Do fim a um novo começo

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"There will be a catastrophe that like we've never seen
There will be something that will light the sky
That the world as we know it, it will never be the same
Did you know, did you know?" 

When The Wild Wind Blows - Iron Maiden


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De mãos dadas se esgueiravam pela mata parando eventualmente para se esconder atrás de alguma árvore. Corriam há quase dois dias, mesmo sem saber do que fugiam ou para onde estavam indo. Tudo o que sabiam é que milhares de árvores se estendiam em sequência as suas frentes e que precisavam continuar por aquele percurso.

Não sabiam seus nomes nem onde estavam, mas sabiam que precisavam fugir dali o mais depressa possível. Estavam juntos quando ouviram a explosão e foram inteligentes o suficiente para ficarem juntos no momento da fuga.

Corriam ainda com dificuldade de respirar. A fumaça que haviam inalado antes ainda corria em seus sistemas respiratórios tornando o trabalho ainda mais complicado.
Subitamente João foi puxado para trás. Seu companheiro de fuga havia subitamente parado e estava agora apoiado com as costas numa árvore.

‒ Precisamos achar abrigo, depois comida. Não sabemos o que está acontecendo e logo irá anoitecer novamente. ‒ João falou com pressa sem olhar para o companheiro.

‒ Não aguento mais andar, estou morrendo de fome, de sede. ‒ disse Caio encostando-se a uma árvore. ‒ Será que podemos fazer uma pausa?

‒ É melhor continuarmos. Assim que encontrarmos um lugar seguro paramos para descansar.

Caio apenas concordou com a cabeça e estendeu a mão para continuarem. Sempre de mãos dadas continuaram correndo o mais rápido que conseguiam. Olhavam em volta procurando o melhor caminho para seguir a cada passo que davam.

Correram o suficiente para chegar até a beirada da floresta. Seus olhos agora focavam em um enorme campo aberto, uma clareira muito bem delimitada, com algumas casas espalhadas aleatoriamente. Os carros ainda estavam ali e não era possível ver pessoas por ali.

‒ Droga! ‒ vociferou João.

O lugar parecia vazio. João olhava em volta, dando alguns passos adiante enquanto Caio permanecia na parede de árvores olhando para um ponto fixo.

‒ Tem uma criança ali. ‒ Caio apontava para uma garotinha sentada no chão abraçando suas pernas.

‒ Não podemos nos aproximar. Pode ser perigoso. Não sabemos ainda o que foi aquela explosão que ouvimos

Caio olhava com dó enquanto João estava determinado a deixá-la ali.

‒ Precisamos ajudá-la. EU estou assustado. Ela deve estar desesperada.

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