Sábado, 31 de março de 2018

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Sábado, 31 de março de 2018

11:39

Inesperado véu cinzento o que me cobre. Sou filha da escuridão diurna que nos envolve sem que o notemos. É o fulgor da ignorância aquele que sufoca as mentes mais brilhantes, nos encaminha por estradas sombrias que os olhos não veem. E como alguém diria, o coração não sente.

Contudo, a tempestade é o furacão que nos salva do presente. Empurra-nos para os recantos que não esperavam vir a ser algum dia descobertos. Ainda assim, só eu não os descobri. Vagueio pelo mundo de todos e de cada um, sem pertencer a nada nem ninguém. As cores são a reflexão dos pensamentos que cada um guarda a sete chaves. Mas eu sou parte do mundo, mas de ninguém. Sou todas e nenhuma cor. Sou o céu que de cima nos olha impiedoso. Sou o núcleo de calor remanescente da Terra. Sou tudo e não sou nada. Perdida algures nesta estrada. A que ousam chamar vida.

Sou tinta cores e pincel.

Proesia.Onde histórias criam vida. Descubra agora