Capítulo 19

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   Lorenzo

   Vejo a hora que ela vira e me encara assustada. Ela realmente  não queria me ver tão cedo depois do encontro mais cedo.

  Percebo o homem ao seu lado tocar seu ombro e ela desvia o olhar, fala algo em seu ouvido e a perco de vista. Não gostei do jeito que ele a tocou. Estava próximo demais pro meu gosto.

  - Lorenzo? - ouço me chamarem e tocarem meu ombro. Olho para o lado e vejo Karen, uma garota que passei algumas noites solitárias.

  - Karen! Oi! - e sorrio meio surpreso.

  - Há quanto tempo não nos víamos, anda tão sumido. O que aconteceu? - Senta ao meu lado.

  - Tenho trabalhado muito e não sobra tempo. - e não é uma mentira, mas não sinto vontade alguma de sair.

  - Ahh sim. O que acha de prolongarmos a noite no meu apartamento ? - diz e fica passando a mão no meu braço e tiro sua mão.

  - Karen...- algo me chama a atenção na pista e interrompo o que ia dizer quando vejo o que está acontecendo.

   Sophia e o desconhecido dançam juntos e me sinto enfeitiçado pelo movimento sensual de seu corpo. Sem perceber me seduz de um jeito que nenhuma fez antes. Mas desperto do transe quando o vejo puxá - la pela cintura de encontro ao seu corpo e ver isso faz meu sangue ferver, pego meu copo no balcão e tomo em um único gole me segurando para não ir até lá e quebrar a cara desse maldito por encostar desse jeito na minha mulher.

  Levanto  para ir até eles acabar com essa palhaçada e sinto algo me impedir de ir até eles e só me dou conta que deixei Karen falando sozinha.

  - O que houve com você? - diz com olhos assustados. - Estou te chamando à horas e não me respondeu.

  - Depois nos falamos, preciso fazer uma coisa importante.

  - Lo... Lorenzo...

  - Até a próxima, Karen. - e sigo na mesma direção em que ela seguiu.

 

  Saio trompas do nas pessoas tentando alcançá-la, mas começam a me empurrar para trás tento passar mais vão me empurrando para trás.

  Quando consigo chegar perto do banheiro, entro e a não acho em nenhum lugar e vou para fora, quando me deparo com a cena e sinto meu corpo paralisar.

  Um estranho tenta beijá - la a força e parto para cima dele sentindo meu corpo tremer de raiva. Esse filho da puta vai pagar caro por tentar forçar a minha menina a algo. O puxo pelo braço e não dá tempo nem dele reagir tamanha minha fúria, soco sua cara diversas e paro quando vejo que parou de se debater. Desmaiou. Bem feito.

  Viro e olho Sophia encostada na parede chorando, me aproximo e quando vou encostar ela se encolhe e isso me parte o coração de ver. A puxo para meus braços e a aperto e beijo sua cabeça enquanto ela soluça com o rosto enterrado em meu peito.

  - Não chore pequena. Ele nunca mais vai encostar em você. Nem ele nem ninguém. Prometo. - digo angustiado. Isso a fez lembrar daquela noite e me dói vê -la assim.

 

  - Vem. Vamos embora daqui. Vou te levar paraum lugar seguro. - passo o braço pela sua cintura e coloco o seu envolta de meu pescoço e a carrego por entre as pessoas até a saída e só paramos quando chegamos em frente a meu carro.

 

  Ponho o carro em movimento e dirijo até meu apartamento, perdido em pensamentos e paro para pensar que se eu não tivesse ido atrás dela algo pior teria acontecido e se eu não tivesse demorado tanto ele nem perto dela teria chegado. 

  Espero seu Paulo abrir o portão e entro na garagem e peço que me ajude a levá - la para dentro, entramos no elevador e chegamos em meu andar, entrego a chave a ele abre a porta e entro.

  - Obrigado seu Paulo. - recebo um aceno como resposta.

  Subo as escadas com Sophia desacordada em meus braços, com muita dificuldade abro a porta do meu quarto e a deito em minha cama, me sento ao seu lado e fico olhando seu rosto adormecido e sereno, decido tomar um banho para relaxar um pouco e trabalhar mais um pouco.

  

  Entro embaixo do chuveiro e deixo a água gelada cair em meu rosto, refletindo sobre hoje que foi tão tumultuado. Encontros inesperados, brigas, lembranças do passado. Tudo em um dia só e o cansaço cai em meus ombros.

   Saio de toalha e me sento ao seu lado e tiro uma mecha de cabelo que estava em seu rosto.

  - Como pode ser tão linda assim? - digo admirando seu rosto adormecido. - Ainda vou te ter de volta. Eu juro. Ninguém vai nos separar novamente.

   Deixo um beijo em sua testa e vou até o closet e visto somente uma calça de moletom e vou até a cozinha preparar algo para comer e quando termino volto para o quarto e me sento na poltrona e fico até de madrugada trabalho no notebook e meus olhos começam a pesar e desisto de trabalhar e desligo tudo.

  Me ajoelho ao lado da cama, e fico durante minutos ou horas não faço idéia do tempo que fiquei olhando para ela. Beijo seus lábios suavemente para não acordá - la e digo o que não tenho coragem de dizer em voz alta.

  - Te amo pequena. Boa noite. - sussurro bem baixo. Me encosto na beirada da cama e aos poucos o sono vai ficando maior e logo adormeço com a imagem da mulher que amo adormecida em minha cama.

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   Voltei meus amores. 😍❤

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