Quinta, 25 de abril de 2018

7 2 0
                                    

Quinta, 25 de abril de 2018

19:06

Sou o desconcerto neste surreal sentido da palavra. Sou ferida que arde dia e noite, alma que chora por não ter. Não pertenço a lugar nenhum, e todos os dias sou a perdição da estrada. Aquela que olhas mas não vês. Aquela que vês sem querer. Em todos os segundos nada sou; posso ser corda bamba que ninguém atravessa, mergulhada no vazio, apenas porque não sei voar mais alto. Quem me dera ter asas e saber voar.
Conto o tempo por passar, o dia em que vai ser amanhã; assim como conto as palavras que nunca digo, engulo as verdades que me custa ouvir. Durante o dia, não ouço ninguém. Só a mim e ao que a minha mente faz soar; os problemas que não consigo resolver. Vejo o medo no olhar. Calo a mágoa que no meu âmago brota como uma flor. Essa flor que desejo ser.
Ao cair do dia, fica o vazio de alguém que nunca foi. A insegurança do não ser. A esperança de vir a ser. O silêncio que me fez sofrer.

Ao fim do dia, não resta nada. Nem sei se eu própria.

Proesia.Onde histórias criam vida. Descubra agora