Terça feira, 20 de março de 2018

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Terça feira, 20 de março de 2018

11:27


Hoje sou uma alma perdida. Amanhã não sei. Estou bem quando estou. Sou um fracasso nos máximos segundos que restam. Quando te vejo, floresço e quebro. Sou alma de poeta, sou luz e certidão. Porém, cais nos braços de outra, e no teu peito nunca eu morei, não obstante morares indevidamente no meu. E estas horas são apenas mais umas a pensar em ti, estas palavras são só de mais uma alma perdida. Este planeta é só mais um no desconhecido universo. Já não quero ver, já não quero ouvir. Renego de todas as sensações que a vida me deu. Porque hoje sou lágrima que corre sem se cansar. Sou nada. Sou o vazio. Estas palavras voam sem ninguém as apanhar, não as detenho, deixo-as fugir a sete pés. Quero ser palavras. Quero fugir assim na imensidão. Quero perder-me, para não me sentir perdida.

Hoje não quero ser nada. Não quero pensar. Se acreditar que não existo deixarei de existir?



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