E então chegou a parte que eu havia evitado esse tempo todo, a imprensa. Assim que eles descobriram meu caso com o famoso Patrick Dempsey eu deixei de ser a Ellen Pompeo, detetive, e passei a ser a namorada de um milionário.
Por mais que eu me esforçasse para que tudo fosse o mais discreto possível, Patrick e eu não tínhamos o mínimo de privacidade em locais públicos. Isso fazia com que minha cabeça estivesse a ponto de explodir, e claro, a culpa não era dele, mas ao mesmo tempo eu não conseguia pensar em outra coisa a não ser que tudo rodeava em torno de um homem.
Sempre lutei para ser eu, a Ellen, reconhecida por meu trabalho e esforço, era difícil pensar que isso não era mais verdade. Mas ele fazia questão de dizer a todos que eu era perfeita no que eu fazia, o que melhorava um pouco a situação. Patrick sempre fora uma pessoa a quem eu poderia recorrer não importasse a situação e nosso caso não era sobre sexo ou sobre o quão charmoso ele se parecia, era sobre o depois e até o antes, onde ele se deitava comigo e ficávamos em silêncio sentindo nossas respirações leves. Sobre como seu corpo era aconchegante e cheiroso, seus lábios eram macios e seu olhar me desmontava. Eu não me importava de comer pipoca rindo de um filme clichê desde que fosse com sua companhia.
Nós erámos o que eu posso citar como uma dança perfeita e ensaiada. Tudo era milimétricamente perfeito
- Eu não gosto desse filme - ele resmungou quando eu escolhi frozen para aquela noite
- Qual seu problema com sentimentos, Patrick Dempsey?- eu fingi revolta e ele riu
- Nenhum, meu amor. Mas eu prefiro um pouquinho de ação - ele suspirou
-Mas esse tem ação - eu dizia empolgada- reflita, a elsa precisa salvar sua aldeia, tem um príncipe malvado e o clima de inverno, é pura ação - eu gesticulava e ele acompanhava minhas palavras
- Com toda essa empolgação eu creio que teremos que assistir - ele me deu um beijo na bochecha - Ellen Pompeo você poderia convencer um exército com esse sorriso
- Mentiroso - mostrei a língua e ele se aconchegou em mim dando play no filme
Na metade pude sentir que ele dormia em meu ombro, sua respiração era suave e pacifica, como se ele estivesse sonhando com unicórnios e arco-íris. Passei algum tempo admirando seu rosto, seu jeito e a forma como ele me fazia feliz como eu jamais pensei que seria. Era incrível como as coisas mudam quando você conhece alguém além do superficial, além da armadura de CEO frio e manipulador. Ele não era nenhuma dessas coisas, ele era doce, amável e me fazia pensar que ainda existia alguma coisa boa no mundo. Raquel foi uma mulher de sorte por tê-lo por tanto tempo mesmo que não fossem um casal de fato.
Acima de qualquer coisa Patrick e eu erámos melhores amigos, companheiros de assistir filmes para crianças de 12 anos depois de convencê-lo que uma expedição para mudar o clima de uma vila era ação do tipo 007 e ele rir só para que eu ficasse feliz. Éramos também nas horas difíceis, nas tempestades e principalmente quando a vida nos mostrava que nada se conquista facilmente.
Amor era uma palavra que eu não tinha encontrado significado até aquele momento, mesmo que eu já estivesse com alguns homens. Nenhum deles entendia a mim como Patrick fazia, nenhum deles me dava borboletas no estômago como uma adolescente apaixonada. Nenhum deles me ouvia falar por horas do meu trabalho para no final dizer que estavam orgulhosos da mulher que eu me tornei.
Nós íamos passar por isso juntos e mais fortes do nunca, a imprensa não ia furar minha bolha de felicidade. Então resolvemos sair escondidos para um restaurante afastado da cidade, porém bastante aconchegante onde ninguém pudesse nos reconhecer. Bom, era isso que nós pensámos até o garçom quase engasgar ao perceber que Patrick Dempsey estava parado em sua frente. Patrick riu, pediu para ele se acalmar e nós jantamos, fomos para casa e acendemos a lareira para assar marshmallow e tomar vinho. Conversamos noite a fora bobeiras e rimos, rimos até vinho escorrer pelo meu nariz quando ele contou uma história da adolescência.
Eu gostava disso, da nossa simplicidade, da nossa complexidade, do nosso mundo e poder compartilhar com ele tantas risadas e histórias bobas. Ao ir dormir, ele se encaixou em mim, me dando um beijo e então adormecemos, colados um no outro apenas existindo e eu estava feliz por isso, apenas nós, no nosso mundo particular.
O café da manhã foi regado a panquecas, mel e um Patrick coberto de farinha. Eu tentava fazer uma vitamina de banana que no final das contas parecia uma gosma, mas em minha defesa estava ótima. Então ele se ajoelhou, me olhou nos olhos e eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo (continua)
E ai gente? Cês ainda lembram de mim? kkkkk demorei, mas tá aqui um capitulo pra vocês, desculpa ser curtinho, mas eu queria uma coisinha simples e fofa pra vocês <3 espero que gostem
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City of crimes
FanficEllen Pompeo é uma investigadora famosa na região de Nova York e investiga um crime onde o principal suspeito é Patrick Dempsey, um magnata que controla ações de uma empresa multi milionária. Mas será que o crime é mesmo tudo que parece ?