Quente

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Foi difícil dormir aquela noite

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Foi difícil dormir aquela noite.

O sorriso não saía dos lábios de Beka porque, pouco tempo antes, outros lábios estiveram ali. A sensação da pele quente de Yura sobre a sua ainda era tão viva que o calor ainda lhe corria as veias, impedindo-o de se acalmar.

Não sabia quanto tempo ficaram naquela praia provando o sabor um do outro. Em algum momento, uma das pernas de Yura acabou entre as dele, que a acariciava sobre o tecido grosso da calça. A outra mão acariciava a nuca, o rosto, os cabelos, a cintura... O nó do cachecol foi desfeito do pescoço pálido sem que nenhum dos dois notasse e só perceberam quando os lábios de Otabek foram parar no pescoço alheio. O toque, ainda que estivesse cada vez mais quente, ainda era calmo, tranquilo, porque ambos estavam curiosos com aquelas sensações e queriam experimentá-las aos poucos. Sem pressa.

Os beijos foram cessando depois de um tempo. Mesmo assim, não se afastaram um do outro. Permaneceram juntinhos, mantendo uma conversa suave acompanhada de risadas porque, céus, tinham acabado de trocar muitas carícias e aquilo foi tão gostoso quanto constrangedor. Beka levou Yura pra casa e recebeu um selinho de despedida.

O que aquilo significava? Eles estavam juntos agora? Ou ainda eram só amigos que se beijaram certa noite?

Era confuso e Otabek não sabia o que pensar, mas sendo bem sincero, não queria refletir sobre isso aquela noite. Queria só aproveitar aquela madrugada com as lembranças doces do gosto, igualmente doce, de seu tigre de gelo russo.

 Queria só aproveitar aquela madrugada com as lembranças doces do gosto, igualmente doce, de seu tigre de gelo russo

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As mensagens trocadas durante a semana aumentaram exponencialmente.

Qualquer coisa era motivo para dar um grito pelo aplicativo de mensagens e nenhum dos dois se afastava do celular. Ainda que Yura já fosse um usuário compulsivo do aparelho, aquela obsessão estava bem maior nos últimos dias e isso não passou despercebido.

— Vai ensaiar hoje de novo? - Nikolai perguntou enquanto via o neto se erguer a tirar o cabelo do rosto.

Tinham acabado de fechar a loja e caminhavam até em casa, que era bem perto dali.

— Hoje não. É a vez do Pitchit – respondeu, balançando a cabeça e tirando o celular outra vez do bolso.

Uma risadinha se fez ouvir porque Beka havia mandado um gif de Blue balançando a cauda e nadando para o lado oposto. O cazaque mandou junto da imagem uma frase em deboche.

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