André ( Pequeno )
Meu nome é André mas todos me conhecem como Pequeno tenho 20 anos, quando eu tinha 13 anos perdi meus país em um acidente de carro e desde de então sou sozinho no mundo, eu morava no morro da Maré é uma amiga da minha amiga cuidava de mim as vezes, quando eu tinha 16 anos engravidei uma peguete minha então tive que largar os estudos pra sustentar eles mas não achava nenhum emprego então entre pro tráfico começando por vapor e depois fui subindo de cargo e virei gerente de boca, mas em uma operação da polícia na favela tive que fugir de lá deixando minha mulher e filho, vim pra Rocinha e o DG me acolheu, acabei perdendo o contato com a mãe do meu filho e não podia voltar pra maré por causa da polícia. Acabei virando amigo de todos da Rocinha e virei gerente dos Vapores, quando fiz 19 anos a mãe do meu filho apareceu me entregando o muleke e sumiu no mundo então arrumei uma senhora pra ficar com ele enquanto eu tava no trabalho, não contei pra quase ninguém é tinha filho pois não queria que ninguém fizesse mal a ele. Sai de casa cedo deixando o Caio que tinha 4 anos com a dona Neide e fui pra boca pra reunião do DG, ele pediu atenção redobrada porque o ML estava tramando alguma, passei o dia entregando algumas drogas e tive que ir até a segunda barreira do morro pra cobrir um amigo.Pequeno: Eae PP - fiz um toque com ele - cadê os mulekes?
PP: Troca de turno, mas você fica aqui uns 20 minutos só pra mim ir lá na entrada do morro resolve uns bagulhos ?
Pequeno: Que bagulhos PP? - olhei pra ele desconfiado -
PP: Coisa minha Pequeno, vai ficar ou não ?
Pequeno: Não quero treta pro meu lado em mano, vai logo
PP: Valeu aí, já volto - ele desceu e eu fiquei lá sentado olhando, passou quase meia hora e nada do PP, já tava ficando putão porque meu filho estava me esperando e eu já tinha passado da minha hora com a dona Neide, quando me dei conta vi dois caras em cima de uma moto e como não conhecia resolvi mandar parar -
Pequeno: Encosta aí mano - apontei minha arma pra eles - tira o capacete os dois - quando eles foram tirar o garupa destravou a arma e começou a atirar, consegui dar 2 tiros mas só acertou de raspão no cara que atirou em mim mas logo vai no chão porque fui atingido, os dois tiraram o capacete e vi que era o ML e o PP, aquele filha da puta. De longe ouvi barulho de motos e os dois saíram voando, logo senti alguém me tocando -
Meno: Qual foi pequeno? Fica acordado mano - eu sentia o gosto do sangue - PEGUEM UM CARRO MANO, VAMO LEVA ELE PRO POSTINHO
Pequeno: Me..meno - peguei no braço dele -
Meno: Vai ficar tudo bem mano só fica acordado
Pequeno: Cuide...m do.. meu....fi...lho
Meno: Você vai cuidar dele mano, CADÊ O CARRO PORRA - já estava vendo tudo embaçado e já sabia que ia morrer - força irmão
Pequeno: Obri...ga...do - tentei sorrir -
Meno: Para com isso mano - vi que ele chorava - quem fez isso isso com você em ?
Pequeno: M...ml - os sons foram ficando distante e tudo preto, era minha hora, eu sentia, só pedia pra Deus cuidar do meu filho porque eu ia ter que cuidar dele lá de cima porque eu morri -Thaís
Levantei da cama devagar depois de quase duas horas tentando fazer o Diego e o Caio dormir, quando consegui tentei dormir mais não conseguia porque parecia que tinha algo preso na minha garganta então levantei com cuidado indo até a varanda sentado no chão olhando pro céu e lembrando um dos dias mais legais que passei com o Pequeno.
Flashback on
Subia o morro com sozinha escutando música no celular mas aquele sol da meio dia estava de racha, continue subindo quando dei de cara com o Andre vulgo pequeno.
Pequeno: Oi morena
Thaís: Oi Pequeno, tudo bem ? - ele me abraçou -
Pequeno: Tô suave, quer ? - ele estava chupando sorvete -
Thaís: Não, obrigado - ri - a casquinha parece um chifre de unicórnio
Pequeno: Você gostaria de ser um unicórnio? - ele me olhou com.vara de quem ia aprontar -
Thaís: Eu não mas você sim - fui mais rápida que ele pegando sei sorvete e coloquei na testa dele -
Pequena: Ah e assim? - ele falou pegando o sorvete na testa dele e jogou em mim - estamos quites
Thaís: Não estamos não - peguei minha garrafinha de água e ataquei no mesmo -
Pequeno: Ah filha da puta - ele olhou prós lados e atravessou a rua entrando em sua casa e eu fiquei sem entender então atravessei e o chamei -
Thaís: Pequeno foi mal - do nada ele apareceu com a mangueira me molhando - não, minha bolsa
Pequeno: Só tirar ela - joguei minha bolsa no chão e fui até ele tentando pegar a mangueira - você não vai conseguir
Thaís: Me da - ficamos meio que brincando por um tempo até eu cansar - chega, tô cansada e toda molhada
Pequeno: Foi legal - rimos e ele me abraçou - tu é uma das minhas melhores amigas
Thaís: Você também é um dos meus
Pequeno: Tô aqui pra tudo viu?
Thaís: Eu também, sempreFlashback off
Chorei muito com essa lembrança, apesar de estarmos meio afastados de um tempo pra cá eu sempre pensei nele, até conversa com ele às vezes quando ele fazia minha segurança e já tinha pedido desculpas por ter me afastado e ele falou que a gente podia ficar 5 anos sem de falar mais quando a gente se falava era como se nunca tivessemos parado. Voltei por quarto deitando com os meus homens pra dormir mais coloquei o celular pra despertar pra ir pro velório de manhã mas pareceu que eu mal dormi porque ele logo despertou então acordei o DG .
Thaís: Amor ? Amor acorda - ele acordou devagar -
DG: Oque foi ?
Thaís: O velório - seus olhos encheram de lagrimas mas ele levantou e foi direto pro banheiro, então eu fui tomar banho no banheiro de hóspedes, troquei de roupa lá mesmo ( uma legg preta e uma blusinha) voltei pro quarto arrumando o cabelo e fiz uma make básica e fui acordar o Caio mas antes pedi pro DG fazer uma mamadeira pra ele - amor faz um favor pra mim ?
DG: Oque ? - ele saiu do banheiro pronto já -
Thaís: Faz uma mamadeira pro Caio enquanto eu troco ele?
DG: Tá bom - ele foi e eu fui acordar o Caio -
Thaís: Príncipe vamos acordar
Caio: Eu tô com soninho
Thaís: Eu sei meu amor, vamos só trocar de roupa e você volta a dormir
Caio: Tá bom - tirei o pijama dele é coloquei uma calça jeans e uma polo, DG logo veio com o tete dele -
Thaís: Toma - dei pra ele que tomou meio dormindo enquanto eu calçava o tênis dele - pega ele pra mim?
DG: Pego - descemos e o Diego colocou ele no sofá enquanto tomávamos café, quando deu 07hrs saímos de casa indo até o velório do pequeno que seria no morro mesmo, descemos do carro e todos já estavam lá, Caio ficou no meu colo mais assim que entramos ele acordou -
Caio: Tia olha meu pai ali - ele meio que saltou do meu colo e correu até aqui -
DG: Caio espera - corremos atrás dele -
Caio: Pai acorda - ele subiu em cima de uma cadeira e ficou balançando o pai dente do caixão - vamos pra casa papai
Thaís: Amor vem com a tia - fui tentar pegar ele -
Caio: Porque ele não tá acordando tia? Fala pra ele que já tá na hora de acordar - ele começou a chorar - papai acorda, papai por favor
DG: Vem Caio - DG pegou ele no colo e foi saindo de lá com ele chorando muito -O DG ficou o tempo todo com o Caio lá fora que estava inconsolável, o velório e o enterro foi rápido e logo voltamos pra casa, quando chegamos dei um banho nele e almoço que dormiu logo em seguida. Deixei ele no quarto e desci pra sala encontrando DG sentando no sofá.
Thaís: Oi
DG; Oi, conseguiu fazer ele dormir ?
Thaís: Depois de muito custo sim - sentei deitando no ombro dele - como você tá ?
DG: Não sei - ele olhou pra mim - nossa filha tá aí dentro - colocou a mão na minha barriga - agora temos o Caio e nós já passamos por tanta coisa juntos
Thaís: Nunca pensei que a gente estaria aqui hoje, juntos e com dois filhos - rimos -
DG: Eu te amo
Thaís: Eu também te amo - nos beijamos -
Escrito por Júlia Brandt.Comentem MUITOOOOO e votem também, vou tentar postar regularmente agora é o pequeno eu deve ter aparecido em um ou dois capítulos igual ao PP que só apareceu em um!
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Perfume de Bandido
Teen Fiction- Eu escolho você, mesmo que o mundo todo fique contra mim. Três pessoas. Uma irmandade. - Você me bate mais fala que me ama pra amenizar a dor. Um amor doentio. Uma traição. - Você é minha irmã, como pode fazer isso comigo? 1° e 2° Temporada final...