12. Fugitivos das sombras

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   Lágrimas escorriam pelos meus olhos e uma imensa dor crescia dentro de mim á cada passo que eu dava, minha cabeça doía enquanto tudo caía sobre minha consciência, tudo pesava, e eu estava completamente sem ar, não conseguia respirar

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   Lágrimas escorriam pelos meus olhos e uma imensa dor crescia dentro de mim á cada passo que eu dava, minha cabeça doía enquanto tudo caía sobre minha consciência, tudo pesava, e eu estava completamente sem ar, não conseguia respirar.
   Envergonhado, frustrado, eu me sentia a pessoa mais imbecil do mundo, eu me sentia horrível, minha cabeça latejava e eu tomava a noção do que havia acabado de fazer, eu havia usado alguém, eu havia usado Daniel para um propósito que certamente não tem nada á ver com ele, e, eu fui um completo insensível, idiota e cruel.
Como Adrian Darkness.

   Aos poucos tudo vinha tomando forma, eu não o-merecia, desde quando cheguei aqui eu sabia que não o-merecia, sempre fui humano, nunca fui frio e calculista como ele, não me aproveitei dos sentimentos de alguém... Não até agora.
Minha voz embarga e eu não sei até quando irei conseguir respirar, minha visão está turva e tudo fica borrado, levo minha mão á cabeça na tentativa de entender como tudo pode ter chegado á isso.
   Adrian me manipulou de forma que eu me assemelhe á ele.

  Sento-me no chão e apoio minha cabeça sobre meus joelhos, choro, deixo que as lágrimas caíam e talvez alivie a repulsa que sinto de mim mesmo, eu fiquei tão obcecado em descobrir os segredos dessa família que, não percebi aonde estava entrando, não percebi que ele, Adrian Darkness me fazia pensar que, seus atos e como ele próprio disse em um dos meus delírios, que os resquícios de sua atenção, suas pequenas e insustentáveis formas de dizer que me ama - e eu realmente não sei como ainda digo que ele me ama.
Nunca nos amamos, nunca tivemos um motivo para amar, eu estava extasiado com sua beleza exterior e suas pequenas ações que, para mim significavam tanto; Isso tudo me levava á apenas um relacionamento tóxico de amor e ódio.

   Meu cérebro parece estar prestes á explodir, engulo em seco e o gosto é amargo desce pela minha garganta, sinto nojo de mim mesmo, mas um nojo ainda maior do que o Adrian me tornou.
Grito de ódio por mim mesmo e por tudo que aconteceu após eu pôr meus pés nessa maldita mansão, minha vida se transformou num inferno e agora vejo que nada era mentira, cada vez mais eu sinto um ódio maior por ele, principalmente Adrian Darkness, ele foi o veneno que está aos poucos matando-me, ele e sua maldita maldição que, eu posso até sentir pena mas agora, sei que não foi dada á alguém inocente. Eles não são inocentes.
E agora, eu também não.

- Will? - A voz preocupada me pega de surpresa, mesmo assim continuo cabisbaixo, não tenho coragem. - Will, o que aconteceu?

Minha voz sai rouca e abafada, agora o que quero é me esconder e não aparecer nunca mais.

- Você estava certa, Anna - digo baixo, não tenho certeza de nada e tudo é uma confusão em minha cabeça e eu quero apenas... paz.
Longe deles.

Ela fica boquiaberta com minha confissão, talvez ela já esperasse que isto fosse acontecer, Anna havia me avisado tantas vezes e eu fui guiado pelas ilusões de um farsa. É triste pensar que, às vezes sofremos por alguém, quando o problema não está em você, mas sim nele; e por mais que tentamos acreditar que estamos certos, nossa mente destroçada pelas manipulações acaba acreditando em suas mentiras e, o amor se torna tóxico.

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