Pág 14

294 4 0
                                    

- O que você tá fazendo, Gelcimar?

- Você vai gostar, nenê, eu prometo. Fique calma, ninguém vai chegar. A gente tem todo o tempo do mundo.

O Gelcimar desabotoou a minha blusa e começou a agradar os meus seios... Aí tive uma sensação que nunca tinha tido antes... Me deu um calor, o Gelcimar falando no meu ouvido:

- Não tenha medo, Taís, vai ser bom...

A gente sempre se abraçava, sentado um do lado do outro no sofá, mas agora o Gelcimar fazia força pra eu ir deitando. Ele
era forte e o calor que vinha do corpo dele era tão gostoso... Então fui deitando devagarinho... E ele continuou tirando a minha roupa... Eu nem acreditava. Será possível que era eu mesma?

Depois o Gelcimar começou a tirar a roupa dele bem na minha frente... Foi até engraçado, até que... Eu vi um homem nu pela primeira vez na minha vida!
Já sei o que você vai dizer, meu diário! E os seus irmãos? Acontece que sou a caçula lá de casa e, depois que eles cresceram, nunca mais ficaram sem roupa na minha frente...nem eles, nem o pai... Também trancavam sempre a porta do banheiro. E, mesmo com toda a minha curiosidade, nunca pude ver nenhum deles pelado. Então, o Gelcimar ali, nu, na minha frente, foi um choque!
Ao mesmo tempo me bateu uma curiosidade! "O que é que o Gelcimar ia fazer, afinal?", comecei a me perguntar. Ele pediu:

- Quietinha, Taís, vai ser uma boa... Você vai ver, gostosinha...

Então o Gelcimar veio vindo, vindo... Aquilo até parecia um sonho... Ele deitou em cima de mim e escutei o coração dele batendo forte de encontro ao meu peito.
Uma coisa começou a fazer força como se quisesse entrar dentro do meu corpo. Eu não sabia direito o que era. Só sei que era uma sensação esquisita, de prazer e medo ao mesmo tempo... Como se eu fosse outra pessoa.
Aí, de repente, senti uma dor, e aquela coisa agora se mexia dentro de mim, enquanto o Gelcimar me abraçava cada vez mais forte...
Nem sei dizer quanto tempo demorou... Parecia que o tempo tinha parado... Até que a coisa parou de mexer... O Gelcimar foi se acalmando, mas ficou ainda um tempo sobre mim... Depois se levantou e disse:


- Foi bom, não foi, Taís? Mas, olha lá, não conta pra ninguém, ouviu?

- Você não quer que eu conte o que aconteceu aqui?

- Você não vai contar nada, Taís, porque não aconteceu nada, entendeu? - ele parecia preocupado.

- Entendi. - Falei, só pra encerrar aquele papo meio besta.

Mas não tinha entendido coisa nenhuma.
Só sei que escorria um leite meio aguado pelas minhas pernas, além de uma mancha de sangue no sofá.
Corri pra me lavar, e depois lavei também o sofá. A mãe tinha feito prestação pra comprar ele. Se encontrasse sujo de sangue, ia me dar a maior bronca!

O portão do paraíso- Giselda LaportaOnde histórias criam vida. Descubra agora