As reações

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John abriu os olhos sentindo um cansaço imenso. Provavelmente eram lá para as três horas da manhã e Sherlock o acordava com beijos do seu pescoço até sua virilha, cheio de tesão. 

Esse era um dos hábitos que adquiriram nas últimas semanas, desde quando resolveram viver como um casal. Sherlock sempre teve seu ciclo sono-vigília desregulado, mas John não imaginava que ele teria esses despertares noturnos libidinosos. Ele realmente não os tinha, mas com John dormindo do seu lado todas as noites começou a ter.

Os abraços em casa eram mais frequentes, assim como beijos aleatórios. John não mais disfarçava quando se perdia olhando para Sherlock e precisavam chamá-lo de volta para esse planeta, o que fazia Sherlock sorrir. 

Sherlock encarava John com aquela intensidade no olhar que só ele consegue ter, agora com mais firmeza ainda, o que sempre causava taquicardia no parceiro.

Eles passaram a dormir juntos naturalmente, sem combinar nada. 

Os dois passaram a dar as mãos na rua mais vezes. Recebiam alguns olhares tortos, que perturbava apenas a John. 

Sherlock não dava a mínima se ele incomodava desconhecidos muito interessados em julgar com quem ele deveria dividir sua cama; simplesmente não se importava. John percebia isso e admirava a postura de Sherlock.

A escolha deles por contar para as pessoas próximas ocorreu de forma natural. Eles não declararam nada, mas cada vez mais demonstraram mais afeto um pelo outro na frente deles e eles acabaram percebendo. 

Mycroft foi o primeiro a prever o que tinha acontecido e passou a comentar que "demoraram demais". 

Mrs. Hudson percebeu logo em seguida e apenas comentou que "gostou que finalmente eles pararam de se esconder", o que deixava John bem irritado "- Nós não estávamos escondendo nada, Mrs. Hudson!".

Com Greg e Molly demorou um tempo maior para que percebessem. Os dois repararam sorrisos mais suaves entre os dois, olhares demorados, toques e abraços. Até que isso ocorria com frequência o suficiente para atiçar a curiosidade deles.

Greg recorreu a John quando apenas os dois estavam presentes.

G – John, você e o Sherlock estão... juntos?

Ele sinceramente esperava uma resposta negativa, achava que estava vendo demais. Mas não conseguia mais esconder aquela dúvida.

J – Sim – disse com ternura, não conseguindo conter um sorriso. 

Sentia-se feliz de se abrir com alguém próximo sobre aquilo. Greg expressou a cara de pasmo mais impagável do mundo, que só John teve a oportunidade de ver. Greg começou a tentar imaginar os dois em cenas íntimas e fez uma expressão mais engraçada ainda.

J – Eu sei o que você está imaginando.

G – O Sherlock. Sabe? Sherlock consegue ser carinhoso? Ele não te insulta assim, no meio de um beijo, não?

John riu.

J – Sim. E não, ele não me insulta. Muito pelo contrário.

G – Ele gosta de sexo, John? – Greg perguntou sussurrando, como se fosse muito grave dizer aquilo.

John riu e respondeu envergonhado.

J – Ele é... Mais sensível do que você imagina.

John achou que sua entonação ficou mais apaixonada do que queria e sentiu seu rosto ruborizar. Greg não tirava o espanto do rosto e sua boca continuava aberta. John começava a rir só de olhar para a cara dele. 

JohnlockEDOnde histórias criam vida. Descubra agora