Capítulo 2

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[ Dayana Espinosa ]

Ter um bebê é incrivelmente doloroso, mas vale muito a pena. Esse é melhor momento da minha vida. Agora existe uma parte de mim e da pessoa que eu mais amo no mundo, eu não poderia estar mais feliz.

O médico e as enfermeiras haviam saído da sala e deixado a bebê sob os cuidados de Taylor. Ele a segurava de uma maneira desajeitada, mas eu via seu esforço para fazer tudo certo, então apenas ri internamente.

– Eu não acredito que fizemos juntos essa coisinha linda! – Tay diz sorrindo.

– Posso segurar a minha filha? – eu perguntei a ele.

– Claro, ela é sua também. – Tay respondeu e me entregou a neném.

– Oi, Maria Luísa Caniff, eu sou a sua linda mamãe e esse é o seu papai, ele é feio, mas você se acostuma com isso e vai aprender a amá-lo mesmo assim. – digo fazendo a famosa voz de bebê e rindo em seguida.

– Não minta para nossa filha, Day. – Taylor ri de volta.

– Eu faço o que eu quiser quando eu quiser.  – retruquei.

– Obviamente. Como você acha que ela chegou aqui? Tenho certeza que a cegonha não trouxe. – ele diz malicioso.

– Cala a boca. – reviro os olhos.

– Você me ama.

– Sim, eu amo. Segura ela um pouco, eu estou cansada. Preciso de um bom cochilo.

– Nossa, mas já? Segurou a menina por 5 minutos e já ficou cansada?

– Desculpa aí, gênio, mas eu acabei de dar luz, acho que tenho direito de me sentir cansada. Tô sem forças até para piscar!

Entrego a neném para Taylor e deito na cama.

– Ela parece comigo. – o moreno comenta sorrido igual um bobo.

Dei uma espiadinha na bebê que dormia tranquilamente nos braços do pai.

– É verdade, ela realmente parece com você. Coitadinha! – dou uma risada e o chamo. Ele se aproxima. – Brincadeira, amor, você é lindo e a Luísa será tão linda quanto você.

– Amo você. – Taylor diz e me beija.

Três dias depois...

Hoje eu e Taylor trouxemos Luísa para casa pela primeira vez. Nós passamos pela porta da frente e quase cai enquanto segurava a neném. "Eu sou uma mãe muito responsável", pensei sarcasticamente.

– Tay, me ajuda a trazer a Luísa para o quarto, por favor.

– Claro. – ele pega a nossa filha e a leva para nosso quarto e então a coloca em seu bercinho.

Aproveitando o pequeno tempo de paz, me deitei na cama e meu cansaço era tanto que eu cochilei no mesmo instante. Alguns minutos depois eu acordei com Taylor me puxando para ele. Então ele me beija.

Ele vai descendo e começa a beijar meu pescoço e dar leves chupões ali. Minha respiração falha. Quando sinto que ele vai descer mais um pouco, o afasto.

– Ei, vai com calma.

Tay me olha triste.

– Me desculpa. Tive a Luísa há apenas três dias, estou realmente muito cansada e com um pouco de dor. Preciso descansar e acredito que você também.

Ele me puxa para um abraço e eu encosto a cabeça em seu peito.

– Desculpa mesmo, ok? Estou muito fraca. Acho que vamos ter que ficar um tempinho sem... você sabe. – digo envergonhada.

– Vamos ter que ficar um tempinho sem o que? – ele pergunta.

– Você sabe. – digo e sinto minhas bochechaa queimarem.

– Não, não sei. O que você quer dizer com isso? – se faz de inocente.

– Transar, Taylor! Pronto, tá satisfeito?

– Agora sim! – ele comemora. – Por que você fica com vergonha de dizer isso? Já fizemos várias vezes, tanto que a Luísa é resultado disso. Isso é normal, Day.

– Não sei... Só me parece errado, sabe? Eu só tenho 16 anos. A sociedade espera que eu seja pura!

– Day, isso é amor. E se isso é errado, que Deus me perdoe, mas eu não quero fazer o que é certo! – Taylor diz malicioso. Dou um tapa em seu braço.

– Estou falando sério, Tay!

– Eu também. Com você não é sexo, não é transa, é amor! Não é só prazer!

O moreno me solta do abraço e pega minha mão, a beijando e em seguida a entrelaçando com a dele.

– Você está muito fofo e carinhoso... – observo. – Cadê a minha Naja?

– Lis me aconselhou que nos primeiros 40 dias eu te deixasse em paz. Por isso, não serei um ogro com você.

– É, mas eu serei uma ogra e você terá que me aturar.

– Com muito prazer, Fiona. – ele me dá un sorriso doce. – Mas assim que os 40 dias passarem a cobra volta. Não disse qual. – recebo um olhar malicioso.

– Meu Deus, Caniff! – começo a rir. – Você só pensa nisso?

– Ei, não me julgue, você é muito gostosa! É pior que maconha, cocaína ou qualquer outra droga. Você me causou uma dependência incurável.

Taylor's ChildOnde histórias criam vida. Descubra agora