❀ 007 | veronica

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VERONICA PORCHS.


Assim que abri a porta de minha casa para Jack, foi impossível não revirar os olhos.

Eu, definitivamente, não queria que ele estivesse aqui. Tinha tirado o resto do dia para estudar, ou fazer alguma coisa útil.

Fazer sala para ele não estava nessa lista, definitivamente.

Antes de se jogar no meu sofá com os tênis sujos, Gilinsky examina a sala de estar com os olhos, e assovia. Reviro os novamente, só que dessa vez com mais força, fazendo ele abrir um sorriso presunçoso.

Bufando, cruzo os braços, e fico parada perto da porta, o encarando com a minha melhor cara de desprezo.

- Estou começando a achar que você está, de fato, apaixonado por mim. - debocho, e Jack coloca os braços atrás do pescoço, bastante confortável.

E os malditos tênis sujos continuam no meu sofá.

- Você só percebeu isso agora, gata? - ele responde, nem um pouco incomodado, aceitando a provocação numa boa. - Se você não tivesse tanto dinheiro, você até poderia acreditar que eu estava na sua. - semicerro os olhos, e Gilinsky ri. - Sabe como é. Eu sou o cara que tem algumas pendências para resolver, que envolvem grana, e você é a menina rica e mimada que pode comprar até às pessoas com dinheiro.

- Mimada? Você nem me conhece! - disparo, irritada. - E não é como se você fosse pobre e nem tivesse onde cair morto.

A essa altura do campeonato já estou andando em círculos, tentando não dar um soco em Jack Gilinsky, também conhecido como cretino idiota que julga os outros sem saber. Incrível a capacidade que ele tem de me deixar furiosa com meia dúzia de palavras.

- E que pendências são essas? Você por acaso está traficando agora? - pergunto, me virando de supetão para Jack, que finalmente tirou os pés do sofá, e está sentado no mesmo.

Quase consigo suspirar aliviada.

Quase.

- Estou devendo uma grana pro Nate. Coisa pouca, mas mesmo assim. - ele dá de ombros. Sinto minhas pernas falharem, e me afundo no sofá, ao lado de Jack.

Ótimo. Agora além de ter um namorado falso, tenho um namorado drogado e quase traficante. Minha situação só fica pior a cada minuto.

- Ei, fica calma. - ele diz, e apóia a mão em meu ombro. Não consigo conter o resmungo que estava preso em minha garganta até então. - Sua mãe não vai desconfiar de nada, Ronnie. Eu nem cheiro maconha, cheiro? - ele brinca, e me empurra de leve com os ombros, e dou um sorriso frouxo, tentando fingir que não estou tão preocupada com isso.

- Eu nem sei qual é o cheiro de maconha, Jack. Como vou saber? - reviro os olhos.

- Olha, eu sei que você não queria estar nessa situação. Pode parecer, mas eu quero te ajudar. Nate é meu amigo, mas mesmo assim eu não podia ficar devendo para ele pra sempre. E, bom, pedir dinheiro pra minha mãe não estava fora de questão.

- E agora está? - debocho, e relaxo os ombros, tentando me convencer de que tudo vai dar certo.

- Deixa de ser ridícula. - Gilinsky revira os olhos, mas ri. - O que eu quero dizer é que se a gente vai fazer isso, vamos fazer certo. Sua mãe não parece ser burra, então se essa história tiver alguma ponta solta, ela vai descobrir. - concordo com a cabeça, meio a contragosto. - Então agora você vai trocar de roupa, nós vamos sair, e eu vou bancar o fotógrafo por um dia.

𝐬𝐢𝐱 𝐦𝐨𝐧𝐭𝐡𝐬 ❀ 𝐣. 𝐠𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora