14. Os artifícios das trevas

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Aos poucos, um sentimento de raiva tomava conta de mim, meus olhos estavam focados no seu rosto, Adrian era o cinismo em pessoa e ali, ele estava sendo o mais cínico possível

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Aos poucos, um sentimento de raiva tomava conta de mim, meus olhos estavam focados no seu rosto, Adrian era o cinismo em pessoa e ali, ele estava sendo o mais cínico possível. Seus olhos claros brilham, mas não um brilho qualquer, era sombrio, sombrio como o prazer de ir atrás da pessoa que mais odeia.
Ele ama me odiar.

- O que faz aqui? - mantenho meus braços cruzados e a expressão séria, meu pai olha-me de esguelha ainda sem entender, enquanto Adrian esbanja seu sorriso provocante. Ele não me responde, aos poucos o silêncio torna-se insuportável, pelo menos para mim.

- Não vai cumprimentar o Sr. Darkness, Will? - Meu pai olha para o infeliz de terno que retribui um sorriso gentil, viro o rosto não suportando a atuação barata. Reviro os olhos e nada faço, continuo encarando-o, numa aberta demonstração de o quanto estou incomodado com sua presença. - Ele é um homem importante...

- Se ele é tão importante, não precisa do meu simples cumprimento. - Respondo retórico, meu pai lança um olhar de repreensão no entanto não dou importância, ele não sabe o perigo que corre com este homem aqui.

- William, vim apenas acertar algumas coisas com seu pai... - Meu coração congelou, será que ele veio matar minha família como vingança pelo que fiz em sua mansão? Ele não ousaria... Retiro minhas palavras, dos Darkness posso esperar qualquer coisa. - Pedi que ele voltasse a trabalhar nas empresas Darkness novamente... - Ele virou-se para o meu pai que estava um pouco abobado com os "elogios".
Como eu ainda subestimo a cara de pau do Adrian?

- Sei que o senhor era de grande confiança para o meu pai, penso que também seria da minha. - Continuou ele com sua ladainha, pego meu celular e mando uma mensagem para Anna, pergunto se ela sabe que o Adrian veio para minha casa e está bajulando meu pai com seu veneno, ela não me responde, deve ter largado o celular com a tela desbloqueada.
- E, vim pedir que deixasse levar você, Will, á um passeio.

- A resposta é óbvia. Não. - Meu pai está prestes a me matar apenas com seus olhares, sei que estou sendo bastante ignorante com o esnobe, mas ele merece, isso e muito mais. - Não irei á lugar nenhum, não com você.

- William tenha mais respeito! - Meu pai se levantou, sua voz mostrava que já estava bastante irritado.

- Podíamos ver um filme ou jogar algum jogo, algum entretenimento... - Insistiu ironicamente.

- Diga ao respeitoso Sr. Darkness que não estou afim, e pela milésima vez, se estiver atrás de entretenimento, que vá á um sex-shop. - Meu pai ficou embasbacado sem entender nada, pude ver sua expressão de "O que está acontecendo?" Antes de dar-lhe as costas e subir para o meu quarto.

Meu coração estava prestes á sair pela boca, sentia o sangue fervente correndo pelas minhas veias e era como se eu fosse explodir em chamas, o ódio crescia dentro de mim e não era apenas por odiá-lo, mas também amá-lo, e não sei de onde esse sentimento aparece, eu tenho uma raiva tão grande que sequer olhá-lo nos olhos consigo, pois então meu corpo entra em combustão, a junção do frio do ódio e o calor da atração.
Estaria eu apaixonado pelo meu maior inimigo?

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