Sobrevivendo

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Oi gente. Hoje eu tô aqui pra falar do livro @SimplesmenteUmAnjo.

Certo! Esse é o primeiro livro de gênero yaoi que escrevo. Espero que vocês gostem e mesmo que não pareça o suficiente, darei tudo de mim pra deixar o conteúdo do livro agradável para vocês.

Se gostarem, deixe seu voto e comentário, pois através deles irei saber se posso continuar escrevendo ou não.

Se quiser me seguir, pode seguir que eu sigo de volta. :3

Critiquem, elogie, interagem com os personagens. Faça o que vocês acharem melhor.

Um beijão e vejo vocês no próximo capítulo.

(*^3^)/~♡

O capítulo de hoje.

******************

*Um ano havia se passado após o grande dia do torneio anual em César Brayner.*

O glorioso dia em que assistir Erick salvar o seu time e levar a taça dourada para casa. Foi uma vitória um tanto inusitada, e notoriamente espetacular. A partir deste dia, comecei a reparar no às do time e então percebir, que o ruivo, não era apenas um crack para o seu time, mas também o cara mais popular e famoso de toda escola. Sempre acompanhado de belas meninas e belos rapazes. E não era qualquer um que andava ao seu lado. Eram somente os melhores, como a líder do time de torcida e os capitão dos times de baseball, futebol americano, basquete e outros que eu não pude reconhecer. E também alguns professores, que sempre paravam para jogar conversa fora com o jogador principal. Ele era um ídolo para todos naquela escola. Um ídolo rico, vindo de uma família que possuía grandes filiais de sua empresa por todo país. Além de ser dono de um rosto e de um corpo fenomenal e indescritívelmente bonito.

É, esse era Erick Baker. Lindo, alto, talentoso e popular. Um verdadeiro clichê ambulante.

Mas infelizmente a história não para por aí. Eu poderia dizer que aquilo não fazia a menor diferença para mim. Poderia dizer que sua presença marcante não afetava o meu dia a dia. E que sua beleza tão pouco me importava. Mas seria uma completa mentira, pois no instante que coloquei meus olhos sobre aquele rapaz naquela quadra, no instante que deixei parte de mim se deleitar na imagem do ruivo a minha frente, minha vida virou total e completamente de cabeça para baixo.

Eu já não era o mesmo Gregory de sempre. Me tornei obcecado. Estava sempre o observando e sempre quando possível. No refeitório, no pátio, quando passava em frente a sua sala de aula, pelo vidro da janela ao lado de minha carteira que me permitia ter uma visão maravilhosa da quadra de vôlei onde o mesmo treinava arduamente. E também no banheiro, onde coincidentemente eu o encontrava. Eram tantos lugares que eu o via e sempre acompanhado de um grupinho irritante de gente ignorante e bonita. Diferente de mim, ele nunca estava sozinho.

Aos poucos fui me perguntando o que estava acontecendo comigo. Eu havia me tornado um lunático, que assim que botava meus olhos sobre ele, sentia meu corpo latejar em resposta. O coração sempre acelerado, o rosto quente e avermelhado e as mãos levemente suadas. Sensações que me ocorriam apenas de vê-lo. Assim eram os meus dias naquela maldita escola. A mercê de tantos sentimentos esquisitos e até então desconhecidos para mim.

Foi então que entendi, que todos aqueles sentimentos estranhos, apontava para apenas um lado.

Ódio.

Sim, tinha a plena certeza que eu odiava Erick completamente e principalmente a maneira como ele me sufocava com sua mera existência. Cheguei desejar que o ruivo desaparecesse e assim, quem sabe, não levaria consigo todas estranhas sensações que me causava. Tudo era culpa dele.

Apenas dele.

Queria poder ir até o indesejado e perguntar o que era tudo aquilo que estava sentido. E assim, pedir educadamente ao maior que fizesse aquilo parar. Mas eu estaria sendo muito ingênuo, até porque o mesmo mal sabe da minha existência ou se sabe, provavelmente não se importa.

Mas eram nos pequenos momentos do intervalo que minha dignidade e ódio íam embora. Onde todo meu orgulho se esvaía descaradamente, restando apenas um Gregory que permitia a si mesmo, por comando das batidas aceleradas em seu peito, ser levado a observar minuciosamente cada traço e ação de Erick Baker. Porque por mais que eu tentasse, e como tentava, não conseguia deixar de nota-lo. Seu corpo era como um imã para os meus olhos. E todos aqueles sentimentos esquisitos que faziam meu coração acelerar feito louco, por um lado, um pequeno lado, eram deliciosamente prazerosos.

(...)

Caminhei devagar até o pátio da escola e sentei em um banco vazio. Aproveitando os últimos minutos do intervalo, sozinho, com o meu fone de ouvido, enquanto uma música triste e melancólica tocava graças a minha playlist aleatória. Estranhamente eu me sentia bem, mesmo com as batidas lentas e de melodia chorosa. Suspirei e deitei no concreto. Ultimamente vinha me sentindo solitário depois que Guilherme, meu único e melhor amigo havia se mudado de escola, me deixando completamente sozinho. Era ele que tornava meus dias os melhores com suas piadas e palhaçadas. E sem ele por perto, não sentia a miníma vontade de fazer novos amigos. Logo o sinal tocou, mas ignorei e voltei a aproveitar a doce melodia da música.

Com o cantos dos olhos, vi o coordenador se aproximar com uma expressão carrancuda. O homem se pôs a minha frente, bloqueando a luz do sol que iluminava meu rosto. - Sr. Taylor, ainda está aqui? O sinal já tocou. - Disse pondo uma das mãos na cintura. - Volte para a sua sala. - Decretou rígido e saiu, indo até uns alunos que jogavam baralho no chão do pátio.

Levantei com dificuldade e caminhei devagar no corredor. Observando as salas, enquanto passava cautelosamente. Passei algumas portas conhecidas, até chegar em uma em especial. O segundo ano, sala C. Onde ele estudava. Parei em frente a porta de madeira velha e ergui a cabeça levemente para a janelinha transparente que me permitia ver os alunos do outro lado. Na cadeira da frente, próxima a mesa do professor, vi ele sentado de maneira desleixada e despreocupada. Seu rosto mostrava uma expressão entediada, enquanto o docente ao seu lado contava-lhe alguma coisa entre risos e gesticulações de dedos. Os estudantes ao seu redor gargalhavam. Mas infelizmente, mesmo colocando meu ouvido contra a madeira, não conseguia ouvir uma palavra sequer, apenas os movimentos escândalos de suas bocas e os gestos exagerados.

Dei uma última espiada no ruivo antes de sair. Mirando meus olhos negros sobre seu corpo esguio. Ele estava lindo com seu casaco azul e sua calça jeans com alguns rasgados na região do joelho. Calçava um par de all star preto o que lhe dava um ar de garoto rebelde. Um relógio grande contornava seu pulso largo, provavelmente de alguma marca cara devido os detalhes em prata e ouro. Seus cabelos estavam levemente bagunçados, mostrando que o ruivo apenas o chacoalhou antes de sair de sua casa. Uma perfeita combinação entre o vestuário e o modelo. Nada chamativo, mas o que acabava sendo, por ser ele em que as usavam.

Notei que algumas garotas ao seu lado, tocavam o ruivo descaradamente, enquanto riam de alguma coisa que elas ouviam. Os rapazes apenas o observava de forma respeitosa e invejável, como se quisesse está no lugar de Erick ou até mesmo ser notado pelo mesmo.

Mas enfim, ele estava costumeiramente lindo e isso eu não podia negar.

Deitei meus pés sobre o chão novamente, sentido meu coração acelerar outra vez. Suspirei alto e sai cuidadosamente, voltando a minha sala de aula. Sentei em minha carteira e assisti o professor explicar alguma coisa sobre energia mecânica, o restantes dos alunos apenas o observava em silêncio com um misto de dúvida e desespero.

As aulas foram passando de forma lenta. A todo momento olhava o relógio na parede, que emetia um som frenético de tic e tac. Ansioso, nervoso e exausto, esperei o sinal tocar, para finalmente ir embora e assim quem sabe, não ver Erick uma última vez antes de ir para o trabalho.

Simplesmente Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora