Capítulo 7

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Agora que havia me mudado precisaria de um emprego. Minha mãe ter me expulsado de casa não foi uma das melhores coisas, mas pelo menos ela me deixou ficar no apartamento em Seul.

Poxa, eu sei que nunca fui uma das melhores alunas da sala, eu tinha notas medianas, nunca precisei de recuperação, mas a minha mãe não aceitava isso.

Ela queria uma filha perfeita. Tanto que quando falei que não queria fazer faculdade, ela falou um monte pra mim, pegou as minhas coisas e me colocou para fora de casa, disse que eu não era mais a filha dela.

Por isso eu estou aqui em Seul, para tentar viver a minha vida de forma independente e sem a ajuda da mulher que eu só considero quem me deu a luz, porque do título de mãe ela não vale nada.

Por sorte eu conheci o Hope, chamo ele assim porque não sei seu verdadeiro nome, nem sinto que preciso saber no momento. Ele foi uma das melhores pessoas que apareceram na minha vida.

Um estranho que não se importou em ajudar uma pessoa que ele mal conhecia. Ele se tornou meu amigo mesmo nunca me vendo, também nunca vi seu rosto, mas sinto que posso confiar nele.

Pelo simples fato de que sua voz me acalma e me trás a segurança de que uma boa pessoa está do outro lado da linha.

Pode aparecer loucura eu confiar em alguém que eu nunca vi, mas, ele me fez tão bem, que eu não posso abandoná-lo.

Eu saí pela cidade procurando por empregos perto de casa, já que eu estaria a pé, quanto mais perto melhor.

Acabei sendo contratada para cuidar de uma floricultura, cuja dona já estava "velha" assim dizendo. Ela é uma senhora muito fofa. Seus buquês são incríveis, ela disse que só não larga seu emprego pois adora as flores e a felicidade que elas trazem.

—Meus filhos já tentaram me tirar daqui por muitas vezes. —Disse cortando um pedaço do caule de um lírio. —Mas como eles dizem, eu sou teimosa e eles não conseguiram me tirar daqui. —Riu e eu a acompanhei.

—A senhora gosta mesmo de flores não é? —Perguntei a observando montar um buquê.

—Muito. —Disse finalizando o laço e me entregando. Me levantei e coloquei o buquê em um vaso na vitrine. —Quando eu era jovem, tinha um quintal cheio de flores, passava o dia todo lá.

—Que legal, eu acho seus buquês lindos.

—Obrigada meu anjo. —Disse sorridente. —Você pode começar amanhã então?

—Claro, eu venho amanhã no horário combinado. —Falei animada, eu queria muito aprender a fazer buquês com ela enquanto trabalhava.

—Então eu te vejo amanhã minha flor.

—Até amanhã senhora Jeon MiSun. —Acenei para ela saindo pela porta.

Caminhei um pouco até parar em frente ao meu prédio, respirei fundo aproveitando um pouco mais do ar fresco e depois entrei.

Caminhei um pouco até parar em frente ao meu prédio, respirei fundo aproveitando um pouco mais do ar fresco e depois entrei

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