Capítulo 16

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    Sophia

    Volto para a empresa e atendo o senhor Barbosa no automático, tento me concentrar mais é difícil já que minha mente faz o favor de sempre voltar ao encontro de mais cedo com Lorenzo depois de anos.

  - Obrigado mais uma vez por me ajudar Dra. Alves.
.

  - De nada, senhor Barbosa. Foi um prazer recebê - lo.

  O levo até a porta e nos despedimos, volto a me sentar em minha cadeira e minha mente volta ao tempo em que éramos felizes juntos.

  Sacudo a cabeça com força para afastar esses pensamentos e olho as horas e decido ir embora. Saio da sala e paro em frente da mesa de Carla. .

  - Estou indo para casa. Boa noite.

  - Ok chefinha. Boa noite.

Caminho até o elevador e desço até a garagem. Chego perto do e sinto que estou sendo observada, olho ao redor e não vejo ninguém mas continuo com a sensação. Entro no carro coloco o cinto e ligo o som e está tocando Nothing Else Matters - Metallica e canto como se não houvesse amanhã.

  

  Entro na garagem e estaciono o carro e subo para meu apartamento. Sigo para meu quarto e separo uma roupa e vou tomar banho. Quando estou saindo do banho, meu celular toca.

  - Oi Carla. Aconteceu algo?

  - Não. Vamos sair.

  - Não... Eu tenho que fazer umas coisas ainda hoje.

  - Estou falando que você vai e pronto. - Então lembro do jantar na casa de mamãe.

  -  Realmente não vai dar. Marquei de jantar com minha mãe.

  - Simples. Vamos depois que você sair de lá.
.

  -  Você não desiste mesmo. - reviro os olhos.

  - Não. Eai, vamos?

  - Ai ai, tá bom. Eu vou.

  - Ótimo. Vamos às 22 horas.

  - Ok, até mais tarde. - desligo e me sento na cama só de toalha, criando coragem de me arrumar.

  Vou até o closet e pego uma calça jeans escura, uma bota cano baixo com salto, uma regata e jaqueta e decido levar um vestido para caso de precisar trocar.

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  Subo as escadas e bato na porta e a mulher mais linda do mundo abre a porta : minha mãe.

  - Soph. Que saudade, filha.

  - Oi mamãe. Também estava.- Beijo seu rosto ainda jovem e entro em casa. Ouço a conversa e a risada da minha sobrinha.

  - Cadê minha sobrinha favorita ?

  - Aqui titia. - Ela pula em meu colo e a abraço apertado. Mirella tem 4 anos mas é muito desenvolvida pra idade que tem. Mas a amo mesmo assim, beijo seu rostinho e ganho um beijo molhado.


   - Como está, coisa linda da tia?

  - Tô bem. - e volta a correr pela casa. Como senti falta dela.

  -  E eu aqui? Não vai falar comigo, pirralha?

  - Claro maninho. Me dá um abraço, seu estrume.

   - Oh mãe. Soph me chamou de estrume.

  - Mais ele me chamou de pirralha.

  - Sophia que eu já disse sobre chamar seu irmão assim. - Caleb da um sorriso cínico e quando mamãe entra na sala faz cara de coitado. - Caleb que eu já disse sobre chamar sua irmã assim. Os dois de castigo. Sem sobremesa. Pedem desculpa um para o outro.

  - Mas mãe...

  - Andem logo.

  - Desculpa. - falamos juntos, queria tanto poder voltar a época de quando era criança. Quando tudo era fácil.

  - Tava com saudades de você, pirralha. - e me abraça forte. - Não suma mais assim, senão vou ser obrigado a te caçar.

  - Tá bom, Caleb. - rio de sua preocupação.

   Me sento ao seu lado e ficamos conversando com Marcos. Logo mamãe vem nos chamar para jantar, nos sentamos a mesa e é a muvuca de sempre na hora de servir. Jantamos entre brincadeiras e provocações minhas e de Cal e só assim me dou conta que estava com saudade deles.

  Quando terminamos todos de comer ajudo mamãe a lavar e guardar a louça e vamos nos juntar aos homens. Ficamos conversando sobre a empresa que vem ganhando grande credibilidade dia após dia. Olho as horas e já são 21:30. Vou ao banheiro e troco de roupa, visto um vestido preto básico sem decote e até os joelhos.

  - Aonde vai, filha?

- Vou a uma casa noturna com Carla e seu irmão. -quando toco no nome de Carla, meu irmão presta mais atenção a conversa.

  - Posso ir junto para fazer companhia. - diz interessado demais. Aí tem coisa.

  - Mas e Mirella ?

  - Eu cuido dela, podem ir.

    Entramos no carro e mostro o endereço e fico pensando se não devia ter contado sobre meu encontro com Lorenzo, mas logo esqueço só ia deixar a todos nervosos.

Começo a prestar atenção no caminho e na música calma que toca. Se eu soubesse oq estava para acontecer teria ficado em casa . Maior erro da minha vida.

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