Capítulo 3#

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Acordei com o livro caindo da minha mão.
Olhei em volta e percebi que a biblioteca estava vazia.
Peguei o celular e vi que já era 20:00!
Vi um bilhete ao lado da minha poltrona.

Querida Rayra, confio em você para, quando acordar, apague as ĺuzes e feche a biblioteca, tudo bem ?
Rita.

É claro que ela confia em mim, já fiz isso várias vezes para ela.

Guardo os livros que estavam comigo em suas estantes, e algumas caixas tambem.

Em seguida vou até o interruptor e apago as luzes, deixando tudo mais lindo no escuro.
Me viro em direção a saída mais escuto um barulho de explosão e os vidros da janela se quebram quando algo se lança sobre eles.

No escuro consigo ver a forma de um animal, mais não sei dizer qual é.
O medo e a curiodidade travam uma batalha dentro de mim, mais o segundo vence.
Minhas mãos disparam para a parede até encontrar o que eu quero.
Quando meus dedos tocam o interruptor eu o aperto sem hesitar.

E o que eu vejo não é algo que existe nesse mundo.
Não é uma pessoa e nem um animal.
A criatura é mais ou menos do tamanho de um cavalo.
Com o corpo feito de gosma, e parecia não ter olhos, só boca.
A vontade de vomitar era grande, só não maior que o meu medo.
A criatura começou a se arrastar em minha direção com pequenas garras na mão, come se fossem dedos.

O pavor controlou minhas pernas as fazendo correr em direção a saída, dando as costas ao monstro que continuava vindo.

O barulho de algo caido chamou a minha atenção e olhei para trás.
Várias estantes começaram a cair, desviei uma vez, outra, e outra, até que na quarta uma atingiu meu ombro e com o ímpacto caio e bato meu ombro no chão.

A dor se espalhou pelo meu corpo inteiro e eu gritei.
O que era aquilo ?
O que queria comigo ?

Eu não ia ficar ali para perguntar. Me obriguei a levantar e correr o mais rápido que posso.
Mais derepente caio de novo quando algo atravessa a minha perna e eu grito.

Vejo que uma garra esta enfiada em minha coxa.
Medo e dor brincam comigo me apavorando.
Com um pingo de coragem arranco a garra da minha coxa, mordendo o lábio quando a dor piora, e lanço na direção do monstro.
Que se esquiva, mais mesmo assim o acerta no pescoço. Mais não acontece nada, e ele continuou vindo.
Droga!!
Ninguém conseguiria me ouvir daqui, e sem poder correr. Eu estava sangrando muito e tinha certeza que ia morrer....

Uma névoa preta apareceu chamando minha atenção, e foi ganhando forma.
A forma de um homem,alto e forte. Seu olhar foi direto para o mostro e quando eu menos esperava, ele tirou uma espada da cintura.
Arregalei os olhos com a visão.
Como ele apareceu ali ?
Aquilo era mesmo uma espada ?

Mais eu não pude pensar muito, logo o homem que estava emcapuzado, foi em direção a criatura que se jogou nele espirrando gosma verde.
O homem se desviou com facilidade e acertou a criatura bem no pescoço, cortando a cabeça.
Ele continuou nesse ritmo até não sobrar nenhum pedaço, apenas gosma.
E eu estava muito assustada para fazer algo, a não ser olhar para o homem na minha frente.
A dor na minha coxa estava me matando, mais o medo conseguia me deixar mortificada. Ele podia ter salvado minha vida mais não sei o que queria com aquilo. Pensar que era pesadelo era facíl se não fosse pela dor.

O homem limpou a espada e a guardou dentro da capa.
Ele se virou para mim e um medo intenso me cercou quando ele veio andando em minha direção.

- não me... machuque, ..por favor! - pedi, tinha certeza de que se ele matou aquela coisa, podia fazer pior comigo.

Ele chegou perto de mim e se abaixou. Seu cheiro me atingiu de um jeito estranho. Ele tinha cheiro de chuva, mais ao mesmo tempo de... sangue.
Era reconfortante. Ao mesmo tempo o calor me envolveu, enquanto ele colocava a mão no machucado da minha coxa. A dor aumentou de novo e eu mordi o lábio.

- não me machuque - eu disse segurando as lágrimas, eu não ia chorar.

- fique quieta, eu não vou te machucar - sua voz tinha um timbre grosso e másculo.

Ele se levantou e tirou o capuz, e meu deus!
Meu olhar foi subindo pelas suas coxas perfeiras, musculos definidos, lábios convidativos e finalmente, olhos cálidos da cor verde, mais verde do que qualquer coisa, um verde que eu nunca tinha visto. Tudo lacrado ne uma pele morena, e dando para vêr algo como uma tatuagem em seu pescoço. Tudo fechado ne um cabelo preto como o carvão, curto e raspado de uma lado. Com um pincing de agorlhinha na sombrancelha esquerda.
Essa visão de um cara lindo e todo de preto,me deixou sem ar, quase sem lembrar do buraco na minha coxa.
Mais uma das coisas que mais chamou minha atenção foi as armas que ele tinha.
Uma espada grande estava presa em seu cinto, junto com outra um pouco menor. Três adagas fechavam sua cintura e um arco e flexa estava preso nas suas costas.
Ele tirou um colar do bolso.
Um colar que carregava um pedra de um azul chamativo. Ele colocou em cima do meu machucado. Uma pontada de dor me atingiu mais foi muito rápido, pois logo passou, junto com a dor na minha perna.
Sorri com o alívio da dor. Seu olhar rápidamente se voltou para minha boca. A olhando como se fosse algo que nunca tinha visto.
Logo meu sorriso foi desaparecendo. Ohei para minha coxa e vi que alem de muito sangue, não tinha nem se quer um arranhão.

- como fez isso ? - perguntei imprecionada.

- você viu como eu fiz, - disse ele voltando a olhar nos meus olhos - ou além de idiota é cega ?

Uma pontada de raiva passou por mim. Tudo o que tinha acontecido e ele me chama de idiota?
Tudo bem vou ignorar, ele salvou minha vida e não vou discutir com um homem que matou um monstro em menos de 3 minutos!
Apenas me levantei me apoiando na parede.

- quem é você ? - perguntei.

Ele deu as costas para mim ignorando a minha pergunta e saiu andando.
Eu ia chamar ele, mais minhas pernas falharam e minha vista escureceu.
Antes de apagar,vi ele voltando com impaciência e sua linda voz:

- que droga Rayra!

Sangue de DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora