Estamos entrando em 2018 e eu tenho 365 perguntas pra você, uma por dia.
Tenho certeza que depois disso estaremos nos conhecendo muito melhor...
Capa da escritora e designer Aline Duarte - @escritoraalidu - que eu amei!!
Sexta-feira gente! Vai com fé que o dia logo acaba... 🙋
Faltam três dias para eu retornar para meu trabalho! 🙋🙋🙋
E hoje eu gastei a pena, falando de um tema que é muito interessante para mim...
Bom, quem vive no mundo da escrita, rabiscando quase que diariamente como eu, acaba tendo uma facilidade na hora de compor. Parece que a sua mente está tão acostumada a fazer isso, que as palavras vão saindo sem que você nem perceba, e quando percebe, eis que a composição já está pronta.
Posso dizer para vocês que sempre adorei escrever, desde que era garotinho, lá nas aulas de ditado do primário. Se eu disse que lembro como aprendi a escrever, vou estar mentindo, pois não tenho nenhuma memória desta época.
É óbvio que, como a minha diversão enquanto era mais jovem era só ir na biblioteca, tudo indicava que eu teria facilidade em escrever, pois um ato está ligado ao outro.
Citando o mestre novamente aqui no Wattpad:
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Agora eu lhes pergunto:
a) Mas será que é só isso? Será que simplesmente lendo pra caramba, você se tornará um grande escritor, com amplo domínio da palavra?
b) Na sua opinião quais são os elementos necessários para se tornar um grande escritor?
c) Você tem facilidade para compor seus textos ou é uma luta diária?
d) Você acha que quem escreve fantasia, por exemplo, ter que ler mais livros de fantasia para se especializar?
Me:
a) Não penso que somente lendo pra caramba você pode se tornar um exímio escritor. A leitura é o combustível, mas é somente um dos itens que precisa.
b) Sinceramente, existe algo que não fiz e que, penso, seria fundamental para o aprimoramento da minha escrita, que é o estudo, de um curso de Letras, por exemplo. Sempre fugi desta matéria devido o lance de ter que me especializar em outro idioma, mas é fato que o estudo aprofundado da linguagem seria de grande utilidade para mim, na hora de compor.
Inclusive, se citarmos os grandes escritores dos quais sou fã, a maioria deles era professor na área da linguagem, então por aí já temos um exemplo a ser seguido.
E é claro que não é só isso: Stephen King, além de professor, desde bem garoto, foi um sonhador e com a sua imaginação fértil colocava tudo no papel e foi treinando seu cérebro para escrever.
Então, além de ler, dominar a palavra através do estudo, ter uma imaginação fértil, penso que o exercício da escrita também seja algo fundamental. Como o próprio King ensina em seu livro Sobre a Escrita, você tem que escrever todos os dias, tem que se debruçar sobre o seu material e compor, e se for possível, ter uma meta de palavras diárias. Em outras palavras, fazer da escrita que tanto ama um desafio diário mesmo, sem falhar, chova ou faça sol...
Um último ponto que hoje em dia pra mim já não faz diferença é acrescentar a tudo isso que eu falei a questão do lugar para compor. Eu sempre gostei de escrever no silêncio da madrugada, mas hoje, se eu tiver tempo para escrever, pode ser na fila do caixa de um movimentado supermercado, eu vou compor, sem novidades. Mas é algo a se pensar, criar o ambiente mais propício para sua mente entrar em modo criativo e mandar bala...
c) Já respondi acima: basta que hoje eu pegue o celular e comece a escrever, que o texto vai fluindo, mas, como citei acima, faz parte do meu exercício diário da escrita.
Além disso, como eu citei aqui neste livro, eu trabalho escrevendo, posso dizer que ganho para pensar e planejar, mas depois tenho que jogar tudo no papel, em forma de Comunicados, Ofícios, Processos, etc. E não é algo tão simples, pois muitas vezes redijo um documento técnico que não sou eu quem vai assinar, será o Secretário da pasta em que trabalho. Então, se escrever para você já é difícil, imagine escrever de forma a convencer alguém a aceitar seus argumentos e que vai assinar abaixo disto ou solidariamente.
Isto trás uma questão discutida ontem com a amiga escritoraalidu, de que temos que ler coisas diferentes do nosso cotidiano de vez em quando, pensar fora da caixa, e escrever também fora da nossa zona de conforto é muito bom para exercitar a mente do escritor.
Para isso eu recomendo os concursos de escrita que o Wattpad possui, e também aqueles que dão prêmios em dinheiro ou participações em antologias, organizados pelas prefeituras, bibliotecas, associações, etc. Além de fazer bem para o seu ego, caso venha a ganhar algo, o maior prêmio é o desenvolvimento da sua literatura particular, do modelamento da sua forma de ver e colocar as coisas no papel.
Tenho um amigo meu de Jundiaí, um escritor que já fez pós internacional e que abandonou tudo e hoje vive da literatura, essencialmente dos prêmios que recebe dos concursos em que participa.
d) Eu cheguei a pensar ao contrário, em determinada época, quanto ao estilo do que ler enquanto tinha uma obra para compor, com receio de que aquela leitura fosse me influenciar de alguma forma na hora de escrever. Então, se eu estava escrevendo fantasia, lia outro gênero.
No fim percebi que não tinha nada a ver, pelo menos para mim. Podia ler qualquer coisa que isso não influenciava minha escrita, pois quando colocava a bunda no computador para escrever e, durante a madrugada, mergulhava naquele mundo que eu estava criando, o que estava fora não importava, aquela era uma sessão particular, brother.
Por isso é que eu já citei várias vezes que eu adoro escrever magia. Quando você está nesse mundo que você criou, o máximo que vai ter que fazer é consultar as próprias páginas do livro para dar fundamento a uma ideia, enquanto outros temas, suspense policial, por exemplo, podem lhe obrigar a sair do seu mundo imaginário e partir para alguma pesquisa de campo ou via Google mesmo, quebrando aquela magia tão gostosa de estar fora do seu eu convencional, mergulhado, literalmente, no seu mundo dos sonhos de olhos abertos.
Em suma, aqui também penso que cada um deve se adaptar de uma forma, para uns uma maneira será a melhor, para outros não funcionará tão bem, então o negócio é descobrir suas próprias particularidades e desenvolver essa sua arte.
