te buscar.

— Então tá. — Reflete por alguns minutos. — Passamos antes na sua casa e você pega sua mala.

— Pra que quer a minha mala? — Ergue o cenho.

— Por que iria querê-la? — pergunta, confuso.