Capitulo 1

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Tudo parecia muito confuso quando Ellen chegou ao local do crime e os repórteres se amontoavam em frente a empresa multi milionária Goldman Dempsey, onde o famoso empresário Patrick Dempsey trabalhava. As perguntas eram muitas e os flashs não ajudavam em nada o caminhar da investigação, já que eles estavam atrapalhando a passagem dos investigadores

-O que temos aqui ? - perguntou Ellen a mulher que estava parada na porta da viatura anotando alguma coisa 

-Olá, você deve ser Ellen Pompeo. Eu sou a tenente Anny e nós viemos atrás de um roubo feito ao caixa da empresa no valor de 1,3 milhões de dólares - ela respondeu sem tirar o foco do que estava escrevendo e Ellen pareceu um pouco incomodada com essa atitude 

-Sim, sou eu. Eu vou precisar dos recibos da empresa e das testemunhas, por favor - a loira disse, observando a passagem das pessoas pela porta

Anny assentiu com a cabeça e lhe entregou os papéis com relutância, ela sabia da fama de Ellen e sabia que ela era uma investigadora maravilhosa, mas também sabia que ela amava se envolver com homens poderosos. Apesar de ser uma pessoa muito reservada, existiam muitos boatos sobre Ellen ter se envolvido com milionários e isso fazia com que as pessoas achassem que ela estava envolvida de alguma forma naqueles crimes. Ellen achava isso um absurdo sem cabimento. 

Ninguém sabia da vida dela, muito menos das pessoas com as quais ela se envolvia. Ellen tivera um único namorado na adolescência, Brian. Um homem alto e loiro que terminara com ela no dia dos namorados quando ela tinha 20 anos. Hoje aos 48 ela não se interessava mais em namoros, não tinha mais aquela magia de adolescentes apaixonados. Ela era uma mulher independente, com muito dinheiro e dois melhores amigos que a faziam feliz. O suficiente para não precisar de um homem em sua vida permanente. Ela se sentia um pouco egoísta pensando assim as vezes

- você não pensa em ter alguém para a vida toda ? - perguntou John, um de seus melhores amigos, ao abrir a geladeira e procurar pelo sorvete de morango preferido de Ellen

- eu preciso focar na minha carreira profissional, isso é o que importa para mim agora - ela respondeu revirando os olhos

-que amargura - ele suspirou e se sentou a mesa ao lado dela

- cala a boca - ela fez uma careta e ele riu

John e ela eram amigos a quase 12 anos, ele era a única pessoa que entendia a loucura que era ser Ellen Pompeo, a investigadora mais famosa de NYC. Ele a via como alguém normal e isso dava um certo alivio a loira, quando todo mundo só pensava em fazer de sua vida um livro aberto para o mundo só porque, na cabeça deles, ela era uma celebridade. Ellen nunca se sentiu assim, ela não gostava desse rótulo. Ela queria apenas fazer o seu trabalho e ir para casa tomar um bom banho para relaxar, ela não queria flashs nem repórteres  em sua porta fazendo barulho e pedindo depoimentos sobre os crimes.

Patrick amava atenção, ele era dono da multi milionária Goldman Dempsey e estava sempre nos jornais de fofoca. Ele era sempre o centro das atenções toda vez que saia de casa e tinha um ego que poderia povoar a China. No auge de seus 50 anos era casado com a bela Raquel, uma jornalista de 30 e poucos anos que não se parecia nada com o estilo de vida que ele levava. Ela era ruiva, baixa estatura e um sorriso tímido, segundo os tabloides ela era dona de um jornal local sobre culinária e era bem sucedida. Patrick a exibia em todos os lugares que iam, mas tudo parecia mais um filme de Hollywood forçado e clichê. Não havia brilho nos olhos, eram apenas sorrisos para os flash. 

Quando os 1,3 milhões de dólares desapareceram da conta da Goldman Dempsey, tudo que Patrick podia pensar era em como sua carreira podia acabar se ele fosse acusado daquele crime. Seu império e sua fortuna poderiam sucumbir e ele não estava pronto para isso. Raquel, por sua vez, estava parada ao lado dele na porta da empresa com um ar sereno e parecia ter controle de toda a situação, as vezes Ellen tinha a impressão de que ela uma atriz contratada pelo seu ar robótico e as vezes um tanto presunçoso

- Ellen Pompeo, certo ? - Patrick exclamou ao se aproximar dela 

Ellen levantou a cabeça para olha-lo, ele deu um sorriso falso e lhe estendeu a mão para cumprimentá-la

-Sim e você é Patrick Dempsey, certo ? - ela disse em um tom de quase de deboche 

- Então você lê os tabloides - ele disse com um ar arrogante e cheio de si, a loira riu 

-Não, eu apenas estudo os casos aos quais eu estou investigando, você sabe, para saber o meu próximo passo - ela revirou os olhos - eu meio que sou boa no que eu faço 

- Você é meio arrogante para uma investigadora - ele retrucou 

- Olha quem fala - Ellen disse em um tom mais debochado ainda e se virou para ir embora, deixando Patrick plantado falando consigo mesmo 

Nojento. Arrogante. Egocentrico. Ellen exclamou assim que entrou no carro de John para ir embora, ela estava de saco cheio de Patrick e não tinha passado nem cinco minutos com ele por perto. Tinha pena de Raquel

- O que aconteceu ? - John perguntou 

-Aquele ridiculo daquele empresário egocêntrico me perguntando se eu sabia o nome dele por causa de revistinhas bobas de fofoca - disse quase cuspindo as palavras

John riu, Ellen mostrou a língua para ele como uma criança ofendida e se virou para olhar a estrada 

As evidências do crime chegaram no dia seguinte, Ellen chegou cedo para revisar os papéis e estava um pouco desconfiada de como o dinheiro sumira. O ultimo acesso a conta bancária da empresa tinha sido de Jade, a responsável pelos computadores e sistema operacional da Goldman Dempsey, porém seu cartão de acesso não correspondia a hora que a conta fora acessada pelo seu login. Nada fazia sentido. A única pessoa presente era Patrick. Ellen coçou a cabeça e começou a fazer uma lista de provas, evidências e horários. Tudo apontava para o dono da empresa e ela estava certa de que alguma coisa havia acontecido naquela noite além de um simples roubo. 



City of crimesWhere stories live. Discover now