Capítulo 22

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                           Felipe

           Depois que a Letícia veio morar comigo tudo melhorou, sinto que estou formando uma família e já até estava procurando uma casa só pra gente. Hoje o dia foi tranquilo, fiquei na boca até de tarde e depois voltei pra casa encontrando só a Letícia lá.

FB: Oi amor - entrei na cozinha e ela estava sentada comendo feijão - cê tá comendo feijão?
Letícia: Tô porque ? - dei um selinho nela dando de ombros- deu vontade
FB: Como tá o nosso pinguinho de gente ?- beijei a barriga dela que já tinha um volume -
Letícia: Está ótimo, foi no postinho hoje e o médico disse que já estou com 4 meses e que na ultrassom poderemos saber o sexo - disse feliz - já estou com dor nas costas mas o médico disse que e normal e vai piorar conforme os meses - fez cara triste e seu abracei ela -
FB: Ta feliz? - ela assentiu sorrindo - não se arrepende de ter vindo pra cá deixando seu família?
Letícia: Eu fico triste mais eu te amo e amo esse bebê, vocês são minha família agora e eu não vou desistir de vocês - beijei ela - você foi a melhor escolha da minha vida

              Fiz um lanche pra gente e ficamos na sala assistindo até todo mundo chegar e aí foi a maior zona, ver minha família assim feliz e e reunida era tudo que eu mais queria nessa vida toda. Depois de jantarmos e jogarmos conversa fora subi com a Letícia pro quarto e tomamos banho juntos apenas com carícias, assistimos filme até tarde e quando eu estava já pegando no sono meu rádio tocou.
*Rádio on*
FB: Solta voz porque eu quero dormir
JL: O delegado tá aí querendo bater um lero com você
FB: Ele tá sozinho ?
JL: Sim mas tem uns cara com ele na entrada, ele tá indo pra quadra e tá lá te esperando
FB: Pode pa, tô descendo, fé
JL: Fé
*Rádio off*

            Levantei trocando de roupa pegando minha fuzil e meu rádio e quando fui sair do quarto a Letícia acordou.

Letícia: Tá indo aonde?
FB: Vou resolver um negócio rápido
Letícia: As 01hr da manhã ? - assenti - deixa eu ir com você, não tô sentindo um negócio bom
FB: Agora que tu não vai - ela levantou colocando uma blusa de frio - você não vai
Letícia: Se eu não for você não vai - veio até mim - por favor
FB: Chata você em, vamos logo - peguei a chave da minha moto e saímos de casa - eu preciso te contar que negócio eu vou resolver - ela me olhou - seu pai tá aí
Letícia: Meu pai? Agora você não vai, vamos voltar pra dentro por favor - me puxou -
FB: Eu tenho que resolver isso com ele de homem pra homem
Letícia: Não Felipe, ele vai te matar - implorou - não vai por favor
FB: Eu vou e vamos resolver isso hoje - montei na moto - volta pra dentro
Letícia: Já disse se você for eu vou - subiu na garupa -
FB: Isso pode ser perigoso
Letícia: Vamos correr esses risco juntos - revirei os olhos e acelerei a moto descendo pra quadra mas antes de chegar lá parei em um beco - ele não tá na quadra ?
FB: Ta mais você vai ficar aqui, não posso colocar a vida de vocês em risco - coloquei a mão em sua barriga - fica aqui que eu logo volto
Letícia: Se cuida por favor - ela tinha lágrimas nos olhos, assenti - nós te amamos
FB: Eu também amo vocês - beijei ela e Behringer sua barriga, ajeitei a fuzil nas costas e desci até a quadra encontrando o pai dela virado de costas - eu nunca ficaria de costas para o inimigo
Alexandre: Se eu morrer aqui, tem ordens para explodir esse morro - ele virou pra mim - cadê a vagabunda da Letícia?
FB: Não tem interessa - ele riu - quero resolver essa porra logo, de homem pra homem - tirei a fuzil das costas colocando no chão - sua vez
Alexandre: Tudo bem - ele tirou a arma da cintura colocando no chão -

             Quando pensei que ele ia falar alguma coisa ele veio pra cima de mim me dando um soco mas fui rápido também devolvendo dois de uma vez, começamos uma luta horrível, ele estava me arrebentando na porrada e quando viu que eu estava ficando sem forças parou me fazendo cair no chão e me deu uns 5 chutes na barriga me fazendo cuspir sangue.

Alexandre: Não e que o traficantezinho de merda tá fraco ? - ele riu pegando a arma dele e apontando pra mim - eu vou te matar e levar aquela puta da minha filha embora e tirar aquela coisa dela
FB: Você não vai encostar na minha família - tentei me arrastar até minha fuzil mas ele pisou em minha mão - filho da puta - gritei de dor, ele agachou e colocou a arma no meu rosto -
Letícia: Pai não, por favor

                           Letícia

         Ficar naquela beco sozinha tava me deixando angústiada sem poder fazer nada, lembrei que a Laura e o Juninho moravam aqui perto então sai do beco correndo até a casa deles, chegando lá bati na porta descontroladamente.

Letícia: Juninho - gritei - Laura - bati na porta e ele abriu -
Juninho: Oque foi ? - me olhou - oque aconteceu? Cadê o FB?
Letícia: Você precisa ajudar ele vem - puxei ele -
Juninho: Não espero, me fala oque tá acontecendo - me segurou pelos dois braços -
Letícia: O meu pai Juninho, o meu pai vai matar ele - ele me olhou assustado e entrou em casa pegando a arma dele e fechou a porta -
Juninho: Aonde eles estão ?
Letícia: Na quadra - fomos correndo até lá e quando chegamos vimos o meu pai apontando a arma pro FB que estava no chão - eu vou lá
Juninho: Você tá louca? Eu vou chamar o DG - me segurou -
Letícia: Ele vai matar o Felipe - chorei me soltando dele -
Juninho: Calma - ele pegou o rádio e foi aí que eu corri - Letícia volta aqui - entrei na quadra -
Letícia: Pai não, por favor - ele me olhou e eu fui até eles -
Alexandre: Vem aqui sua vergonha, sua vagabunda, você vai ver tudo pra aprender - me puxou dando um tapa na minha cara - eu vou matar esse merdinha e depois vou tirar essa coisa de você
Letícia: Vamos conversar por favor pai - implorei chorando e ouvi fogos no céu -
Alexandre: Vou ter que ser rápido - pegou a arma mais me soltei dele o empurrando -
Letícia: Você e meu pai e eu sou sua filha, porque está fazendo isso comigo?
Alexandre: Quando você era pequena, devia ter uns 8, 9 anos, levei você e sua prima a um jogo de futebol, os outros pais levaram seus filhos homens e sobrinhos, mais vocês duas bastavam pra mim 
Letícia: Pai     
Alexander: Sua prima assistiu o jogo todo mas você dormiu no meu colo 10 minutos depois de começar, eu rezava pra que não acontecesse nenhum gol só pra não te acordar - riu -  fizeram uns 4 e não importou, você continuou dormindo tranquilamente como se nada tivesse acontecendo até nós irmos embora - me olhou - você era minha menina   
Letícia: Eu continuo sendo   
Alexandre: Você me decepcionou 
Letícia: Porque? Porque não sou mais a sua menininha? Porque cometi um erro?   
Alexandre: Quem é você? Não te reconheço mais   
Letícia: Sou sua filha que te ama e sei que deve ser difícil pra você mas preciso que meu pai me abrasse e diga que ficará tudo bem - abri os braços chorando, ouvimos um barulho de moto e olhei pra trás e ele me puxou colocando a arma na minha cabeça. DG e Menor desceram da moto e vieram até a gente -
DG: QUE PORRA E ESSA ?
Alexandre: Agora a festa tá boa, o dono merdinha desse morro tá aqui também, vai se juntar ao seu irmão? - apontou a arma pro DG -
DG: Meu querido delegado, quanto tempo não ? - debochou - eu vou te pedir educadamente pra que solte ela e vá embora sem se machucar
Alexandre: Só depois de mandar vocês dois pro inferno - apontou pro DG e atirou, fechei o olho e ouvi outro disparo, e logo fui puxada por alguém -
DG: Pode abri os olhos - abri os olhos olhando pra ele que estava bem e vi Menor que também estava bem e o abracei -
Letícia: Pensei que ele tinha te acertado - soltei ele e virei pra trás vendo ele caído no chão - pai - fui até ele -
Menor: DG chama alguém aí pra levar o FB pra casa
Leticia: Ele tá bem ? - DG assentiu pegando o rápido - pai responde por favor - implorei - não morre
Alexandre: Eu te amei - disse fraco e cuspindo sangue - seja feliz minha menina
Letícia: Não me deixa por favor, eu te perdoo - chorei - PAIIIIIIII NÃO VAI - deitei em seu peito vendo ele morrer - POR FAVOR
Juninho: Vem Letícia - me puxou - vai ficar tudo bem
Letícia: Meu pai morreu - abracei ele -
  

           Escrito por Letícia Rodrigues

Comentem muitooooo e votem também, ainda hoje solto outro capítulo, bjos ❤✨

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