Contra o tempo

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Caminhas pela escola inteira. E eu não estou exagerando. Rodamos em busca de uma alma viva, e nada. Sem sinal. Decidimos voltar para o lugar aonde deveria estar a sala da diretora, para procurarmos algo.

Vai que deixamos algo passar.

E assim que chegamos nos deparamos com um relógio. Um cronometro.

27 minutos.

Era tudo o que nos restava.

Para o que?

Também não sei. Talvez seja para o fim da prova, talvez para haver uma próxima morte. Não sei ao certo.

A única coisa que sei é que precisamos de tempo. E tempo é algo que não temos.

Olhei com pânico para os dois príncipes que estava me acompanhando, e seus olhares não estavam muito diferentes do meu. Respirei fundo. Não posso entrar em pânico.

Mas eu estou no escuro...

Não tenho pistas, não tenho tempo, e não tenho nenhuma ideia do real motivo dessa maldita prova. Pense....

Como viemos parar aqui?

A charada...

A resposta...

Como um verdadeiro quebra-cabeças, como se só faltasse uma única peça, agora está tudo claro. A coroa.

Patrick: qual é a do olhar? Já sabe como vamos sair daqui? Ou achar alguém?_ pergunta esperançoso.

Vou até ele e pego a sua espada, aonde tinha uma coroa, a marca real, talhada no mais puro ouro. Pego a mesma e vou em direção ao contador, o qual que estava parado, estava tão nervosa que eu nem ao menos percebi.

Ele não estava funcionando.

Eu só pensei que estava por causa da pressão que estavam pondo em mim, a pressão que eu estava pondo em mim mesma. Levanto a espada e Ryan me questiona, mas não dei tempo a ele, simplesmente parto o contador em dois.

Patrick: o que...?

Margot: 27..._ falo tentando recuperar o fôlego que tinha se ido em bora por causa da presso._ é a idade de temos que ter pra ser coroados Reis/Rainhas no reino inteiro._ digo me lembrando de uma conversa que eu escutei quando eu era mais nova.

Ryan: e agora?_ olho para o acabo de fazer e percebo que tem uma chave._ aquilo é... o que eu to pensando que é?

Margot: sim._ Patrick vai e pega a chave e então pega a espada novamente. Sem dizer nada. Silêncio.

Eu e Ryan fomos atrás dele. Parece que ele sabe exatamente o que tem que ser feito. Gosto da intuição dele, e acho que a intuição que ele está sentindo agora, e a mesma que eu senti quando peguei aquela espada e parti o negocinho lá ao meio.

Fomos para a porta que estava trancada, a porta do salão de festas, e bailes. A então ele colocou a chave na fechadura.

A girou.

Empurrou a porta.

E...

Eleonora: que bom que vocês apareceram!_ fala vindo me abraçar junto com a Jasmin. Eu as abraço de volta, e logo nos soltamos.

Diretora: vocês foram bem, mas me digam aonde está Zoe?_ pergunta ao ver que ela não estava junto a nos.

Engulo em seco, olho para Ryan e Patrick. Ryan olha para os próprios pés. Tenho certeza que ele lembrou da cena que nos deparamos ao entrar em meu quarto. Ele não vai falar, ele não consegue.

Engulo em seco, ignorando o nó em minha garganta.

Margot: Kyle Emel, a duquesa, foi assasinada e pendurada no ventilador do meu dormitório._ assim que digo, todos ficam estáticos._ Peço para que sua família seja informada o mais rápido possível. E peço para que a tirem do lugar aonde se encontra. Ela merece algo melhor._ falo e me retiro.

Ouço passos e um perfume penetrante me seguir. A essa altura eu já me encontro ao meio das lágrimas e da tristeza. Meu corpo é puxado contra o dele e enterro o meu rosto em seu peito.

Ele passa as mãos por meus celas tentando me fazer ficar calma.

Margot: ninguém pode ver um futura rainha chorando._ falo me relembrando do que a minha mãe me falou no funeral do meu avô._ me tira daqui, Stefan.

Stefan: calma._ fala me levanto para o jardim de inverno. Me sentando num banco. Ainda me abraçando.

Margot: como alguém pode faEe algo tão terrível dessa forma?_ a imagem da duquesa grudou em minha mente.

Stefan: não sei... eu realmente não sei, acho, que para cometer algo tão horrível como matar, a pessoa está cometendo muito dos sete pecados capitais._ fala e beija o topo da minha cabeça.

Eu já parei de chorar.

Mas a tristeza, ainda permanece em mim.

Margot: a única coisa que eu desejo é que a pessoa que cometeu esse crime, seja pego. E apodreça numa cela.

[...]

Margot: o assassinato da Duquesa foi estremamente horrível. Ninguém podia sequer pensar que seu fim seria desse jeito. Mas, a única coisa que eu Margot, posso fazer é esperará que a justiça seja feita. Mas como uma futura rainha, meu horizonte de espande, não vou descansar até que o responsável seja encontrado, e punido._ falo olhando diretamente para os pais da Duquesa, que sorri para mim._ me... me perdoem._ falo me retirando do funeral correndo.

As lágrimas estavam quase escorrendo.

Não posso permitir que me vejam desse jeito. Tão... tão vulnerável.

Assim que me recomponho, vou de encontro com meus pais. O longo cumprido vestido preto se arrastava pelas folhas secas. Meus saltos se melavam na grama molhada. Olho para Stefan, Lele e Jasmin. Todos com roupas pretas e escuras. Todos com expressão de sofrimento.

Do outro lado, Patrick e Noah, também com roupas escuras, falando com os pais da Duquesa. E bem num cantinho, Ryan. Ele com toda a certeza é o que está mais sofrendo.

Sua pele está pálida, está mais magro e faltando nas aulas. Um dia eu mesma tive que ir em seu quarto o tirar de lá. O obriguei a fazer as higienes, e a comer. E por essa nuca razão mudo de direção, vou ao seu encontro sem nem hesitar uma vez se quer.

Assim que percebe que me aproximei limpa as lágrimas com as costas da mão. E eu ofereço o meu lenço.

Margot: não sei o que está passando, sei que está sofrendo. Mas eu não posso sentir o quando você está sofrendo, por essa questão eu não falo que....

Ryan: chega. Chega Margot. Nesse exato momento não somos princesa ou príncipe. No momento somos apenas pessoas que estão em luto. Então, só você quer realmente me ajudar. Não me trate como príncipe._ pego a sua mão.

Margot: eu sei que você gostava dela. E eu prometo, pela minha pessoa, que a pessoa que fez isso com ela. Vai se arrepender por toda a vida._ falo olhando em seus olhos, e ele sorri para mim.

Ryan: obrigado.

Real academy: tudo para proteger a coroaOnde histórias criam vida. Descubra agora