- Tem certeza de que quer fazer mesmo isso, Alteza? – O mordomo colocou a pilha de papéis diante da sua senhora no escritório que pertencia ao duque.
- Mas é claro! Não é por que meu marido morreu que esse ducado precisa ter o mesmo fim. – Margaretha se ajeitou na cadeira e puxou a primeira folha.
- Não precisa mexer com toda essa burocracia, podemos contratar um secretário se assim desejar? Esses assuntos não...
- Não são coisas de mulher é isso que queria dizer?
O mordomo engoliu em seco pelo olhar furioso que lhe foi dirigido.
- Não é bem isso... – Tentou se retratar, mas ao ver uma chama de raiava queimar ainda mais intensa nos olhos da duquesa que decidiu ser melhor permanecer calado.
- Pois saiba que a Inglaterra muito próspera sobre o governo de Elisabeth.
- Uma rainha protestante que desfez as medidas de sua irmã Marry e voltou a virar a Inglaterra contra o Vaticano e Deus. Isso só pose ser obra do diabo.
Margaretha puxou ao jogar os braços para cima. Não importava ser católica ou protestante a Inglaterra se tornava a maior nação a despeito da própria Itália, e isso pelo governo de uma mulher.
- Se não apoia que eu tome frente do ducado pode me sugerir um novo mordomo.
- Não, alteza, muito apoio sua decisão é não vejo por que ser contrariada.
- Ótimo. – Margaretha voltou a olhar para seu mordomo.
- Presumo que terá um novo duque em breve também.
- Casarei apenas contra a minha vontade é se não possuir alternativas para questionar meu pai.
- Mas por quê? Ai da é uma mulher tão jovem e bela.
Margaretha abaixou a cabeça e fitou o material de escrita dentro de uma caixa de madeira sobre a mesa.
- Não quero ser o feliz e com trocada outra vez.
Matteo preferiu não discutir, queria preservar o bom emprego, até glorioso para quem não possuía sangue nobre. A mulher estava apenas em seu período de luto e em breve perceberia o quanto uma marido era necessário. O mundo não era muito generoso para as mulheres sem maridos, principalmente alguém com tanta fortuna e influência.
- Em o que mais posso ajudá-la?
- Quero a relação de todos os grãos que estão sendo plantados pelos vassalos em terras do ducado. Preciso ter uma estimativa de colheita e vou começar as possíveis negociações de vendas.
- Como desejar. – O mordomo fez reverência e deixou o escritório.
Margaretha se debruçou sobre a mesa, sentindo-se exausta e o dia mal havia começado. Pelo visto seria mais difícil se manter como a duquesa de Florença do que havia imaginado. Entretanto não iria desistir, estava disposta a ser insistente se preciso fosse vencer os homens pelo cansaço.
Ela poderia ser admirada por muitas coisas e a principal delas era a determinação. Por muito abaixou a cabeça para as ordens do imperador, seu pai, e para o duque, seu marido, agora que havia se alforriado de ambos não entregaria a tão preciosa liberdade na mão de qualquer outro.
Por isso era bom estar com o cocheiro, além dele fazer seu sangue pulsar como nunca, o homem não estava em posição de subjugá-la como os nobres arrogantes que a rodeavam. Mantê-lo ali lhe pareceu ainda mais apropriado, evitaria que qualquer caça-dotes a seduzisse com contos do vigário.
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O Amante da Duquesa ( Degustação)
Ficção HistóricaPlágio é crime! Romance de Época Sinopse: O que começa apenas como uma descoberta vai se tornar um perigoso vício... Na Itália do século XVI, Margaretha, a duquesa de Florença, se vê livre de um casamento infeliz após a repentina morte de seu m...