Capítulo 2

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Confesso que os primeiros dias de aula não foram tão legais quanto na minha imaginação ingênua de meses atrás, eu estava me sentindo até um pouco sozinha pelo fato de não ter feito alguns amigos depois de três dias de aula, até que alguns sorriram pra mim, mas nada além disso.

Fim de aula, mas eu precisava resolver algumas coisas antes de pegar o ônibus, tipo pesquisas chatas sobre assuntos chatos, e fazer um relatório, mas antes de ir a sala de informática, onde eu supostamente faria o trabalho, resolvi conhecer um pouco mais a Universidade, desde o primeiro dia eu só tinha andado em dois corredores, o da entrada no térrio, o segundo corredor no andar de cima pra ir para minha sala, e  a biblioteca, e a Universidade era bem mais que dois corredores e uma biblioteca. Coloquei os fones de ouvido e caminhei sozinha. Estava tão imersa ouvindo a música, longe dali com os fones no volume máximo, dando passadas lentas e olhando tudo atentamente, principalmente os grupinhos de amigos, andei pela cantina comprei um doce, sentei numa mesa para quatro pessoas e fiquei ali até terminar de comer o doce.

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Acho que dá uma voltinha pela Universidade não foi uma boa ideia, levei mais tempo no trabalho e quando me dei conta já tinha passado da minha hora, o que consequentemente me fez perder meu ônibus pra casa e me faria esperar por no mínimo umas 2 horas o próximo ônibus na parada. Era mais produtivo eu ir andando para casa, na verdade era a melhor opção.

Depois de andar uns 10 minutos, eu estava tão entretida nem sei com o quê que nem percebi que alguém buzinava atrás de mim, cheguei a me assustar quando me dei conta.

- Ei, quer uma carona?_perguntou o cara que eu tinha esbarrado na frente da biblioteca, hesitei por um momento, pois eu nem conhecia ele direito. Eu perguntei se você quer uma carona_falou quase gritando 

- Não é um sequestro ou coisa do tipo?_perguntei irônica e ele sorriu

- Pode ficar tranquila

Entrei no carro, um pouco sem jeito e insegura pelo fato de não conhecê-lo direito, mas ele me fazia sentir confortável com o seu jeito simpático. 

- Qual o seu nome mesmo?_ele questiona-me virado para mim

- Elisa Whatson, mas todos me chama de Lis.

- Belo nome, combina com a dona_ele diz me deixando sem jeito, e eu evito o olhar nos olhos

- E o seu nome ?_pergunto olhando a etiqueta da bolsa no meu colo, tudo pra não ter que encará-lo, ele me deixava completamente desconcertada

- Sammuel Collins

- Belo nome, Sammuel

- Obrigada. E então, para onde você estava indo?_ele pergunta mudando de assunto

- Acho que para casa.

 - Isso eu já imaginava, mas em qual bairro você mora ? 

- Bervely Browart

- Caramba, longe em, você ia andando mesmo? 

- Era o jeito, eu perdi o meu ônibus.

- Sempre vai de ônibus ?

- Sim_respondo e ficamos em silêncio por um momento.

- E então, me fala de você Elisa_ele pergunta quebrando o silêncio

- Melhor você me perguntar o quê quer saber ?

- Okay, depois não reclama se eu perguntar quais são seus fetiches sexuais_ele retruca irônico e sorrimos

A Cristã e o Ateu [ PARADO TEMPORARIAMENTE ]Onde histórias criam vida. Descubra agora