Domingo, 1 de abril de 2018

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Domingo, 1 de abril de 2018

16:29

Oiço vozes do futuro, sussurros do passado e gritos do presente. Embebedam-me estas palavras vazias que a minha alma fazem arder. O calor é o fogo que sopra no escuro como o vento de ontem de tarde. As palavras voam depressa trazidas por todos. A verdade é que as carregamos descaradamente sem, no entanto, medir a sua dimensão. A sofreguidão corre de arrasto no rio que me molha os pés. Descalços e pálidos. Tristes e contidos.

Mente vazia e solitária. Aqui é o brilho, ali é o escuro desumano; chove acolá as águas dos meus olhos. A fúria condensa-se fugaz na atmosfera desesperada. E a alegria desaparece nas palavras molhadas que o oceano afunda. O eu em comunhão com a natureza tão fiel que desconfia. E mais um segundo quando o tempo para. Sucumbimos ao desespero.

Pobre ser humano. Do desespero estás cativo.

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