Capítulo 18

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                         Felipe FB

           Minha cabeça estava a milhão com tudo que estava acontecendo, meu irmão não podia morrer e me deixar aqui, não aguentaria. Estava sentado na recepção do hospital que hoje estava cheia e tinha dois policiais rondando e me encaravam o tempo inteiro, até Juninho aparecer.

Juninho: Irmão - olhei pra ele - sua mina tá na frente te esperando
FB: Valeu aí - levantei rápido e sai lá pra fora olhando tudo e a encontrando no canto - amor - ela virou pra mim -
Letícia: Eu pensei que você tinha morrido - me empurrou - porque você não me ligou ? - gritou fazendo as pessoas que entravam no hospital nos olharem inclusive os guardas do hospital -
FB: Desculpa amor eu esqueci
Letícia: Tá no jornal, na tv, em tudo, seu irmão é um assassino, ele matou o amigo do meu pai - falou alto -
FB: Fala baixo - puxei ela pra um canto mais reservado - você tá louca fica gritando assim? - respirei fundo - não era pra ser daquele jeito
Letícia: Como não? Vocês foram roubar as coisas deles, você colocou a minha vida em risco
FB: E você queria que eu fizesse oque? Meu irmão nunca faria mal e você e tu sabe disso Letícia
Letícia: Ele e um assassino, ele matou o um cara que era praticamente meu tio - ela chorava -
FB: Ele não e um assassino, ele virou, nós dois viramos porque quem atirou fui eu pra salvar a gente e mesmo assim olha onde meu irmão tá? Por minha culpa ainda
Letícia: Não era pra ser assim, vocês não tinham esse direito
FB: Mas são assim aonde eu moro, se eu não atirasse nele era pra eu ta morto agora
Letícia: Você acha isso certo? - gritou -
FB: E oque e certo ? - gritei - criança nasce e não ter oque comer? Ser tratado que nem bicho por qualquer bacana cheio de dinheiro no bolso? - ela ficou quieta - fala? Você quer saber oque eu acho do movimento? Acho uma merda mas não foi você mesma que disse que sua galera adora um baseado e um pó? Então porra, tem pobre que vira bandido porque e ruim mesmo mas tem outros que não tem escolha - coloquei a mão no rosto sentindo as lágrimas caírem - meu irmão era um cara bom, ele e como um pai pra mim - encostei na parede -
Letícia: Vamos embora daqui? Meu pai descobriu tudo e quer me mandar embora do país e ainda tirar nosso filho - abracei ela - vamos fugir daqui ? Ir pra outro lugar e recomeçar do zero, só eu, você e o nosso filho
FB: Eu faço tudo por vocês - beijei ela -
                            Thaís  
            Depois de quase três horas sentada segurando a mão do DG resolvi ir tomar um ar então levantei pegando meu celular e fui saindo indo até a parte de fora da área de emergência pois lá tinha sinal, no instante que liguei meu celular tinha milhões de mensagens e resolvi abrir as da minha irmã.
"Mensagem Mônica
-  Fiquei sabendo do DG, estou indo pra ir o mais rápido possível
-Fica bem, amo você"

       Isso havia sido a horas atrás então ela devia estar chegando, então resolvi ligar pra ela mas era impossível pois só dava caixa postal, começou uma movimentação ali já entrada de ambulância que eu só ouvia olhando atenta.

Enfermeira: Mulher não identificada atropelada por um táxi que perdeu o controle, conseguimos entubar
Médico: Aonde ela estava?
Enfermeira: Disseram que ela estava na espera de um táxi mexendo no celular quando o táxi a atingiu e na hora ela só empurrou o carrinho com um bebê que presumimos ser filho dela - um enfermeiro desceu com um bebê no colo, um menino -
Médico: Rápido, ela precisa de cirurgia - foram correndo com ela e o enfermeiro com o bebê atrás e ele não me parecia estranho, ele virou o rosto e sorriu encontrando o olhar ao meu e eu não acreditei quando vi -
Thaís: Miguel - senti lágrimas nos meu olhos e corri atrás deles - esperem
Médico: Você a conhece ?
Thaís: Sim - eles pararam e eu pude ver melhor e a reconheci - ela e minha irmã seu nome e Mônica Ribeiro e ela tem 19 anos e esse e o Miguel meu sobrinho - peguei ele no colo -
Médico: Precisamos ir com ela - olhei angústiada pra ele - ela vai ficar bem - eles correram com ela pra dentro de uma porta e eu fiquei lá parada com o Miguel no colo que começou a resmungar -
Thaís: Vai ficar tudo bem meu amor, a tia tá aqui - beijei ele, não sabia muito bem como agir agora pois era muita coisa na minha cabeça, primeiro o DG e agora ela e eu não podia perder eles, não podia -

           Depois de um tempo em choque resolvi voltar pro quarto mas fui andando bem devagar, Miguel brincava com meu cabelo e ele lembrava muito ela em cada detalhe do seu rosto, o nariz, a boca. Virei o corredor andando mais um pouco e cheguei no quarto do DG e respirei fundo abrindo a porta e todos que estavam com a cabeça abaixada me olhando.

Menor: Miguel? - levantou na hora vindo pegar ele - meu Deus que saudades filhão
Laura: Cadê a Mônica ? - brincou com ele e senti as lágrimas caindo - oque foi?
Menor: Thaís cadê a Mônica? Fala Thaís cadê ela? Pode você tá com o Miguel sozinha ?
Thaís: Ela sofreu um acidente, eu não sei bem oque aconteceu, eu estava lá fora e de repente uma mulher deu entrada na emergência e eu vi o Miguel - respirei fundo - eles levaram ela
Menor: A Mônica sofreu um acidente - ele abraçava o filho - ela sofreu um acidente
Juninho: Vai ficar tudo bem irmão - bateram na porta -
Médico: Eu presumo que vocês sejam da mesma família e que sejam os familiares da paciente Mônica Ribeiro
Menor: Como ela tá doutor?
Médico: Estamos fazendo de tudo e eu preciso voltar pra ela mas nos exames vimos que ela tem o mesmo tipo sanguíneo que o senhor Diego Barros e se você que e a única parente dela aqui queríamos essa permissão - falou pra mim -
Carla: Você precisa aceitar
Menor: Mais e a Mônica? Isso não vai prejudica-la?
Médico: Em toda cirurgia a um risco - senti minha cabeça latejar, não queria perder nenhum dos dois, do nado os aparelhos do DG começaram a apitar -  alguém chame os enfermeiros - o Juninho saiu do quarto correndo - ele está tendo um ataque cardíaco, você precisa decidir agora
Thaís: Tá bom, eu permito só salva os dois por favor - logo os enfermeiros chegaram e começaram a ressuscitação enquanto saindo do quarto com ele -
Menor: Eles vão ficar bem
Thaís: Eu preciso que eles fiquem porque se não eu não vou aguentar - ele me abraçou e choramos juntos vendo o amor de nossas vidas correndo risco -

           Escrito por Letícia Rodrigues
Amores desculpa a demora, aconteceu coisas que me destruíram no meu antigo relacionamento, eu realmente estou mal de verdade mas não poderia deixar a história de lado. Comentem MUITOOOOO e votem também! ❤

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