O Abismo De Martin Ühler

O Infortúnio abismo

O Infortúnio abismo

Martin Ühler é teletransportado para Néskret, um morro estreito, alto. Néskret, era só um penhasco feito para Martin Ühler acordar e ser instruído por Humius , talvez a colina Néskret , tivesse outra serventia , como refúgio dos desistentes, os suicidas , que de lá se jogarão não tenha dúvidas disto .

Embaixo, já no abismo, Martin Ühler observa dois homens tentando escalar e subir Néskret .
- Não tem nada lá em cima ! -
- Como você sabe garoto ? -
- Eu vim de lá agora . -
Os homens seguiram escalando sem dar-lhe a mínima atenção. Martin peregrinou durante horas, o caminho era único, o que se tinha a fazer, ele far-se-ia, seguir e seguir dentre atalhos e veredas empoeiradas e escuras, sentindo calor e sede, aquele mundo era oposto ao mundo sombrio que Martin criou para os adultos e para os pecadores na sua trilogia literária , era quente como o inferno e não fria e congelante.
Ao olhar para trás, Martin vira-se e percebe que algo surge e pesa em suas costas, colocou as mãos para trás e se deparou com uma empunhadura que servia de suporte para prender algo, é uma linda espada , ele a tirou e admirou com contentamento aquela espada katâna , uma arma samurai comum de sabre, perfeitamente moldada para arte marcial ninja. Lembrando-se da época em que praticava karatê e Kenjutsu aos nove anos de idade, Martin vai manuseando e progredindo sua habilidade, usava a espada samurai para cruzar matagais, enfrentar criaturas voadoras espantosas que mais pareciam sanguessugas aniquiladoras, dentre tantos obstáculos para seguir a caminhada. Ao atravessar selvas escuras e sombrias , ouvindo lamentos e sussurros de vozes atormentadas , Martin Ühler finalmente parece estar se deparando com a civilização, o último pé de gente que tinha visto eram aqueles dois homens em Néskret, há 24 horas atrás, encontrou finalmente mais pessoas e cada pessoa que Martin encontra uma surpresa e incerteza... aliado ou inimigo?
Muitas delas encostadas pareciam exaustas. Algumas outrem , discutiam e bracejavam sobre o que fazer e como destruir a barreira infinita de pedra. Já teriam andado até o fim daquele estorvo e nada de conseguir escala-lo ou perto de passa-lo, pelo menos pra saber o que teria ou o que ocorre do outro lado. Além da altura que era tão descomunal que dava ânsia e medo e nem se podia ver o fim da montanha interminavelmente vertical, todos ali já tem uma desconfiança e ideia, que estão num abismo, não haviam galhos nem pedregulhos para tentar uma escalada e galgar o topo. O abismo por ali vivia em 24 horas de escuridão, já a barreira, chamada por todos como a barreira de verzweifelt . Quem mais alto chegava ao topo mais acabado e triturado chegava ao chão. Se a população daquele abismo fosse maior, talvez seria possível fazer uma torre humana, imaginou isso inclusive Martin, que avistou um senhor observando a barreira , ele se encontra sujo de areia , e interrogou-lhe :
- Não dá pra fazer uma torre humana e escalar? -
- Daria a algumas horas atrás ! mas tanta gente já se matou por aqui , que não sei nem como isso vai parar - Responde o senhor assombrado, cabisbaixo, que finalmente olhou para o garoto e ainda agarrou-lhe um braço .
Martin vira-se de costas , desiste de um dialogo com o velho , mas depois pensou tão alto - " Ué , as pessoas já estão se matando aqui ! " - Tão alto pensou que o ancião ouviu e retorquiu:

- Pois é garoto ! sim , desde aquele clarão dos infernos que ofuscou nosso juízo , acordamos nesse inferno !- respondeu emburrado. O ancião que prosseguiu
- tentaram escalar esse troço, foram se pisoteando feito animais selvagens, jogando-se uns contra os outros e os que caiam com vida aqui embaixo, brigavam entre si até se matarem. -

- Não foi clarão dos infernos, foi o arrebatamento . -
Ao ouvir Martin Ühler falar isso... O ancião calou-se ! muitos não criam que já chegara o fim.