A entrega

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Alguns dias se passaram e a relação dos dois tornava-se cada vez mais natural e a estranheza sumia de dentro deles, principalmente John. 

Beijos no rosto, selinhos, abraços ficavam mais frequentes e a paixão deles se consolidava, Sherlock com menos esforço e mais suave em se manifestar. Os dois haviam apenas se tocado mais algumas vezes desde a primeira ocasião e ambos pensavam em avançar, ainda que não conversassem a respeito.

John se dirigiu até o quarto de Sherlock para acordá-lo, como já passava a ser um costume, isso quando não dormia lá junto a ele. Fez o de sempre – sentando-se na borda da cama e acariciando seus cabelos. 

Sherlock acordava mais logo dormia novamente sobre seu toque e John agora passava a beijar suas costas e sua nuca para acordá-lo, mordiscando quando ele apenas gemia baixinho e não se movia, pois assim o maior reagia.

Dessa vez, Sherlock o puxou, deitando-o na sua cama e se colocando sobre ele, passando a beijar seu pescoço e já colocando sua mão sobre seu membro. John se assustou com o ato e logo começou a rir, depois viu que Sherlock estava excitado e que estava bem determinado com seus atos.

J – Sherlock, você sabe que temos um dia cheio hoje!

S – Por isso que estou com pressa.

J – Mas você já nos atrasou!

Sherlock suspirou fortemente, se desvencilhando dele e levantando rapidamente, logo trocando de roupa na sua frente sem encará-lo e ignorando sua própria ereção. 

John sentou na cama o observando parecer contrariado.

J – Sério que você ficou chateado?

S – Dava tempo...

J – Sherlock, você só escolhe os piores momentos!

Sherlock o ignorou e se dirigiu ao banheiro. Nas ruas, Sherlock foi perdendo sua irritação inicial, junto à sua ereção e logo já conversavam normalmente.

O dia fora realmente corrido e os dois cansaram bastante, andando por diversos lugares para realizar uma investigação sobre vários assassinatos que ocorreram na cidade dois dias atrás. 

Conversaram com as famílias das vítimas e procuraram raciocinar melhor em alguns lugares em que ocorreram os assassinatos, pois a forma como as vítimas morreram ainda não tinha sido bem esclarecido, o que intrigava muito a ambos. Se concentraram no trabalho, mas quando sozinhos, se permitiam toques carinhosos e alguns selinhos.

Já anoitecera quando encerraram a pesquisa naquele dia e Sherlock continuava discursando sobre as quatro hipóteses que formulou sobre como as vítimas foram mortas e sobre um parente de uma das vítimas que o chamou a atenção em específico. 

Estavam numa cafeteria e John ainda prestava atenção intrigado e concentrado nas observações de Sherlock, sem deixar de admirar o companheiro e sentir desejo em vê-lo assim.

Quando John tentou interromper Sherlock, este disse estar com fome e que gostaria de jantar em algum restaurante e John apenas concordou. Andaram por mais algum tempo e mais tarde, no restaurante o assunto principal ainda fora as descobertas do dia e Sherlock ficou feliz com alguns apontamentos de John que o ajudou a chegar a conclusões que ele ainda não havia feito até o momento. 

Sherlock por vezes parava de jantar e apenas encarava John com olhar apaixonado, o que o desconcertava, mas John se esforçava para correspondê-lo sem desviar o olhar.

JohnlockEDOnde histórias criam vida. Descubra agora