Capítulo 22

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    Sophia

     Paramos em casa frente ao restaurante e Lorenzo entrega as chaves do carro ao manobrista. Entramos no local e logo o maitre nos leva até nossa mesa, Lorenzo puxa a cadeira para mim e me sento, o garçom espera até estarmos acomodados e nos entrega o cardápio, escolhemos nossos pratos e ele se vai.

  O garçom volta com uma garrafa de vinho e dá para Lorenzo experimentar.

  - Opinião do chefe. Aceitam?

  - Muito bom! Pode deixar na mesa.

  - Obrigado. - ele me serve e se vai, provo um gole e é realmente muito bom. -  Ótima escolha.

  - Sim. - toma mais um gole.- Como foi seu dia ?

  - Bom... cansativo, muitas reuniões com novos clientes, casos novos e por aí vai.

  Ficamos conversando por boas meia hora até que nossos pedidos chegaram, quando íamos por a primeira garfada na boca, uma voz conhecida que esperava nunca mais ouvir, se faz ouvida ao nosso lado. SAMANTHA.

  - Ora... ora... olha quem eu encontrei por aqui, Lorenzo e a pobretona da Safira.

  - Meu nome é Sophia. - digo com os dentes trincados.

  - Ahh é. Havia me esquecido, desculpe querida. - diz cínica. - O que fazem aqui ?

  - Jantando. Não está vendo?- respondo já que Lorenzo não se moveu para responder.

  - Que eu saiba você não tem dinheiro nem para comprar uma bala, imagina pagar um jantar em um restaurante como esse. Sua pobretona!! - quando ela termina de fala me levanto com tudo e quase vôo na sua cara se Lorenzo não tivesse entrado em minha frente.

  - Você acha que é quem para falar comigo? Pelo menos eu luto para ter o que possuo hoje em dia, não sou como você que depende do dinheiro do seu papai não é? Filhinha de papai. Seu paizinho já sabe que você estourou mais um cartão com compras fúteis? - digo cínica com um sorriso de lado por ter conseguido a assustar.

  - Como sabe? - diz receosa

  -  Talvez porque eu seja a advogada do seu pai, sua dondoca sem sal.

  - Você não sabe de nada!! Sua pobretona imunda!! Catadora de lixo!!! - tento avançar nela, só que novamente sou impedida.

  - CALE-SE SAMANTHA!! - Lorenzo grita. - DEIXE - NOS JANTAR EM PAZ!! ACABAR COM MINHA VIDA NO PASSADO NÃO FOI O SUFICIENTE? SAIA DAQUI!

  - Senhores, por favor abaixem o tom, os clientes estão incomodados com essa cena que estão fazendo. Peço por gentileza que acalmem os ânimos ou vão ter que se retirar do estabelecimento. - olho ao redor e todos estão nos olhando sem entender o que está havendo.

   - Nós já estamos de saída. Traga a conta, por favor. - Lorenzo pede ao garçom.

   O garçom vai até o caixa e volta com nossa conta, Lorenzo entrega seu cartão e espera o fechamento da conta e vamos embora do restaurante sem termos tocado direito na comida.

  Lorenzo abre a porta do carro para que eu entre, dá a volta no carro e em seguida entra no volante.

  - Pizzaria ou lanchonete? - ele me pergunta depois de um tempo em silêncio.

  - Tanto faz, eu podendo comer está ótimo para mim.

  - Desculpe pelo que teve que passar. Era para ser a melhor noite que já temos, mas ela sempre consegue estragar tudo. - disse tirando a mão do volante e colocando em cima da minha e a acaricia, pequenos arrepios sobem pelo meu braço.

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