21 - Depressão

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Mais um Domingo gente, espero que ele seja abençoado!

Eu sei que tem gente que já ficou preocupado com o tema de hoje, mas fiquem sossegados, pois pretendo falar de coisas positivas. Bom, pretendo...

Ontem no Thirty, vi um desafio da minha amiga Alessandra (@A-leeh), falando sobre um blog que ela divide com a amiga Cássia e que se chama Projeto NOSSA VOZ (https://projeto-nossavoz.tumblr.com/).

A ideia deste projeto é ajudar quem sofre de depressão, voltado para aqueles que se sentem angustiados e sozinhos.

No Thirty elas se propuseram ao desafio de reativar o blog, que eu já dei uma navegada e está muito legal. Algo que elas enfatizam é a ideia de decorar este número, o 188, que é do CVV -Centro de Valorização a Vida, para quando existe a necessidade de desabafar com alguém...

Não precisamos definir aqui a questão teórica do que é a depressão, todos sabem os efeitos negativos que elas causam nas pessoas.

E a nossa questão de hoje é única:

Você já se sentiu depressivo?

Me:

Minha mãe sofria de depressão, o que na sua época chamavam de problemas dos nervos. Eu já a vi tão nervosa, que uma vez, quando tive que contê-la, ela quase chegou a desmaiar por não poder extravasar. Com o tempo cresci e percebi toda a pressão que ela suportava nos seus ombros e compreendi muito sobre as nossas brigas sem sentido.

Hoje ela é uma senhora tranquila e foi primeiramente a sua fé em Deus e, em segundo plano, o seu amor pela natureza, cuidando de sua horta e de suas plantas, que lhe manteve o equilíbrio necessário. Sim! A melhor mãe que um filho pode querer!

Eu tenho uma irmã diagnosticada com síndrome do pânico há muitos anos, fruto de seus problemas amorosos, eu posso dizer sem errar, que lhe deram de presente três filhas. Ela vive ainda na base dos remédios, é uma pessoa excelente e com um coração imenso, de uma inteligência singular, mas que de uma hora para a outra tem suas recaídas.

Eu mesmo muitas vezes, fruto da solidão daqueles que muitos pensam, já me senti depressivo também. O dia em que cheguei ao fundo do poço e pensei mesmo em partir deste mundo a pressão sobre mim me pareceu insuportável.

Estava desempregado, 21 anos de idade, com minha namorada grávida, com casamento sendo preparado pela minha família e não tendo certeza de que queria passar com ela o resto da minha vida...

No fim, o que retirou as garras deste pesadelo sobre mim foi lembrar justamente da minha família, do quanto se importavam comigo; do meu filho que, de uma forma ou de de outra, teria que ter um pai quando nascesse.

Ergui a cabeça e, apesar de ter passados muitos momentos difíceis na minha vida - os quais não desejo para ninguém - nunca mais me deixei levar pelo desespero que penso ser o mais próximo que cheguei de entrar numa depressão profunda.

A vida é muito bela, é uma passagem magnífica, e se temos a oportunidade de passar por ela, devemos ser sempre gratos. E quando somos abençoados também pela oportunidade de, alguma forma, estender a mão para aqueles que necessitam de nosso apoio, para ajudá-los a seguir com serenidade e alegria por esta vida, devemos ser mais gratos ainda, pois não são todos que possuem este dom.

Já falei demais, agora é com vocês!

Abs.,

365 Questões - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora