96 - Lula

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Bom dia meus amigos!

Como está todo mundo (o mundo inteiro mesmo) falando sobre esse assunto, decidi fazer o mesmo e trazer um questionamento aqui para os meus amigos.

Em vez de fazer as mesmas piadas inteligentes, ofensivas ou não, que circulam pelo WhatsApp e demais redes sociais, eu preferi trazer uma reflexão que escrevi em 25 de setembro de 2010. Essa reflexão eu escrevi após ler um manifesto de Leobardo Boff, escrito um dia antes, do qual segue um trecho:

"Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo."

Leia na íntegra para compreender:
https://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/manifesto-de-leonardo-boff#more

Então, por favor, leia essa minha antiga divagação:

***

O QUE VOCÊS FARIAM

Existe um marco político cravado pelo presidente Lula na história de nosso país, queiram ou não queiram!

Quando me perguntam sobre o presidente costumo dizer o seguinte: imagine você, pai ou mãe de uma família, sem ter certeza que no dia seguinte, se esse houvesse, haveria uma pouco de farinha para fazer uma pasta e enganar um pouco a fome de seus filhos! Imagine-se, coloque-se realmente, de fato, nessa posição... Agora o que você faria por alguém que mesmo por alguns dias lhe tirasse esse peso dos ombros, colocando um "tiquinho" de esperanças em suas veias, subsidiando de alguma forma algumas antes raríssimas refeições, me diga você, o que você faria por alguém que lhe ajudasse a manter viva essa esperança, principalmente pelas reações desses seus filhos que brincam de carrinho com pedras e de bonecas com pedaços de pau e de repente conseguem esboçar um sorriso, num leve momento de dignidade... Digam-me vocês, o que vocês fariam, como enxergariam o responsável por esse devaneio, me digam vocês que não o colocariam num pedestal e o imortalizariam.

Eu sei da resposta de muitos, de milhares: não se tapa o sol com a peneira!

Mas também sei das respostas de outros milhares: alguém finalmente olhou por eles!

***

Agora, meus amigos, deixando de lado todos os fatos, discussões e assuntos relacionados ao tema, lhe peço que me responda sinceramente:

a) Você já passou fome?

b) Pior: você já viu um filho passando fome ou uma necessidade essencial, sem poder fazer nada por ele, a não ser lhe prometer, talvez, que no dia seguinte seria melhor?

c) Se você tivesse que interpretar verdadeiramente o papel de uma pessoa que já passou fome e que viu os seus entes queridos a mercê da pobreza, sem poder reagir, e num dia alguém lhe trouxesse uma simples esperança, através de uma ajuda qualquer (um bolsa isso ou bolsa aquilo), deixando toda a maldade e julgamento de lado, de como aquele benefício chegou até suas mãos, o que você faria por essa pessoa?

d) Se o Lula for preso ou não, se a sua imagem for avacalhada mais um quincalhão de vezes, você acha que o personagem acima um dia voltará em quem para Presidente da República do Brasil, caso o Lula estivesse concorrendo ao cargo?

e) Na minha opinião, os fins não justificam os meios, portanto eu lhe pergunto: o que você faria se um dia conseguisse se eleger Presidente do Brasil, para tentar diminuir ainda mais a desigualdade do país e para tentar elevar o Brasil para o ranking de países do chamado Primeiro Mundo?

Me:

a) Eu nunca passei fome, não sei o que é isso.

b) Já passei por situações bem apertadas, mas jamais cheguei a esse extremo, graças a Deus!

c) Sinceramente, quando alguém arranca um sorriso de um filho meu, meu coração se alegra por esta pessoa e eu a quero bem. Pode ser um simples sorriso! Se então for o seu bem estar que essa pessoa ajudou a recuperar, eu o terei naquele momento como um amigo, enquanto eu respirar nesta Terra abençoada por Deus...

d) Acredito que se o Lula for candidato a qualquer coisa, síndico de prédio, aqueles que receberam algum benefício real e num momento de necessidade, votarão nele sem pensar duas vezes, mesmo que digam que não o farão.

e) A pergunta mais simples que eu já respondi na minha vida será essa: o que fazer se você receber a obrigação de dirigir um país do nosso tamanho?

Certamente, quase inevitavelmente, eu morreria...

Pois o meu bem mais precioso é o meu nome. Não aceitaria deixar que o meu nome, a maior e melhor herança de meu pai, fosse lançado na lama.

Faria muita política para conseguir benefícios para aqueles que mais precisam e não me deixaria levar pela corrupção, esta seria a minha obrigação e o que certamente significaria o meu fim, pois não sei quanto apoio eu teria para isso, num país com tantas pessoas gananciosas e vivendo a décadas e décadas drenando as riquezas de nosso país.

É assim que eu vejo hoje: seria eu um Presidente de um curto mandato, mas com a esperança de que a verdade prevalecesse no final...

É isso gente, agora é com vocês!

ABS.,

365 Questões - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora