𝐬𝐢𝐱 𝐦𝐨𝐧𝐭𝐡𝐬 ❀ 𝐣. 𝐠𝐢𝐥𝐢𝐧𝐬𝐤𝐲

❀ 012 | jack

JACK GILINSKY.

— E então, como vocês se conheceram? – Elizabeth pergunta, e dou mais um gole em minha água. Veronica olha de esguelha para mim, e abro um sorriso para minha sogra.

— Na escola mesmo. Eu sempre fui um pouco ruim em história, e bom, o diretor disse que se eu tivesse aulas de reforço com a Ronnie, eu me tornaria o melhor aluno da turma.

— E isso realmente aconteceu? – ela pergunta, interessada.

— Não exatamente. – digo, e me viro para Veronica, abrindo um sorriso que julgo ser apaixonado. – Ninguém consegue superar sua filha, Liz.

— Ah, meu Deus! Vocês são tão fofos! – Elizabeth aperta minhas bochechas, e quase arranca minha pele, deixando só os músculos e ossos. – Mas como foi no começo? Digo, foi amor da primeira vista?

Amor a primeira vista. Por mais que Veronica fosse bonita, eu nunca me apaixonaria por ela. Quer dizer, é impossível você se apaixonar por uma pessoa só de ter olhado para ela. Isso não existe.

— Ah, não. Jack era insuportável, e ficava fazendo piadinhas o tempo todo. – Porchs diz, e revira os olhos. Por mais que toda essa história de aulas de reforço seja mentira, sei que seu aborrecimento comigo é real. – Demorou muito tempo para começarmos a nos darmos bem.

— E quando foi o primeiro beijo?

— Mãe! – Veronica protesta, e dou risada. Elizabeth, apesar de meio exigente, era legal.

— Eu quero saber todos os detalhes, filha!

— Ah, pelo amor de Deus...

— Foi na biblioteca da escola. – respondo. – Nós estávamos estudando, e eu passei uma cantada barata relacionada ao conteúdo na Veronica.

— E depois? – Elizabeth pergunta, e seus olhos parecem estar brilhando. Esse era o tipo de clichê preferido dela, segundo Veronica. Tínhamos pensado em exatamente tudo para ela achar nossa “história de amor” o mais encantadora possível, e parecia estar dando certo.

— E depois o Jack me beijou. Foi mágico. Senti que tudo realmente tinha se alinhado em minha vida. – ela suspira, e tenho que me segurar para não rir.

Veronica Porchs fingindo estar apaixonada e super romântica era patético. Ou Elizabeth era muito cega, ou queria realmente acreditar em todo nosso teatro.

Ou talvez ela só não conhecesse a filha direito mesmo. Essa era a única explicação plausível para não perceber o quão forçada a descrição de Veronica tinha parecido.

— Awn, eu nem consigo acreditar nisso! Quem diria que um dia minha filhinha se apaixonaria de forma tão arrebatadora?

— Pois é. – Ronnie murmura para mim, e a puxo para mais perto, para felicidade de Elizabeth. – Faz alguma coisa extremamente fofa e carinhosa. – ela sussurra, e dou um beijo em sua testa.

— Vocês se importam de irmos tirarmos umas fotos? Quero deixar tudo registrado em meu instagram!

— Claro, seria ótimo! – Veronica exclama, fingindo animação.