Crazy

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-POV Jamie-

Acordei sozinho na cama. Sozinho não, com um cãozinho e um gatinho esparramados ao meu lado. Coloquei minha calça e fui procurar Dakota pela casa. Ela estava no telefone sentada no sofá da sala de estar. Segui para a cozinha, eu estava morrendo de fome. Abri a geladeira e logo senti braços em volta da minha cintura.

"Bom dia, babe!!!" Escuto a voz de Dakota nas minhas costas deixando vários beijinhos na mesma. Me virei e abracei minha mulher de volta.

"Bom dia! Quem era no telefone?" Pergunto curioso e ela ri.

"Minha mãe, ela chamou a gente para almoçar na casa dela. Eu aceitei o convite, fiz mal?" Sacudo a cabeça e beijo seus lábios.

"Claro que não... você sabe que eu adoro sua mãe. Vamos tomar café e ir pra nossa casa?" Digo animado e Dakota ri.

"Nossa casa??" Pergunta rindo. Ah, lá vem ela com isso de novo.

"Já disse que é nossa casa sim! Até deixei um espacinho no nosso quarto para colocar as camas dos nossos dois filhos." Digo e ela ri ainda mais.

"Olha, Zepp até pode ser seu filho, mas Chicken se recusa!" Diz zoando. "Ah! E as meninas? Vão ficar com Amélia ou com a gente? Tô morrendo de saudade." Continua e eu morro de amores. A abraço ainda mais forte e beijo seus lábios.

"Elas vão ficar com a gente! É incrível como Amélia ficou 1000x mais legal depois que começou a namorar." Dakota assente.

"É que agora ela provavelmente é bem fodida..." Arregalo meus olhos.

"O que?? Você sabe que eu sou bom naquilo." Contesto e ela ri.

"Claro que sei, mas ela ficou na seca por quase dois anos depois que a Elva nasceu! Isso afeta uma pessoa. Você consegue imaginar seu humor se ficar esse tempo todo sem transar?" Assinto. Realmente Dakota tinha razão.

"Eu fico doido só de ficar sem você por umas semanas. Falando nisso, não vejo a hora de batizar toda a nossa casa!" Digo e ela sacode a cabeça rindo.

"Esse é o meu Jamie...só pensa naquilo."



Depois do café ajudei Dakota a arrumar sua bolsa e as coisas dos nossos "filhos" peludos. Iriamos para casa arrumar nossas coisas e depois para a casa de Melanie almoçar. Eu amava a família de Dakota. Eles me receberam de braços abertos no meio de toda essa loucura. Sentei na poltrona do closet e observei Dakota colocando algumas roupas no armário. Isso era tudo que tinha pedido pra Deus, eu e minha mulher juntos na nossa casa.

"Tá me olhando com essa cara de bobão por que?" Pergunta me pegando no pulo.

"Vem aqui, vem?" Peço apontando para meu colo. Ela vem e se senta em minha coxas. Faz um carinho em meus cabelos e sorri.

"Que foi babe?" Sorrio de volta e olho nos seus lindos olhos azuis da cor do oceano pacífico.

"Eu te amo." Digo e ela cora com a intensidade das minhas palavras.

"Eu também te amo." Responde e beija meus lábios carinhosamente. De repente senti algo pulando em nós. Chicken... o gatinho genioso.

"Pô Chicken, deixa eu dar uns beijinhos na mamãe? Aprende com seu irmãozinho Zepp a ficar quietinho." Falo e Dakota morre de rir acariciando o bichano.

"Te disse que você ainda não é o papai dele." Faço beicinho.

"Disse muito bem, ainda não. Ainda...me ouviu Sr. Chicken?" Ele nem ao menos me olha e sai de cima da gente. Olho pra Dakota novamente. "Crazy, seus filhos estão me saindo muito mais difíceis de conquistar do que você conquistar as minhas, né?"

"É que eu sou muito mais legal que você! Agora deixa eu terminar de arrumar minhas roupas se não vamos chegar atrasados no nosso almoço." Fala e se levanta. Dou um tapa na sua bunda e ela ri revirando os olhos.

"Gostosa!" Digo e ela ri ainda mais.



Chegamos na mansão de Melanie e vejo minha Crazy só sorrisos. Amo vê-la assim feliz.

"Ah Coqui! Você tá tão linda." Melanie diz dando um abraço de urso na filha. Dakota se agarra à mãe como uma garotinha.

"Mama! Que saudade!" Ela diz baixinho. Quando se separam Melanie me abraça também. Adoro seu abraço, é aquele abraço bem de mãe mesmo. Fico emocionado e ela com sua sensibilidade percebe.

"Eu também estava com saudades, meu filho." Diz e vejo Dakota nos abraçar num lindo abraço em grupo.

"Awwww, meu bebezão!" Dakota fala e eu coro me afastando devagar. Melanie sorri e dá um tapinha de leve no braço da filha.

"Vamos almoçar que a comida está na mesa."

Depois do almoço Melanie insistiu que ficássemos lá pela tarde e como vi que Dakota estava morrendo de saudade da mãe nós aceitamos.

"Então, quando começa o circo de divulgação do filme?" Melanie pergunta e Dakota revira os olhos.

"Depois de amanhã. Eu vou pra Nova York e o Jamie fica aqui em LA." Diz com desgosto e a mãe sorri.

"Filha, sei que é difícil manter a postura profissional quando se tem Erika e os capangas da Universal no seu pé, mas não deixe isso atrapalhar o seu momento. Quer eles queiram ou não você é a estrela do filme e os fãs te amam. Eles amam vocês dois." Completa olhando pra mim. Eu assinto e sorrio. "Coqui, isso tá quase acabando. Aproveita essa última divulgação e se divirta." Dakota assente.

"Eu sei mãe, mas tá ficando cada vez mais difícil esconder. Tô igual quando a gente segura o xixi o dia todo na rua e quando chega na porta de casa tem que correr pro banheiro pra não fazer xixi na calça porque por alguma razão é impossível segurar. É um saco ter que aguentar Robin me falando mil vezes que eu não posso ficar muito próxima do meu namorado, que eu não posso rir demais... aff! Eu tenho vontade de matar todo mundo." Desabafa e eu a puxo para meus braços.

"Crazy, eu sei que é difícil, mas é como Melanie disse tá tão perto de acabar." Digo e Melanie sorri.

"Vocês são tão lindos juntos, o mundo vai parar quando puderem ir a público." A mamãe coruja exclama e coro um pouco.

"Quando isso acontecer eu vou mandar tatuar na sua testa: Propriedade de Dakota Mayi Johnson." Dakota diz e eu começo a rir.

"Eu tenho uma ideia melhor." As duas me olham curiosas. "Acho que tem que tatuar: Propriedade de Dakota Mayi Johnson-Dornan." O queixo de Melanie cai e Dakota me olha fixamente.

"Isso??" Minha crazy me pergunta meio confusa.

"Sim, mas o pedido oficial vai vir mais pra frente. Isso foi só pra já te deixar alerta." Digo piscando e ela pula no meu colo me beijando. Escuto Melanie rir.

"Para com essa falta de vergonha agora!" Diz brincalhona e Dakota revira os olhos. "Quero saber das minhas netinhas, elas vão vir?" Pergunta pelas minhas filhas e assim a conversa rende.


Dakota e eu chegamos em casa tarde. Ela se jogou na cama cansada. Me joguei ao seu lado e resolvi fazer uma proposta que ficou na minha cabeça a tarde inteira.

"Crazy, eu gostei da ideia da tatuagem. Não na testa, é claro. Mas acho que a gente podia fazer uma tatuagem juntos. Pensei em tatuar pequenino DJ e você podia fazer um JD. O que acha?" Pergunto e Dakota me olha chocada.

"O que aconteceu com o Sr. Eu Acho Tatuagem Uma Bobagem?? Claro que eu topo, mas não era você que tinha medo de agulha?" Pergunta e eu sorrio.

"Por você eu faço tudo..." Digo romântico e ela beija meus lábios.

"Okay! Acho que ficaria legal bem pequenininho na lateral direita do pulso." Diz e eu concordo.

"Vamos fazer amanhã?" Dakota senta ao meu lado com os olhos arregalados.

"Amanhã??? Mas e as premieres? Tenho certeza que tudo mundo vai reparar." Fala e eu dou de ombros.

"Deixe que falem, é só a gente não confirmar nada. E quanto a produção e Erika? Eles que se fodam..."

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