Capítulo 3

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Quando ele chegou em casa, como de costume, sua mãe queria saber onde o filho foi.

— Onde você estava meu filho?

— Eu fui conversar com Chloe, nós marcamos um encontro.

— Encontro? — perguntou sua mãe assustada.

— Não mãe, não é este tipo de encontro que a senhora está pensando. Eu queria apenas conversar, e fomos até aquele café novamente.

— Descobriu alguma coisa?

— Não. Ela disse que não conhece ninguém com aquele sobrenome, mas ainda acredito que exista algum mistério nesta história toda.

— Que mistério poderia existir, Nicholas? Afinal ela não tem o direito de ser parecida com outra pessoa?

— Não é apenas isso, mamãe. Descobri que seu pai se suicidou quando ela tinha apenas quatro anos. E começo a desconfiar que Chloe seja filha adotiva.

— Você tem alguma pista que o levou a acreditar nisso?

— Apenas alguns palpites, mas nada de concreto. Ainda vou descobrir o que levou a família de Chloe à falência e fez o pai dela cometer suicídio.

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Na semana seguinte Nicholas retornou das férias e, como de costume, foi colocar a conversa em dia com Fred, seu colega de trabalho.

Nicholas trabalha em uma empresa responsável por controlar grandes investimentos imobiliários em Los Angeles. Logo que concluiu a faculdade, ele foi contratado pela empresa e já estava com a situação financeira muito melhor do que sonhara algum dia.

— Como foram suas férias Nicholas? — perguntou Fred.

— Foram boas.

— Boas!? Só isso? Quantas gatinhas você acrescentou em seu currículo?

— Nenhuma.

— Você deve estar de brincadeira, em um mês de férias você não pegou nenhuma garota?

— Isso mesmo. Acho que já está na hora de arranjar uma namorada.

— Besteira, você ainda é jovem e pode comer todas as garotas que quiser, está querendo se enrolar com alguém por quê?

— Acho que cansei, além disso, talvez eu esteja apaixonado.

— Você, apaixonado? Por quem?

— Kate, uma garota que não vejo há dez anos.

— Nicholas, agora você me deixou preocupado. Explique melhor isso. É um amor de infância?

— Isso mesmo, mas o que me fez lembrar dela foi algo bastante estranho que aconteceu um dia desses. Eu estava andando por aí e vi esta garota depois de dez anos, mas quando me aproximei dela, descobri que tinha outro nome, se chama Chloe e não me conhece, e ainda me garantiu que não tem irmã gêmea. O que mais me intriga é que ela é idêntica a minha amiga de infância, e senti por ela a mesma coisa que sentia quando estava olhando para Kate.

— Então você acha que está apaixonado por esta Kate ou pela garota que encontrou?

— Não sei ao certo, precisaria reencontrar Kate novamente.

— E o fato das duas serem tão parecidas assim, o que você pensa sobre isso?

— Já passou pela minha mente que as duas podem ser irmãs gêmeas que foram separadas ainda bebês. Mas se isso realmente aconteceu, eu vou descobrir.

Quando eu te conheci (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora