Capítulo 13 - Quando Minha Hora Chegar

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— Donghae, ele está atrás de seu irmão por sua causa! Você deve ter ou saber de algo muito importante, por isso eles lhe querem, é por esse motivo que fizeram do que fizeram com Hyukjae.

Siwon encarava-o com expectativa, sua crença, no que dissera, era convicta.

— Não, Siwon. Não há nada que eu saiba.

Donghae que sempre me pareceu frio, e de alguma maneira, distante, aparentou certa tensão.

— Pense! Deve ter algo!

— O que eles querem? O script de alguma peça que eu participei? É a única coisa que eu posso saber! — respondeu, erguendo os braços, e depois, baixando-os.

Donghae se mantinha em pé ao meu lado.

— Talvez Kyuhyun... — insistiu Siwon, pensativo.

— O quê?! Acha mesmo que estão me perseguindo por causa de Kyuhyun?

A entonação que retrucou me fez olhar para seu rosto.

— O assassinaram! Se não foi você, alguém deve ter tido um motivo para fazer isso!

Meu melhor amigo não demonstrava ter percebido em como o assunto parecia incômodo.

— Ele era um cara normal, assim como eu! Gostava de cantar e de jogos! Era apenas um garoto, duvido que ele tenha feito algo para merecer aquilo! Vocês não estavam lá, mas eu estava, fui eu que o encontrei morto!

Dor, desgosto, tristeza, raiva, tantas emoções dançavam dentro de seus olhos, agora, úmidos. Engoli em seco, minhas mãos automaticamente se fecharam em punho, tentava manter a respiração tranquila conforme a raiva começava a percorrer por todo o meu corpo. Agora entendia, Kyuhyun e meu irmão deviam ter algo mais do que amizade. Isso me enervava, minha visão parecia escurecer...

O telefone de Siwon tocou, fazendo-me voltar ao foco. Donghae tinha nos dado as costas, talvez para se recuperar, talvez para nos esconder algumas possíveis lágrimas que derramara pela pessoa de quem gostava. Falando palavras rápidas, onde não fizera esforço algum para compreendê-las, por fim desligara a ligação, sua atenção voltou-se para mim.

— Você está bem?

Suas sobrancelhas se franziram.

— Ele acabou de saber que um assassino profissional o está caçando. Como pode perguntar se ele está bem? É óbvio que não está!

Donghae virava-se para nossa direção, ao contrário do que imaginei, não chorava. Seus lábios se comprimiam, intensificando sua expressão de ódio.

— Donghae... — escutei-me dizer.

— Não, tudo bem. Ele tem razão, por reagir assim, foi uma pergunta estúpida.

Siwon conseguia ser solícito com a situação.

— Como vamos nos livrar disso se estamos no escuro? — perguntei.

— Enquanto não entendermos o que eles querem, continuaremos de mãos atadas — sentenciou, olhando de mim para o caçula.

❆❆❆

"Não há nada de ruim que não possa ficar pior". Quem não conhecia essa frase? Pena que nunca acreditei, entretanto me vi em uma situação que me forçou a mudar de opinião.

Após levantar-me da cama, depois de mais uma noite mal dormida, olhei para o relógio na parede em frente, tinha levantando-me antes do outro. Espreguiçando-me, bocejei, sentindo a exaustão e cansaço fazerem meus ombros caírem cansados. Indo para o banheiro, abri a torneira da pia para lavar o rosto; pegando a escova de dente, coloquei a pasta. Minha mente logo se pôs a divagar, e assim que terminei, olhei para meu reflexo. Foi nesse momento que uma pressão forte e intensa surgiu em meu peito, era como se mãos invisíveis tivessem me golpeado. Assustado, puxei o ar, e foi quando percebi que não estava conseguindo respirar. O aperto no peito parecia aumentar enquanto puxava a gola de minha blusa, tentando respirar pelos lábios, mas não estava conseguindo.

Perfeição do ImperfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora