Seus olhos

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<Patrick Narrando>

O que eu estou sentindo nesse momento?

1) medo, medo de perder alguém que nem ao menos me pertence.

2) pânico, pânico de nunca mais ver aquele lindo sorriso que eu me tornei tão dependente.

3) cansaço. Estou cansado de ter medo.

4) fome. Não comi nada a mais de um dia. Um dia que ela está dormindo nessa cama de hospital.

Seus pais não podem nem ao menos visita lá, já que eles não podem abandonar o reino que depende deles.

Lele, Jas, Stephan e Noah tentam me convencer a sair tomar um banho um ar ou comer alguma coisa mais eu não consigo. Não consigo me afastar dela. Não consigo e também não quero. Já menti milhares de vezes falando que não estou mo fome.

Margot está na merda dessa cama de hospital. Sim, eu falei merda, se minha mãe ou meu pai me ouvissem falar tal palavra iam com certeza querer me matar. "Um príncipe sempre deve ser educado". Ouso isso desde de que eu usava fraudas.

Seguro a sua mão. Pequena em comparação a minha, ela está fria... ela parece serena, está desse jeito a tempo o suficiente para que eu me preocupe muito com ela. Ok... ela está assim a menos de dois dias... dois dias que eu basicamente não falo com ela, não brinco, não a vejo sorrir...

E isso está me deixando louco de um jeito... inexplicável.

Beijo sua mão. Uma forma que acho "própria" para demonstrar pelo menos um pouco de carinho por ela.

Do lado de fora do hospital, um verdadeiro caos. Milhares de paparazzi e jornalista querendo tirar fotos ou intervistar alguém da realeza que venha aqui visitar a futura rainha. A mais bela...

Patrick: o médico disse que você pode me ouvir..._ falo me lembrando assim que recebi a notícia de que ela não está acordada. Respiro fundo para achar as palavras certas._ Olha... eu quero que volte. Que você acorde. Lele, Jas e Stephan estão que nem louco preocupados com você. Todos estamos. Então eu peço... suplico... imploro... Margot... minha princesa... volta volta para a gente. Precisamos de você._ digo na maior esperança de que ela realmente esteja me ouvindo.

Beijo mais um vez a sua mão, e ali fico a segurando. Não quero me afastar dela. Não aqui, não agora. E nem por muito tempo.

Zoe entra pela porta trazendo contigo um café com alguns pães de mel. Ainda não entendi ao certo, mais ela está aqui de plantão olhando para a Margot com cara de culpa. Eu não entendo isso. Até onde eu sei, elas não se suportam.

Zoe: come, você ta um caco._ fala me entregando._ alguma data prevista para a Princesa Margot acordar?_ pergunta sem olha para mim.

Patrick: não, eu não quero comida. Não consigo comer. Você sabe disso._ falo pondo a comida de lado, e fazendo carinho com o polegar na mão pequenina da minha princesa.

Zoe: eu sei que você gosta dela, e ela não vai gostar de acordar e ver você assim. Tá pior que um mendigo!_ exclama tentando fazer com que eu coma.

Patrick: não quero deixá-la aqui sozinha.

Zoe: ela não está sozinha e sabe disso. Você não quer sair de perto dela por que está se sentindo culpado por não ter feito com que ela parasse. Para que ela não entrasse na escola em chamas. Isso se chama culpa._ fala me acusando.

Patrick: eu deveria ter impedido ela. Todos sabem disso. Eu sou o culpado por ela estar nessa cama de hospital.

Zoe: não foi você que pôs fogo na escola. Você não podia fazer nada. Agora para de se punir por um delito que não cometeu. Saia desse quarto, troque de roupa, escova os dentes e coma alguma coisa agora!_ diz usando um tom autoritário.

Patrick: mande alguém pegar umas roupas para mim. Vou tomar banho aqui, me trocar, e comer o que você me trouxe._ falo me rendendo. Não quero assustar Margot quando ela acordar. Zoe da um sorriso vitorioso.

Aguardo ao lado da Margot esperando que me entreguem as minhas roupas. Assim que ele as trazem eu vou para o pequeno banheiro tomo meu banho, visto a minha roupa, escovo os dentes. Saio e vejo Margot com seus lindo olhos apertos.

Margot: oi..._ fala quase num sussurro, vou até ela rapidamente e beijo sua testa e logo a abraço._ acho que alguém sentiu a minha falta._ fala brincando.

Patrick: nunca mais corra em direção ao perigo Princesa!_ falo ainda a abraçando.

Nunca pensei que ficaria tão feliz em ver seus olhos apertos novamente.

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