Encaro a parede branca impaciente, como fui chegar a isso.
Mais não é como se eu pudesse evitar, sinto-me diferente quando estou com ele. Balanço a cabeça, esse garoto está bagunçado a minha mente.
como se eu precisasse de alguém para isso, mais está fora do comum.Solto um resmungo impaciente.
Há minutos atrás estávamos tão próximos, que chego a ficar corada ao pensar no que teria acontecido se a "querida" diretora não estivesse interferido.
Talvez tenha sido melhor assim.
A diretora termina o telefonema, respira fundo e nós encara impaciente assim como estou.
- Bryan você pode ir.
Ele me encara surpreso.
- mais diretora...
- você não infligiu nenhuma regra, ao contrário da nossa amiga Liana que estava de castigo e não podia ir as áreas de lazer. - ela o encara .
Ele resmunga.
- seu pai está lhe esperando no seu quarto - Bryan arregala os olhos, meio apavorado.
- se eu não fiz nada de errado por quê o chamou aqui?
- ele está preuculpado com você, parece que você não está atendendo as ligações dele.
Ele suspira.
- realmente.
Bryan me olha, como que se pedisse desculpas por ter que me deixar ali sozinha, com a diretora que não gostava nada, nada de mim.
- vá logo! - digo indiferente .
Ele se levanta e vai.
- Liana, Liana o que eu faço com você?
- que tal me expulsar dessa prisão? - lhe proponho.
- achou mesmo que eu ia fazer isso? - pergunta-me com a sobrancelha levantada.
- não custa nada tentar - digo - então qual é a nova pena ?
- pena? - ela sorrir sem humor - Liana aqui não é uma prisão, é um colégio!
- é mesmo, se você não diz nunca descobriria!
- a partir de amanhã, não terá mais folga, terá aula das 8 às 20 horas!
-QUÊ?
Ela sorrir, realmente achando graça da minha desgraça.
- isso mesmo, agora vá!
- você não pode fazer isso!
- e o que você vai fazer sobre isso?
Vai ligar pro seu pai? Ele não tá nem aí pra você, achei que soubesse!Ela tá certa, o que eu posso fazer.
Resmungo e saiu batendo a porta com toda fossa.Entro no meu quarto, Bryan está no sofá, e ele não tá com uma cara melhor que a minha.
- o que houve? - pergunto
Ele sobe o olha até meu rosto, e suspira fundo.
- nada de mais, é só meu pai querendo decidir como devo seguir com minha vida! - mando lhe um sorriso solidário - mais e Você como foi com a diretora?
- nada de mais - ele sorrir.
Pego um par de roupas e vou para o banheiro, preciso de um banho.
Quando fecho a porta atrás de mim, me desmonto em lágrimas.
Começo a tirar minhas roupas, enquanto isso meu rosto está inundado em lágrimas.
Olho-me no espelho e vejo quão ridícula sou. Tento fazer-me de forte mais no fundo sei que sou uma fraca, que não consegue superar o fato de ser odiada pelo pai.Entro de baixo do chuveiro, e choro silenciosamente, enquanto vejo meu sangue descer pelo ralo, queria que toda dor em meu coração fosse com ele, que todas as minhas preocupações seguisse esse pequeno rio de sangue.
Como minha vida sem sentido.Não entendo o propósito de ainda está viva, não entendo o fato de ter vindo ao mundo, será que Deus se diverte com meu sofrimento.
Se não por quê causa ainda estaria aqui?Há pessoas que só nascem para serem, decepções, para sofrer.
Eu sou uma delas, por que Deus não deixa eu ir?
O único lugar que eu queria está é com minha mãe, mais nem isso eu posso, nem esse privilégio eu se quer tenho.A dor de está sozinha no mundo, é dilacerante.
Cada dia que sobrevivo é como se fosse mais uma ferida aberta em meu coração. Mais uma dor para suportar.
Quando esses cortes não me aliviarem mais, o que irei fazer?
Eu sei que eles estão cada vez mais fundos e mais longos.
Começou com dois cortes, hoje já tomam meu braço inteiro.
Fico imaginado quando eles precisarem ser fundo o suficiente para me tirar desse mundo.
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Garota Suicida
RomanceA vida de Liana Bleith nunca foi fácil, Mais tudo piora quando a única pessoa que realmente a amava e a protegia morre: sua mãe Livia. Com o desprezo do pai, Liana se vê perdida e sem ânimo de seguir em frente. Depois de várias tentativas de suicídi...