Capítulo 21

4.5K 272 12
                                    

                          Diego
   Hoje o dia estava tenso pois tinham roubado uma carga com drogas minhas e eu estava puto da vida. Me ligaram de madrugando falando que estavam querendo invadir o morro e quando estava me trocando ouvi os fogos serem lançados 3 vezes sinal que era facção rival.

DG: Droga - coloquei meu colete a peça de balas colocando minha camisa por cima -
Thaís: Diego cadê você? - ela veio correndo pro closet - tão invadindo
DG: Eu sei, vem aqui - saímos do quarto e dei de cara com FB -
FB: Tô indo lá pra boca
DG: Não, você fica - puxei a Thaís - leva ela pro esconderijo e não sai de lá até eu mandar
FB: Manda o Menó e o Juninho levarem as meninas pra lá - assenti e fizemos um toque - vem Thaís
Thaís: Não amor, vem comigo por favor - ela queria chorar -
DG: O morro precisa de mim e eu preciso que você vá com o FB e se proteja
Thaís: Eu preciso de você - bufei e puxei ela pela mão até a garagem -
DG: Me escuta, eu vou proteger o morro e assim que puder vou até você ok? - ela assentiu chorando - abre o portão aí - ele abriu e saímos - agora vai amor
Thaís: Não
FB: Vamos Thaís - ele tentava puxar ela com a mão -
Thaís: Eu te amo - me abraçou -
DG: Eu também te amo - beijei ela -
FB: Vem vamos - eles saíram correndo entre os becos e eu montei na minha moto descendo até a barreira encontrando todos lá -
DG: Quem é ? - abaixei ao lado do Menó e comecei a atirar -
Meno: ML
DG: Bala nesses filha da puta
                         Thaís
     
     Fui dormir com um sentimento ruim e assim que ouvi os fogos serem lançados já levantei procurando o Diego, não queria deixá-lo estava com um pressentimento ruim mas FB me puxou então saimos correndo entre os becos.

Thaís: Vamos voltar - os tiros estavam cada vez mais altos -
FB: Estavam chegando - corremos mais um pouco e logo chegamos em uma casa abandonada, entramos e dentro dela tinha um quarto - entra aí
Thaís: Não me deixa aqui sozinha por favor - puxei a mão dele -
FB: Eu vou ver se ninguém seguiu a gente, já volto - ele fechou a porta e saiu, passou uns 5 minutos e escutei o barulho de um tiro -
Thaís: FELIPE  - sei que e errado gritar mais eu estava com medo - meu Deus me ajuda - a porta foi aberta - quem é você ?
***: Seu pesadelo - ele veio andando pra vim me pegar -
Thaís: Não por favor - ele deu um sorrisinho e logo ouvi um barulho de um tiro - AAAAAAAH - fechei os olhos -
Juninho: Ei calma, sou eu, abre os olhos - abri e vi ele, a Laura e a Mônica -
Thaís: Obrigado - abracei ele - cadê o FB ?
Laura: Desceu pra barreira - abracei elas -
Juninho: Sentem aí na cama que eu vou tirar esse corpo daqui - sentei com elas e ficamos segurando as mãos - pronto
           
     Ele voltou e trancou a porta, o barulho dos tiros não paravam mais e nem sei por quanto tempo ficaram assim, até que parou.

Mônica: Acabou, vamos sair daqui - foi até a porta -
Juninho: Cê tá louca? Só quando eles mandarem
Mônica: Vamos só sair do quarto, eu tô ficando nervosa aqui dentro
Laura: Você tá grávida, calma
Juninho: Vamos só até lá em baixo e não vamos sair da casa - ele abriu a porta e ficamos atrás dele, descemos até outra parte da casa e demos de cara com Felipe entrando na casa -
FB: Cês tão bem? Que sangue é esse Juninho?
Juninho: Um cara entrou aqui mais matei ele
Thais: Cadê o Diego?
FB: Tá lá em baixo ainda mais tá - o rádio começou a tocar e ele atendeu -
*Rádio on *
FB: Qual foi ?
Meno: E o DG mano, DG levou um tiro
FB: Oque? Aonde ?
Meno: Na quadra
*Rádio off*
Thaís: Eu vou lá
Mônica: Thais não vai - sai correndo da casa e fui descendo até a quadra vendo o meninos com o DG sangrando -
Thaís: DIEGOOOO - entrei na quadra e fui até eles -
Meno: Oque você tá fazendo aqui ?
Thaís: Isso não interessa agora, temos que levar ele pro hospital
Meno: Não podemos, agora a entrada do morro deve tá cheio de polícia
DG: Isso dói pra porra - ele gemeu falando -
Thaís: Amor vai ficar tudo bem - pensei um pouco - vamos lá pra casa, fiz alguns meses de curso de enfermagem e acho que sei resolver isso
DG: Acha?
Thaís: Sim, ou eu ou ir até o postinho e sair dela direto pra cadeia
Meno: Ela tem razão, JL e Pequeno me ajudem a colocar ele dentro do carro - pegaram ele no colo que gritou de dor e entramos no carro -
       
     Eu fui atrás com o DG e o Menó com o Pequeno foram na frente, logo ele entrou na garagem e desceram com ele entrando em casa

Pequeno: Colocamos ele aonde ? - pensei um pouco -
Thaís: No escritório - fui na frente entrando jogando tudo de cima da mesa no chão - coloquem aqui
DG: Tá doendo pra caralho - era um tiro na perta e outro no ombro, eles colocaram ele em cima da mesa -
Thaís: Pequeno pega o kit de primeiros socorros ali dentro do armário e Menó apoia a cabeça dele no seu colo - ele fez e logo o Pequeno veio -
Pequeno: Tá aí Patroa
Thaís: Obrigado - abri e tinha tudo que eu precisava menos uma coisa - droga, não vai ter anestesia
DG: Mais que caralho
Thaís: Me dá sua camiseta - pedi pro pequeno que tirou e me deu, enrolei ela é dei pra ele - coloca na boca dele
DG: Não precisa - amarrei o cabelo, peguei o álcool e joguei na minha mão -
Thaís: Coloca logo - ele colocou e o Menó segurou - agora segura ele, nem que você precisa subir em cima dele mais segura ele porque vai arder e doer muito
      
      Peguei a tesoura e cortei a bermuda dele pegando o álcool e joguei em cima fazendo ele gritar e se balançar todo.

DG: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Thaís: Desmaia logo por favor - peguei uma tesoura que eu tinha e enfiei na perna dele pra pegar a bala, tirei a mesma e coloquei copreensa e olhei pro mesmo que gritava e chorava - segura mais forte porque vou costurar
         
    O pequeno assentiu segurando ele mais forte, peguei a linha de sutura e a agulha e suturei a perna dele que gritou o tempo todo e até caiu umas lágrimas dos olhos dele.

Thaís: Meno agora você vai ter que segurar ele muito firme mesmo, porque dependendo da onde a bala estiver pode atingir uma veia que liga no coração
DG: Thaís - saiu abafado e eu tirei a camisa da boca dele - por favor chega amor, eu não vou aguentar
Thaís: Vai sim porque você é forte, vai passar rapidinho igual a perna - coloquei a camisa na boca dele de novo - Pequeno segura os dois braços dele, posso ir Menó?
Meno: Pode - cortei a camisa dele jogando álcool no ferimento fazendo ele gritar mais -
DG: AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH
Thaís: Desmaia droga - coloquei o dedo pra ver aonde a bala estava e graças a Deus ela não estava perto da veia - não tá perto da veia
Meno: Aguenta firme irmão - peguei a tesoura e enfiei no ombro dele pegando a bala que gritou mais desmaiou em seguida - ele desmaiou Thaís
Thaís: Olha a pulsação dele - ele olhou e respeitou aliviado, logo eu terminei de suturar e fiz um curativo - acabou
Pequeno: Podemos levar ele pro quarto ?
Thaís: Sim vamos lá - eles pegaram o DG no colo e subimos, abri a porta e arrumei a cama e eles colocaram ele em cima - obrigado gente
Meno: Vamos levar ele no hospital?
Thaís: Amanhã a gente tenta mais se não conseguir, trás um médico até aqui
Pequeno: Posso ir agora ?
Thaís: Pode sim e obrigado de novo - ele sorriu e saiu do quarto -
Meno: Tô indo também, vou ir ver minha mulher é tomar um banho
Thaís: Cuida dela e vê a pressão dela porque ela ficou nervosa - ele assentiu e eu abracei ele - obrigado
Meno: Eu que agradeço, tu salvou a vida do meu irmão - rimos - tchau morena, amanhã venho ver como ele tá
Thaís: Tabom, tchau - ele saiu do quarto e eu sentei ao lado do DG - que susto você me deu amor, fiquei com tanto medo
DG: Eu também fiquei - olhei pra ele sorrindo por ele ter acordado e beijei ele - obrigado por ter me salvado
Thaís: Sem você eu não saberia viver - sorri - tá doendo muito ? - ele assentiu e logo dormiu de novo, senti a pulsação dele que tava "normal" então respirei aliviada -

      Fui até lá em baixo limpando todo o escritório e logo em seguida subi pra tomar banho, dei uma olhada nele, separei minha roupa e tomei um banho rápido, já sai trocado indo ver ele de novo que estava dormindo. Resolvi descer e pedi pra um dos seguranças irem na farmácia do morro mesmo comprarem um antibiótico e algo pra aliviar a dor, voltei pra cozinha e fiz uma canja de galinha, sentei na mesa e comi esperando o segurança voltar que logo chegou me entregando as coisa, terminei de comer colocando o prato na pia e arrumei tudo na bandeija subindo pro quarto e acordei ele.

Thaís: Amor, acorda - ele acordou e gemeu de dor - vamos comer rapidinho pra mim te dar o remédio
DG: Tá doendo muito
Thaís: Come só um pouquinho - ele assentiu e mesmo com dor comeu foi tudo, quando ele terminou dei o remédio pra ele que já estava quase pegando no sono -
DG: Obrigado de novo, você fez tudo isso por mim e eu não te dou valor
Thaís: Tá tudo bem amor - deitei ao lado dele que apesar de ser de manhã já eu estava cansada -
DG: Eu te amo Thaís - falou isso é dormiu -
Thaís: Eu também te amo muito Diego - segurei em sua mão e dormi ao lado dele -
                      Escrito por Júlia Brandt

Perfume de BandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora