Acordei com um sorriso no rosto porque finalmente o meu plano ia começar. Passei a manhã a ver tv. Almocei e comecei a arrumar-me.
Arrumei me muito bem com um vestido vermelho, umas sandálias pretas e uma maquilhagem muito bem feita. Estava de arrasar e tinha mesmo de estar para conseguir ficar com o emprego.
Pelas minhas fontes, eu já sabia que o meu patrão conseguia importar-se mais com o meu corpo, do que propriamente se eu sabia fazer o meu trabalho. Resumindo ele é um canalha e não pode ver uma mulher á sua frente.
Sai de casa, peguei no meu carro e foi em direção ao meu mais esperado encontro.
Cheguei à empresa, quando entrei no primeiro encontrei uma mulher muito simpática que se encontrava lá. Acho que vou gostar muito dela.
E perguntei-lhe onde se estava a realizar as entrevistas.
Ela respondeu me que era no segundo piso.
Peguei no elevador e sai no segundo piso.
Dirigi me a rececionista.
-Bom dia, tenho uma entrevista marcada para as 14:30.
-Bom dia, podia me dizer o seu nome? - questionou a rececionista.
-Eva Gonzalez
-Muito bem, aguarde um momento. Já é a seguir.
Aguardei uns 10 minutos, quando a mulher que estava lá saiu. Eu levantei-me, segui pelo corredor. Respirei fundo e entrei no papel de mulher decidida e que não se deixa abalar por nada.
Bati na porta e escutei uma voz forte:
-Pode entrar.
Abri a porta e dei com o demónio do meu pesadelo na minha frente.
Aquela besta, continuava quase igual. Só lhe aparecem algumas rugas nos cantos dos olhos e alguns cabelos brancos.
Muito serena, dei os bons dias.
-Bom dia senhor Medeiros.
O canalha deu um sorriso perverso e disse:
-Pode me tratar por Paulo, senhorita?
-Eva Gonzalez.
Ele nunca me reconheceria por Eva Gonzalez mas se soubesse o meu último nome eu seria a sua presa.
Mal ele sabe que eu vou ser o seu pior pesadelo.
Que o jogo começe.
-Que nome interessante.- E piscou-me o olho.
-Obrigado Paulo.- Dei lhe um sorriso.
-Tenho aqui o meu curriculo caso precise ver as minhas qualidades.- interpelei provocativa
Ele ficou muito sério como se ali algo estivesse errado, então tive logo de mudar de táctica. Senão ele iria desconfiar.
-Bom Paulo, eu gostaria muito que me contratasse. E acho que poderia ser útil para a sua empresa.
-Pelo que vejo no seu curriculo, estudou fora do país. E pelo que vejo também é orfã.
Segurei-me muito para não lhe dizer que a razão por ser órfã, era tudo culpa dele.
-Pois é a lei da vida.- Fazendo de tudo pra não demonstrar nenhuma tristeza. Aquilo ainda mexia comigo.
-A morte é algo que temos de saber lidar, quanto antes melhor. Muita gente, nem faz cá falta nenhuma. Só os fortes é que cá ficam.- Respondeu muito arrogante.
Senti uma raiva enorme, que só me apetecia apertar-lhe aquele pescoço.
- Isso concordo consigo.- Retorqui, ele mal sabendo que me estava a referir a ele. Ele era a única pessoa que não fazia cá falta nenhuma.
Ele gargalhou.
-Muito bem, continuando vejo aqui que teve uma belas qualificações na universidade.
-Sim é verdade, e estou pronta para demonstrar o que sei fazer. - Mal tu sabes o que eu te quero fazer, pensei comigo mesma.
-Agora diga -me porquê que a deveria contratar?
- porque eu acho que nunca encontrará ninguém como eu.
-Muito direta, pronto por hoje é so isto. Caso seja contratada, receberá um telefonema. Obrigada.
Levantou- se e segurou a minha mão e deu um aperto.
Senti um grande nojo subir por mim acima. E senti um grande arrepio. Parece que ele também sentiu porque ele deu um sorriso sacana, ele pensando que era outro sentimento menos nojo e raiva.
-Um bom dia.
E sai de lá, quase corri até ao elevador. Como se quisesse fugir dali, com as lágrimas a acumular nos meus olhos. Eu não sei caso fosse contratada como ia seguir com aquilo para a frente. Mas eu tinha que ser forte, porque a morte do meu pai não foi em vão. Por isso tinha que continuar com este jogo.
Nem sei como cheguei a casa, nem vi o caminho pela minha frente parece que vinha em modo automático.
Deitei-me na cama esgotada e adormeci.
Passadas 4 horas acordei com o rosto todo vermelho. E decidi que ia começar a fazer o jantar. Quando o jantar estava no forno fui ver um pouco da televisão pra me distrair um pouco.
O meu telefone começou a tocar que até me assustei.
-Estou. -Disse quando atendi o telefone.
-Boa tarde, daqui fala da empresa Medeiros, era só pra avisar que foi contratada.
-Hum, ok. Obrigada.
-Começa a trabalhar na segunda. Até lá.
-Até. - Respondi, mal sabia ela que eu queria estar o mais longe possível daquela empresa, daquela família. De tudo que envolvesse as pessoas que assassinaram o meu pai.
Mas devido ao que prometi a mim mesma eu iria continuar até ao fim dele ou até ao meu fim.
Por isso prepara-te porque só irei parar quando te conseguir pôr no teu fim. E quando saber que não te conseguiras reerguer.
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Ódio VS Amor
RomantizmSINOPSE: Desde criança, Eva cresceu com um trauma que nunca pode esquecer. O assassinato do seu pai, a luz da sua vida. Com agora 25 anos, desempregada, mas não por muito tempo. Porque ela conseguiu emprego na empresa MEDEIROS, que é nada menos a em...